𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

9 0 0
                                    

𝙉𝙊𝙍𝘼 𝙍𝙊𝙎𝙀

eram duas da tarde, e eu estava em treino na aula de educação fisica ‒ que por incrivel que pareça, eu até gostava ‒ o time de garotas estava a treinar para o campeonato estudantil na escola "rival". fazia 40 minutos e eu estava só o "bagaço" quando o treino terminou. andei limpando suor da testa do gramado até as arquibancadas brancas. vinnie estava numa delas sentado me observando. me senti estranhamente intimidada. 

então ele se levantou com as mão nos bolsos conforme eu me ia aproximando e o seu cabelo balançava. tentei me concentrar em algo que não fosse seu cabelo.

cabelo.

não, o cabelo dele não.

uau, será que são macios? 

NÃO.

ca

be

lo

uau ele faz a sobrancelha  

‒ o que deu em você? ‒ perguntou enquanto meu rosto de se contorcia em um constragimento mortal. ele estava literalmente á minha frente. em que momento ele saiu da arquibancada? foi quando o cabe... ‒ como você está? 

‒ soando como um porco na verdade, e você como está? ‒ eu disse, e me recompus 

‒ você sabe como chamar a atenção de um cara não é? ‒ perguntou sarcástico ‒ ou cafajeste, como diz a maioria.

‒ minha missão na vida ‒ respondi com a lingua atrás dos tentes, o que me faz parecer sarcástica.

‒ não me deve de conheçer, mas sou o vinnie ‒ ele estica a mão direita, e eu o comprimento com um velho lorde 

‒ que legal, estou falando com um estranho ‒ disse, e ele contorceu o rosto para uma feição intimidada ‒ o que houve?

‒ nada. só estou preocupado com o meu teste de literatura ‒ ele disse ‒ sou horrivel nessa matéria. 

‒ se precisar de ajuda...

‒ eu vou precisar, obrigado ‒ ele disse, e eu rio ‒ vai á festa da addison? 

eu começei-me a afastar de costas, este era o meu ultimo sinal para a minha ultima aula.

‒ é, eu vou ‒ eu disse, e ele sorriu de longe.

meu olho se esbugalha, meu deus eu acabei de falar com o vinnie? 

[...]

fechei o armário com uma certa força, os armários desta escola eram uma porcaria. olhei minha mochila para ver se não faltava nada, quando escutei uma voz conhecida vindo do corredor, onde uma multidão de adolescentes passava.

‒ festa dos sinais em minha casa, dia 19! ‒ dizia ‒ começa ás sete, espero todos lá.

passei por algumas pessoas até encontrá-la na posta de saída da escola. addison estava distribuindo panfletos verdes a todos os que passavam. ela acenou para mim.

‒ ESPERA ‒ eu disse intrigada ‒ a escola toda vai estar na sua festa?

‒ claro! que graça uma festa dos sinais teria? ‒ ela disse sorridente. ‒ aliás, isto vai ser bom para o grêmio estudantil. quando mais eu passar uma boa impressão ‒ ela entrega mais panfletos ‒ mais votos eu vou ter 

‒ agora nem sei se quero ir ‒ digo, e ela lança-me um olhar mortal 

‒ o quê? ‒ ela diz ‒ para com isso! aliás não deverias ter medo das pessoas.

‒ eu não tenho medo, eu só as odeio ‒ digo 

‒ você é impossivel ‒ rimos em coro ‒ promete que vai?

‒ sabe que sou má em promessas ‒ eu disse, e ela me olhou ‒ mas vou pensar no teu caso 

ela sorri satisfeita.


𝗩𝗜𝗥𝗧𝗨𝗔𝗟 vinnie hacker.Onde histórias criam vida. Descubra agora