𝐷𝑜𝑔₊ 𝐴𝑖𝑑𝑎𝑛 𝐺𝑎𝑙𝑙𝑎𝑔ℎ𝑒𝑟

Bill.

A garota encarou a rua por alguns segundos, o sol batia sua cara como se dissesse "Bem-vinda", bom ela esperava que alguém lhe falasse isso, mas não aconteceu.

Dois dias que ela estava morando ali, nem um vizinho se aproximou para falar um "olá",  ou foram oferecer ajuda pra arrumar as coisas, ou até mesmo a convidar para o jantar, onde conheceria o filho mais novo que seria uma das pessoas mais inteligentes de seu colégio, então se tornariam amigos e logo iriam estar apaixonados um pelo outro.

Bom, pelo menos ela imaginava e queria que fosse assim.

Porém, querer não é poder.

– S/n? – Ouviu a voz de sua mãe, girou os calcanhares e a encarou. – O que acha de assar algumas linguiças, enquanto eu vou fazendo macarrão? – S/n não pode conter um sorriso, e se apressou rapidamente para entrar.

– Você sabe que eu nunca recusaria isso. – Murmurou para a sua mãe que apenas sorriu em resposta e a deu um prato com algumas linguiças.

– Se você não for rápido, não vai estar pronto até a hora do almoço. – S/m a divertiu, S/n se apressou em ir até o jardim.

Colocou as linguiças na churrasqueira, todas certinhas uma do lado da outra, o fogo já estava ligado antes então julgou que sua mãe tinha acendido antes.

Encarou por alguns segundos a churrasqueira em sua frente.

– Que tédio –  murmurou, enquanto observava o jardim até encarar um cachorro que estava no jardim da outra casa, o cachorro lhe observava.

Sorriu, e se aproximou bem devagar, ao chegar perto percebeu que era um Pitt bull.

Droga, eu vou morrer! - a garota pensou, não conseguiu se mover, apenas encarar o animal.

– Você é bonzinho, né? – gaguejou de medo, o cachorro apenas deu um latido em resposta. – Humm, então eu vou voltar pra casa, tchau. – se afastou, porém sempre estava olhando para trás.

Olhou novamente para a churrasqueira e retirou as linguiças dali, estava pronta para se retirar, mas o choro do cachorro a fez ficar e o encarar.

Ela podia definir que o olhar do cachorro sobre si a pedia para ficar, pensou seriamente por alguns segundos, mas quando percebeu já estava de frente para o cachorro.

Suspirou.

– Você é fofinho, né? – sorriu para o cão, e aproximou a mão de sua cabeça, ele não fez nada, apenas olhava para a garota, então ela passou a mão levemente em sua cabeça e sorriu ao vê-lo fechando os olhos.

– Ei, o que está fazendo? – a voz grave fez com que ela se afastasse, seus olhos curiosos em saber o dono da voz, percorreram sobre o jardim, até ver o garoto sem camisa segurando um violão.

– Ah... e-eu me desculpe! – Se sentiu Nervosa, já que é a primeira pessoa da vizinhança que conversa.

– BIll! – o cachorro foi até o garoto.

– meu nome é S/n – sorriu, o garoto a analisou por alguns segundos.

– Perguntei? – E assim ele entrou na casa, S/n apenas ficou encarando o nada ali, e então bufou.

– Metidinho de merda! – resmungou, enquanto entrava em sua casa.

Ela não percebeu, mas alguém a encarava pela janela.