Capítulo 1 - Você ainda acha que não vai dar merda?!?!

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Londres, 30 de Julho de 1940

13:30 da tarde

- Seu marido é o maior corno manso que eu já vi em todos os meus anos de vida - falei olhando em direção a minha irmã mais velha

- Não fale tão alto - reclamou acariciando sua barriga de gravida - Alguém pode escutar!

- O que fara se esse bebê... ou esses bebês, nascerem a cara do pai verdadeiro? - Héstia (minha outra irmã) perguntou sussurrando

- Decidirei isso na hora!

- Deméter, Deméter... - Perséfone pareceu brincar com o nome de nossa irmã mais velha - Tudo isso vai desabar alguma hora, sabes disso certo?

- Se vocês pararem de jogar pragas, talvez não aconteça! - ela respondeu irritada, se levantando e saindo da sala

- Ela esta em negação - afirmei

Desculpe-me, não me apresentei. Sou Hera Benson, a a 20 anos o mundo é abençoado com a minha belíssima presença. Meus pais são Richard e Mylenna Benson, donos da maior fabrica de roupas do Reino Unido. Eu sou a caçula da família, e herdei os cabelos loiros do meu pai e os olhos castanhos de minha mãe.

Minhas irmãs e eu, crescemos em Londres com nossos avós. É, pode-se dizer que quando se tem varias fabricas espalhadas pelo mundo, você não tem tempo para suas filhas. Como já deve ter percebido, somos quatro ao todo. A mais velha Deméter, é loira com belíssimos olhos azuis; herdara toda a aparência de papai, e tinha 28 anos. Era casada com Elis Gardner, mas a quantidade de vezes que a o trairá em apenas 2 anos de casamento, era absurda.

A próxima da lista seria Perséfone, nossa querida irmã que tinha herdado apenas o ruivo, dos cabelos castanhos arruivados de mamãe, mas tinha roubado para si, o azul intenso dos olhos de papai. Com 24 anos (25 daqui a 2 dias), era a mais rebelde entre nós. Ela e seu noivo, Hades, eram do tipo que gosta de apimentar a relação, e sua cama ter mais de duas pessoas era extremamente comum.

Logo em seguida vinha Hestia, a mais gentil e amorosa entre todas nós. Ela tinha 22 anos e era uma copia exata de mamãe. Seus cabelos castanho arruivados tinham cachos nas pontas, e seus olhos castanhos transmitiam pura gentileza. Diferente das outras duas, ela não estava casada ou noiva, sempre disse que queria ser a tia legal e solteira. E pessoalmente, eu entedia o ponto dela, mas ainda tinha o sonho de ser mãe, e iria correr atrás disso.

- Será que se eu usar a desculpa de que daqui a dois dias é meu aniversario, ela relaxa? - Perséfone perguntou, foleando distraidamente a revista em suas mãos

- Não acha que já vai ganhar presentes suficientes? - perguntei com a sobrancelha levantada

- Talvez - o sorriso malicioso no rosto dela tinha um significado claro para todos que conhecessem seus hábitos  

- Oh deuses... imagem mental desnecessária - Hestia reclamou pondo a mão no rosto e corando loucamente

Rimos com o drama e a inocência de nossa irmã

- Mas isso é sério meninas - alertei depois de parar de rir - se o bebê...

- Ou bebês! - Héstia havia colocado na cabeça de que seriam gêmeos

- ...ou bebês - me corrigi revirando os olhos - nascerem a cara do pai biológico, Deméter vai ficar em uma situação realmente complicada!

- Complicada? - Perséfone comentou sarcástica - O marido dela pode ser um corno manso, mas ainda é uma pessoa de influencia absurda na sociedade. Se ele descobrir sobre isso vai destrui-la perante a sociedade. Ela está fudida!

- Perséfone... - Héstia odiava quando dizíamos qualquer palavrão

- Ela está certa, Hes - afirmei - Meter está brincando com fogo, e a qualquer momento pode se queimar.

- Hum, mas temos que admitir que - Sefe parou de ler a revista para pegar a taça de champanhe ou seu lado - nossos sobrinhos ou sobrinho, estariam muito abençoados se herdassem a aparência do pai

- Perséfone! - Héstia reclamou

- O que? - perguntou inocentemente - a genética dessa família é perfeita! E eu falo por experiência.

- Claro que fala com experiência sobre a genética dessa família - resmunguei - seu noivo é dela! E inclusive, a culpa dessa confusão toda é de vocês!

- Por que, porra, isso é culpa nossa? - se estressou

- Se não tivessem inventado aquele maldito jantar, isso não aconteceria!

A cinco meses atrás, Hades e Perséfone haviam feito um jantar de noivado. Elis, não pode ir, estava ocupado; mas Deméter foi. Muitas pessoas podem não ter notado, eles eram discretos. Mas eu e as meninas conhecíamos nossa irmã. Ela estava flertando com um homem recém casado, e ele estava flertando com uma mulher casada.

- Você queria que eu não fizesse um jantar de noivado, quando esperei durante 1 ano para ele finalmente me pedir? - perguntou indignada

- Eu...

- Vamos parando por aqui - Héstia levantou, parando nossa discussão - Colocar a culpa uma na outra não vai ajudar em absolutamente nada!

- Ela esta certa - Perséfone resmungou a contragosto, e eu, fui obrigada a concordar

- Agora, se vocês me dão licença - Héstia caminhou até o local em que estava sua bolsa

- Aonde vai? - Perséfone expressou o pensamento de nós duas

- Bom, eu ainda faço faculdade - afirmou - e nesse momento, preciso encontrar minha dupla para terminar um trabalho

- Quem é sua dupla? - pergunto curiosa

- Alguém que Perséfone também conhece - disse divertida

Eu odiava quando ela fazia essas brincadeiras.

- Quem é? - perguntei novamente

Ela riu ao ver o tamanho da curiosidade presente na minha fala, logo em seguida respirou fundo, e com toda a calma do mundo, soltou a bomba.

- Zeus Olimpos

1940Onde histórias criam vida. Descubra agora