Então o quê?

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Drarry?


Tom esperava qualquer coisa vindo de Harry especialmente porque aquele menino tinha o dom de deixar o Lord das trevas em situações embaraçosas, mas aquela conversa foi sem sombras de dúvida a pior coisa até agora, tudo começou em um calmo jantar em família onde Harry disse a Tom que tinha uma grande notícia, a animação do pequeno menino parecia palpável e Riddle permitiu que ele contasse qual era a grande novidade. 

— Draco me pediu em namoro! Eu não sabia o que era ter um namorado mas ele disse que a mãe dele explicou que quando pessoas se amam primeiro elas namoram... E eu amo Draco ele sempre está comigo, nós jogamos e estudamos juntos, então parecia certo. 

— Vocês estão o quê?! — Pela primeira vez em décadas Voldemort engasgou e tossiu, sentindo o desespero desconhecido aflorar dentro de si, por alguns segundos ele pensou ter escutado errado mas Harry parecia decidido em suas doces e inocentes palavras. 

— Namorando! Não é legal? Você também gosta do Draco então está tudo bem não é? Ele falou com os pais deles e eles acharam fofo! Não é perfeito? — Riddle apenas resmungou em choque demais para formular alguma coisa. 

Tom tinha no fundo, muito no fundo mesmo, de sua mente um pouco de bom senso que insistia em permanecer ali, ele sabia que as duas crianças de 6 anos não entendiam bem o que isso significava ou até mesmo tinham intenção de fazer qualquer coisa errada, eram apenas crianças levando ao péda letra uma explicação sobre amor, sem fazer distinção do tipo de amor, porém a simples idéia de ver Harry, seu pequeno bebê, namorando o enfureceu. 

O próximo dia chegou de forma torturante para Tom e o Lord das trevas sabia que teria que se preparar muito bem, já que os Malfoy vinham almoçar e Tom devia se lembrar que matar Draco era errado, ele era apenas uma criança... Não se joga cruciatos em uma criança. 

E eles chegaram em toda sua pose superior e  aristocrática Harry correu para abraçar Draco, ambos os meninos se gostavam muito. Riddle por outro lado sentiu uma veia de sua testa saltar levemente com a visão, Harry era novo demais para querer ficar abraçando pessoas assim, ou talvez ele fosse um bastardo paranoico que estava vendo maldade em um abraço simples. 

Lucius parecia irradiar felicidade ao ver ser herdeiro tão próximo daquele que todos consideravam filho do Lord das trevas, Narcisa amava ver seu pequeno filhote com uma amizade tão boa e forte era reconfortante saber que seu filho tinha alguém para confiar. Harry e Draco conversavam animadamente durante o almoço, eles já tinham avisado sobre o "namoro" no dia anterior e parecia tudo bem, é claro as crianças não podiam perceber os olhares irritados de Voldemort e os risos dos Malfoy que apreciavam seu senhor tendo uma crise em saber que um dia seu filhinho poderia namorar de verdade. 

— Por quanto tempo vocês pensam em manter este "namoro" — Tom tinha os olhos vermelho brilhando na direção das crianças, Draco não pareceu muito impressionado pois deu seu melhor olhar superior (uma cópia muito bem feita de Lucius e aprimorado de Narcisa) 

— Vamos manter por apenas algum tempo e depois poderemos nos casar, não é mamãe? A senhora disse que é esse o próximo passo. — Draco sorria triunfante para uma Narcisa engasgada e vermelha. 

— Eu adoraria me casar com Draco! Podemos ter bolo no casamento? E sorvete? Talvez chocolate e morango... Ou creme também! — Harry nem ao menos tinha noção do quanto os adultos olhavam para eles com sentimentos misturados, diversão carinho e desespero, uma mistura estranha de se ver porém apropriada para a situação. 

— Será nosso casamento podemos ter de tudo Hazz! — Eles então iniciaram planos para um casamento futuro, com filhotes de animais e muitos doces, eram apenas crianças afinal não conheciam a totalidade do compromisso que é um casamento. 

Draco e Harry saíram para o Jardim da Mansão fazendo planos sobre decoração, convidados e a diversão que teriam em um casamento, eles estavam animados ao pensar que era apenas uma festa e não um contrato legal e religioso com regras e condutas de tradição. Parecia apenas certo estarem juntos e planejarem tudo aquilo, pensavam também nos presentes que poderiam pedir e ganhar no dia especial. 

— Acho que eles estão mesmo empenhados nisso, não acha meu Senhor? — Lucius tinha um sorriso debochado que sumiu ao ver o quão pálido Riddle parecia. 

— Eu vou falar com eles no jardim sobre a idéia do.... casa... casamento isso... — Lucius e Narcisa sabiam o que estava por vir, seu senhor não lidava bem com a ideia de ver seu filho indo embora depois de casar e ao julgar a palidez ele não passava bem. 

— Meu Lord deveria descansar um pouco — Lucius não conseguiu chegar ao homem. 

Tom tentou se levantar e seguir para o jardim onde Draco e Harry correram para pensar na decoração e simplesmente caiu na frente de Malfoy. Narcisa entrou em pânico no exato momento, por mais que Lucius risse levemente sabendo que era apenas uma queda de pressão pelo desespero nunca sentido antes. 

— LUCIUS PARE DE RIR SEU IDIOTA! Oh Merlin chame um medibruxo a brincadeira foi demais para ele — Narcisa estava dividida entre a diversão e o susto, seu Lord não tinha a mente preparada para ter um filho que planejava um casamento ainda. 

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