Conversa íntima.

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Hinata se senta em uma cadeira qualquer de sua mesa, tira sua máscara da Anbu e deita a sua cabeça

- O que houve, Hinata? - Sasuke pergunta, arqueando uma de suas sobrancelhas

- Eu simplesmente não vejo muito Sol... e ultimamente eu não consigo me divertir, sabe? - Hinata murmura, colocando a mão sobre sua bochecha - Eu olho para fora da minha janela e sinto tudo tão escuro que parece que meus olhos se fecharam...

Sasuke olhava para a namorada com um olhar entristecido, mas deixava a moça continuar

- eu me peguei dormindo por dias quando não estou em missões... eu perdi todo o meu tempo me sentindo cinza, me deixando levar pelas emoções que tive e agora não posso mais ver minha irmã... - a moça diz, olhando pela janela - quando o Sol nasce, eu costumo me sentar do lado de fora pra aproveitar meu pequeno pedaço de luz... pra aquecer o frio que sinto por dentro de mim...

Sasuke anda até a moça e lhe entrega uma xícara com café e senta-se ao seu lado

- Você precisa descansar, Hinata - Sasuke diz, colocando a mão sob a de Hinata

- Mas uma xícara de café e uma soneca não resolvem os meus problemas, amor... - Hinata diz, olhando para o café em sua frente

- Estamos todos apenas procurando de forma louca e desesperada por um pouco de azul nesse céu cinza, Hinata - Sasuke diz, levando a mão até o rosto da morena - eu sei que às vezes é difícil acordar. É preciso mais do que um monte de café no seu copo pra tudo ficar bem, mas por hora é o que nós podemos fazer... Mas agora, me fala uma coisa...

- Hm...? - Hinata murmura, olhando para o rapaz

- Você sabe se curar não é? - Sasuke pergunta, esperando Hinata responder. A moça não diz nada, apenas assente com a cabeça - Por quê não cura essas feridas abertas?

- Hiashi e eu brigamos quando ele descobriu que fui visitar Hanabi... Mas essas não são minhas únicas feridas que eu deixei de curar. Minha pele é uma história com marcas e linhas... mesmo com o bom, o ruim sempre parece muito mais legal, não é? Meus demônios internos sempre ganham quando eu digo que não vou fazer algo... na minha mente eles pulam e brincam... isso me engatilha a fazer...

Sasuke olhava atentamente para a moça, sabia que aquele era um momento intimo dos dois, talvez até mais que o sexo. O que é um relacionamento sem conversas, afinal?

- Existem tantas coisas que eu vim a odiar no meu corpo. Algumas cicatrizes doem quanto você acaricia meu rosto... Eu sinto tão frágil e vazia, como uma xícara de chá de porcelana com cola seca... - Hinata mantinha seu olhar no chão, estava com vergonha de falar sobre aquilo com Sasuke - As vezes acho que sou feita de porcelana, rachando agora e depois... Isso me desgasta, eu pareço estrar bem, mas estou quebrando... De novo e de novo, mais e mais...

- ... Hinata, como você se sente? - Sasuke pergunta, ao ver a garota arquear uma sobranchelha - Digo, em relação ao seu pai?

- Ah... eu acho que tanto faz. Nossa relação nunca foi das melhores, afinal eu sempre me dei melhor com minha mãe. Isso até ela morrer, claro - A moça diz, bebericando seu café - Mas se eu me visse através dos seus olhos, talvez eu pudesse encontrar um caminho para perdoar todas as mentiras e as coisas estúpidas que eu digo, e se ele pudesse perceber que é o seu sangue que eu sangro talvez ele pudesse me amar do jeito que você me ama, sabe? Eu queria que fossemos uma familia, mas nós nunca fomos uma, nunca seremos. Sempre fomos eu, Hanabi e Neji. Neji se foi, morreu e eu decidi cuidar de Hanabi... Mas eu sequer consegui fazer isso... As vezes eu queria que ele estivesse morto, mas eu não posso, eu não consigo odiar ele... eu tenho esperanças de um dia sermos uma família.

- Bem, eu acho que eu me sentia assim com o Itachi... ele sempre teve a atenção, ele era um prodígio, afinal - Sasuke diz, colocando a mão na nuca - Eu entendo bem como você se sente, é algo doloroso, não é?

- Sim - Hinata diz, monossilábica

- Bem, não se preocupe com isso - Sasuke diz, se levantando da mesa com um sorriso minúsculo

- Por que? - Hinata pergunta, tombando a cabeça para o lado

- Eu te amo infintamente, já falei que só quero sua companhia, querida. Eu não estou nem um pouco preocupado com o seu drama e nem nada do tipo, eu deixei todas essas coisas na escola. - Sasuke diz, abraçando Hinata por trás com um pequeno sorriso em seus lábios.

Hinata sente seu rosto esquentar, coloca as mãos no rosto e começa a rir de forma escandalosa

- O quê houve, anjo? - Sasuke pergunta, arqueando uma de suas sobrancelhas.

- Onde está o Sasuke que falava pouco, odiava pessoas e não sabia se expressar direito? - Hinata diz, levantando a cabeça e colocando a mão no rosto de seu namorado

Sasuke olha com um olhar confuso para a moça e ergue a sobrancelha

- Você é um idiota extremamente bonito e atraente. Óbvio que não tanto quanto eu, porquê eu sou perfeita - Hinata diz, sorrindo e puxando Sasuke para dar um selinho em seus lábios - Mas não se preocupe, eu te amo da mesma forma. Você é o idiota mais bonito e atraente que eu conheço, você é o meu garoto.

- Hinata, você é uma garota idiota e ousada. Eu te amo por isso, mas as vezes tenho vontade de te bater tanto, Hinata - Sasuke diz, revirando os olhos

- Você vai me bater, amor? - Hinata pergunta, com um sorriso e uma voz extremamente safados

- Hinata, sua idiota- Sasuke diz tirando a franja da moça, colando suas testas e sorrindo. - Não fale coisas desse tipo, caramba.

- Você fica com vergonha, Uchiha-San? - Hinata diz, rindo - Não se preocupe, eu amo você mesmo sendo um idiota tarado, gatinho.

Oii, anjos. Estava pensando em fazer um hot, pra encerrar de vez o "primeiro ato" da história, como um filler. Sasuke e Hinata fechariam sua relação com aquilo. Enfim, eu sei que muita gnt se sente desconfortável com isso, então caso não queiram, também pensei na possibilidade de um capítulo entre os outros personagens, focando na rotina, cuidados e outras coisas entre eles. Vocês preferem que eu faça o Hot, o capítulo normal ou os dois (no caso, leria quem se sentisse confortável e quem não, pulava para o próximo capitulo)?

A Nanadaime Hokage!Onde histórias criam vida. Descubra agora