10 Maria ✓✓

1K 70 3
                                    

Estou com medo, já são 10hrs da manhã e eu ainda estou aqui amarrada, Yandre ainda dorme sobre mim, não fechei os olhos a noite inteira, o medo dele acordar e terminar com o que começou não permitiu.

Ontem foi o pior dia da minha vida, estou me sentindo um lixo, ele ia, ia abusar de mim. Agora eu acredito em anjos da guarda.

Estou nua, e com frio, Yandre também está nu e dorme tranquilamente sobre mim, acharia lindo se ele não fosse um mostro.
Senas da madrugada me vem a mente e começo a chorar baixinho, tenho medo dele acordar.

Não quero ser abusada, não quero ser tocada por esse homem. Devia ter sido covarde e ido embora quando tive a chance.

Yandre se meche e vai despertando lentamente, ele coloca a mão na cabeça e dá um gemido de dor, isso que dá beber muito otário. Na verdade a otária aqui sou eu que estou presa.

Ele abre os olhos e olha diretamente pra mim, e se assusta com o que ver.

— Maria, o que,,, — Ele me solta e as lágrimas tornam a rolar por meu rosto. — O que eu fiz? — Pergunta pra si mesmo. — Maria eu machuquei você?— Pergunta e tira a mordaça da minha boca.

— SEU MONSTRO, COMO TEM A CARA DE AINDA PERGUNTAR, EU ME SINTO UM LIXO POR SUA CULPA. — Grito com toda minha raiva.

— Maria por favor me explica O que eu fiz pra você. — Pergunta sínico.

— Isso depende, se foi antes do banho ou depois.— Falo com a voz embargada.

— Tudo Maria, eu quero saber de tudo.— Fala e eu enfim começo a entender, ele não lembra de nada por conta da bebida.

— Você me prendeu, disse coisas horríveis e depois rasgou meu pijama, claro você tentou me violentar, mas apagou bem na hora, você me humilhou. — Digo e as lágrimas escorrem pelo rosto. — Deixa eu ir. — Imploro.

— Não, me peça de tudo, mas não me peça pra deixar você ir.— Diz, ele levanta, olha para si mesmo e então olha pra mim. Ele vai até o closet e coloca um short. Depois vem até mim e me desamarra, sinto um alívio em meus pulsos e pés, vejo que ficou roxo no lugar. — Desculpa.

Ele sai do quarto e eu me permito chorar, permito esvaziar toda a dor que estou sentindo.

Ainda estou nua e quando percebo vou para o closet e pego meu pijama de panda vou para o chuveiro tomar um banho, fico quase uma hora no banho a maior parte do tempo parada abaixo do chuveiro pensando.

Me visto com meu pijama e fico descalça mesmo.

Saio do quarto e vou para a cozinha estou com fome, vejo Yandre sentado no sofá com as mãos na cabeça, ele não percebe minha presença, parece estar nervoso com alguma coisa.
Talvez seja o peso na consciência

Pego um miojo e taco na panela com água quente, fico esperando e enquanto espero fico cantarolando a música Feel Algain.
Por algum motivo ela me veio a mente, não sei o que significam suas palavras, não entendo inglês mas, eu sinto algo bom vindo dessa música.

A mais tem o Google pra procurar a letra, a verdade è que prefiro assim. Assim sem saber pois minha imaginação me permite usá-la para qualquer situação, triste, feliz, adrenalina, ou até quando quero dormir. E é ótimo isso.

Nunca demorou tanto para fazer um miojo, mas fico pensando, e se eu fizer lamém assim como no anime do Naruto.

E meu professor é o Google vou até a geladeira ver se tem lombo de porco e ao invés de usar macarrão pra Yakisoba eu vou usar o meu miojo.

— O que está fazendo?— Pergunta Yandre entrando na cozinha e me assustando, fico na defensiva e me afasto mais um pouquinho. Ele me olha então abaixa a cabeça. — Desculpa. — Fala baixo mas eu consigo escutar. — Desculpa por ontem, por ter saído e bebido todas, e depois ter feito o que fiz.

Olho prós meus pés, eu quero e não quero perdoar estou confusa o que eu faço meu senhor?

— Eu te perdoo. — Digo baixo ainda olhando para os meus pés, meus sentimentos estão confusos eu quero abraçar ele, mas também quero bater nele.

Não tenho muito tempo para pensar já que braços fortes me suspendem no ar em forma de abraço.
— Obrigado, obrigado. — Fala empolgado, e me beija, só que diferente das outras vezes dessa vez eu retribuo. Preciso muito pensar.

Quando ele me solta, o analiso, Yandre é muito lindo, pena que é um idiota, um idiota que talvez eu ame.
— Mas então, você ainda não me falou o que está cozinhando.— Fala abrindo a tampa da panela.

— É Lamém. — Falo simples mechendo o macarrão.

— Lá o que?— Pergunta sem entender, burrinho que só.

— Lamém. — Ele parece entender e então se escora na parede e fica olhando eu cozinhar, sinto seu olhar em mim, o tempo todo seus olhos atentos a todos os meus movimentos, estou me sentindo incomodada mas não vou falar nada. — Maria. — me chama, e quando eu olho ele me manda um beijinho de asas, e eu coro violentamente.

— Deixa eu cozinhar Yandre vai caçar o que fazer, vai. — Digo quase tocando ele da cozinha.

Meu Lamém está com um cheiro ótimo, não querendo me gabar mas eu que fiz né. Depois de uns cinco minutos meu Lamém está pronto, arrumo a mesa de jantar e me sento pra almoçar, será que eu chamo o Yandre? Olho para o mesmo que está dormindo no sofá.

Chamo ou não chamo? Eu devia deixar ele com fome, mas eu perdoei ele, mas ele tentou me estuprar, mas não estrupou, porque eu dormi, quer saber foda-se.
Me levanto da minha cadeirinha gostosa da frente do meu Lamém gostoso.

— Yandre, acorda o almoço
está pronto. — Falo e o mesmo acorda aos poucos Iiti Malia coisa fofa.

— Okay, eu já vou. — Fala e vai se lavar, e eu finalmente vou comer meu Lamém e quando finalmente eu estava colocando uma colherada na boca a campainha toca, hui que raiva do energúmeno.

MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora