3. Abismo abstrato

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Sinto me sozinho
Neste mundo em movimento
Sinto a flora da primavera
Caindo no chão frio do inverno
Que de majestoso milagre primaveril
Reduzido a mero cadáver enterrado em terra
Sinto o sol reluzindo
Sendo devorado pela escuridão
De um belo e radiante dia
A melancólica sensação noturna
Ou isso ou aquilo
Nunca serão igualmente suficientes
Dois indivíduos com percepções diferentes
Olhares e trejeitos que definem o valor
Determinam a poesia da vida
E nesse julgamento eterno se encontra um indivíduo
Aquele que sabe seu desfecho
Puro desespero e obscesão por aprovação
Ele se desgasta na tentativa
Tornando-se defunto da vida

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