Stories of music.

Slow dancing in the dark

Me aproximei lentamente do corpo da pessoa em minha frente com um olhar de hesitação, mas não tirei o sorriso de meu rosto e nem o olhar do seu.

Coloquei minhas mãos na cintura do mesmo e as mãos dele em meus ombros, o que fez a nossa proximidade aumentar de uma forma significativa.

Dei uma risada pequena do quão estranha aquela situação parecia ser. Já era noite e ficamos conversando no terraço do meu prédio, era apenas eu, ele, a lua e as estrelas, cúmplices desse amor repentino.

Ele me olhou confuso pela minha risada, e deu um sorrisinho pequeno, curvando levemente sua cabeça para o lado.

—O que foi?

Perguntou-me o mesmo, meio confuso. Eu levantei o mesmo pela cintura, fazendo ele pisar em meus pés e ficar mais próximo da minha altura. Continuei a mexer meu corpo de um lado para o outro em movimentos de uma dança lenta.

—Eu... não sei, só que é estranho nós estarmos aqui, juntos. E isso não é ruim, ao contrário...eu sinto que ao seu lado, eu não preciso de mais ninguém, você é meu centro da vida, o centro da minha gravidade.

Dei uma pausa breve, eu já perderá toda a minha timidez e hesitação em falar sobre meus sentimentos, desisto de perder as pessoas por não compartilhar o que eu sinto.

Dessa vez eu quero ter ele, eu preciso tê-lo como minha vida, completamente meu, e com certeza, eu irei pertencer ao mesmo de corpo e alma.

Prossegui com as minhas palavras.

—Eu sinto que dançando com você nesse escuro, apenas com a claridade da noite-dou uma risada do quão bobo isso soou-Eu não preciso de nada, apenas nossos corpos colados e lado a lado...

Falei e ele deu um sorriso bobo, com uma lágrima escorrendo de um de seus olhos.

Levei uma de minhas mãos até seu rosto e sequei, em seguida fiz uma carícia e fui aproximando meu rosto do dele.

—Eu te amo...

—Eu também te amo...

E então eu me perdi nas palavras, inciando um beijo tão lento quanto a nossa dança. Eu conseguia sentir a eletricidade atravessando nossos corpos, unindo nossas almas.

E então, mantive nossa dança lenta, nesse escuro ambíguo como uma forma de ficar com ele por mais tempo.