Minhas Promessas

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Os assobios de Martin eram altos quando eu e Sina saímos do prédio dela depois de finalmente acharmos um vestido que Sina julgasse ser legal. Fiquei surpresa com a quantidade de roupas bonitas que ela tinha, todas combinavam com seu corpo perfeito que assisti com muito gosto enquanto ela se trocava pelo menos umas quatro vezes seguidas. Alguém deveria prendê-la por ser uma grande gostosa. Se eu for descrever o que vi, vou encher de muitos detalhes e vai ser cansativo. Mas terei outras oportunidades de registrar melhor minhas descrições sobre o corpo perfeito de Sina. 

— Nunca viu uma mulher não?— Escuto Sabina reclamar do banco do motorista.

— Ai, só tô elogiando. — Ele responde.

A BMW branca de Martin está parada no meio-fio, chamando mais atenção do que tudo naquele bairro apagado.

— Boa noite. — Digo ao entrar no banco de trás com Sina em meu encalço.

— Boa noite, garotas. — O irmão de Sabina responde e logo arranca com o carro.

— Oi, vidas. — Any nos saudou. O celular já está em sua mão, aposto que ela estava tirando mil selfies durante o caminho até aqui. — Vamos tirar uma foto.

Tiramos umas dez fotos até Sabina começar a dizer que estava sendo excluída.

— Depois eu tiro uma só com você e posto. — Any promete enquanto olha as fotos que tiramos. Sabina vira o rosto no banco do carona para nos olhar, o típico sorrisinho traiçoeiro em sua boca.

— Sina, você tá linda. — Ela se admira.

— Ela sempre foi. — Eu me intrometo, porque gosto de exaltar a beleza dela.

Sina dá um sorrisinho e esconde o rosto em meu pescoço momentaneamente para depois descansar a cabeça em meu ombro. Linda.

— Todas estão muito lindas, eu devo concordar. — A voz grossa de Martin entra na conversa. — Vocês chamam a atenção, são novinhas e lindas então por isso vou dizer umas coisas pra vocês. — Ele solta uma das mãos do volante e levanta o dedo indicador no ar. Ele fala igual Sabina, é idêntico. — Não sumam da minha vista, por favor. Não vão ao banheiro ou para a área da piscina sozinhas ou com algum desconhecido, não aceitem bebidas de ninguém, sério. De ninguém. Se forem se pegar com alguém, por favor, não vão para algum lugar afastado, tipo quarto ou banheiro. Esses caras mais velhos... Eles podem virar bichos nessas festas, mas também tem muita gente legal, ok? Se ficarem com meu ciclo de amigos tudo vai ser perfeito.

Depois disso eu só consigo imaginar pessoas peladas usando muitas drogas e depois iniciando brigas.

Mas é uma festa ou o inferno? 

— Tem tudo isso e você que vai cuidar da gente? Cancela isso aí. — Sabina está incrédula olhando para ele. Martin apenas ignora a irmã e acelera o carro.

— Ouviu o que ele disse, né? — Cochicho para Sina e ela concorda com a cabeça.

— Fiquei com medo agora. — Any faz uma careta.

— É só ficarmos com os amigos dele. — Eu digo. Espero que não seja um bando de... Homens.

Quando paramos num cruzamento com vários semáforos com sinais vermelhos,  Sina aperta minha mão com força e seu pescoço pula para olhar pela janela.

— O que foi? — Eu a olho.

— Nada. — Ela fica olhando fixamente para o semáforo, a mandíbula travando intensamente até o mesmo ficar verde e o carro voltar a andar.

— O que foi? — Repito.

— Nada. — Sina pisca algumas vezes e sua mão suaviza em torno da minha. Foi quase como se tivesse ativado um reflexo nela, algo a incomodou e ela procurou por mim através daquele toque.

O Encontro de um dólar - Siyoon ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora