Sou a verdade de um inocente no meio de mentirosos
"Parado! Mesma cor, nariz e cabelo. Sempre criminosos."
A sombra xadrez da lua na janela a fazer eclipse da justiça
Um juíz que encherga o sobrenome e faz dele uma premissa
O mundo não ouve a frequência da minha cor de luto
Condenada nossa ausência no flagrante resoluto
O medo é pai do preconceito e filho da ignorância nos lares
Minhas costas não tem maior calo do que naqueles olhares
Pois ao som do chicote ainda posso sentir a dor
Mas sequer lhes comove sua própria falta de amor