Ventania

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Por alguma razão desconhecida, eu resolvi que faria o seguinte, vou começar a postar algumas histórias que não são sobre Cendy, não vou parar de postar elas, mas não vou focar apenas nisso (Isso me deixa estressada) então estarei variando um pouco os temas, assim como agora, que estarei começando uma Au de Bnha, espero que gostem.
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Aizawa On

Eu estava andando pelas minhas trilhas, procurando por algum sinal de comida ou possíveis suprimentos, como remédios e pano (Roupas sempre são bem vindas)

Os alunos estavam nas suas salas, então tinham algumas partes que estavam mais silenciosas do que outras.

Enquanto eu caminhava, um três pontos coloridos vindo na minha direção, um verde, um roxo e um azul-acinzentado pálido.

Aqueles eram os três jovens que eu protegia, Izuku, Hitoshi e Eri. Izuku e Hitoshi tinham 15 anos, enquanto Eri tinha 5.

Os dois mais velhos vinham na minha direção enquanto Eri ficava nos ombros de Hitoshi, que acenava pra mim.

Hitoshi- Ei, Dadzawa!

Aquele garoto preguiçoso e calmo de cabelo roxo sempre me chama assim, não sei o motivo, mas me agradava de certa forma, ele se aproximou rapidamente.

Hitoshi- Eri deixou o brinquedo cair.

Olhei para a garotinha, sua cauda Azul-acinzentada balançando nervosamente, ela sempre foi tão tímida.

O "Brinquedo" não passava de uma bonequinha que eu costurei usando alguns retalhos e botões (Uma tentativa falha de tentar fazer um coelho de pelúcia), mas Eri ama aquela coisa, mesmo não sendo perfeito, ela dificilmente iria aceitar um novo. Eu sorri de leve, um sorriso cansado e gentil. Olhei para Hitoshi e Izuku, meio sério.

Eu- Onde está?

Hitoshi- 1A…

Eu- O que vocês estavam fazendo lá?

Izuku- Vendo a aula…

Eu suspirei, eles adoravam ver as aulas dos heróis em treinamento, mesmo que eu os repreendessem, eles voltariam pra assistir mais um pouco, aquilo não tinha concerto.

Eu- Vão pra casa, eu vou lá pegar.

Eles concordaram e eu fui até a 1A.

Chegar lá era fácil, conheço tão bem esta escola quanto conheço a palma da minha mão.

Entrei em um duto de ventilação, era mais rápido por lá, me lembrei que eles estariam tendo aula inglês agora, ótimo! Nenhum deles presta muita atenção na matéria e o professor deles é bem distraído, seria a chance perfeita para pegar o brinquedo.

Chegando lá, olhei a sala de cima, a saída ficava em cima da mesa do professor e eu tinha uma visão geral da sala ali.

Como esperado, os alunos estavam entediados, nenhum deles estava olhando pra frente, o professor estava virado de costas pra turma, percorri os olhos pelo lugar, na esperança de encontrar o brinquedo, e encontrei, bem em cima da mesa do professor, ao lado de uma xícara de café no canto da mesa. Por que ele toma café? Já não tem energia suficiente?

Afastei o pensamento e comecei a desenrolar meu cachecol.

Eu tinha um cachecol cinza semelhante aos panos de amarração dos heróis e um alfinete de espada (Nunca sabe quando um rato ou uma aranha vai aparecer), meu cachecol às vezes servia como corda pi coisa do tipo então era fácil chegar em muitos lugares.

Eu estava preparando para pegar o brinquedo, minha guarda estava baixa e eu estava confiante demais, nem percebi quando uma rajada de vento me empurrou para frente, só entendi quando eu já estava despencando em queda livre.

PLOP

Eu caí no café, estava morno, então não me queimei, mas este era o menor dos meus problemas, já que alguma coisa acertou a xícara e ela tombou para o lado, derramando o café e a mim enquanto alguém soltava um gritinho que quase me deixou surdo.

Hizashi- INSETO!

Isso foi ofensivo, mas não tive tempo pra pensar naquilo, já que eu escorreguei para a borda da mesa, pronto pra cair, com uma agilidade que eu nem sabia que tinha, puxei meu alfinete e finquei o mesmo na mesa para parar de escorregar bem no momento em que eu ia despencar em direção ao chão, fiquei em silêncio por um tempo, meus instintos estavam a flor da pele e meu corpo tremia ao pensamento de que eu quase caí.

Respirei de forma irregular por algum tempo antes de eu notar que eu não era o único em silêncio, a sala inteira que estava cheia de risos a alguns instantes, estava totalmente silenciosa, isso não devia ser um bom sinal, trêmulo e com medo, virei meu rosto e vi vários pares de olhos, todos olhando pra mim com olhares curiosos e penetrantes.

Humanos curiosos, adolescentes (E um adulto, como ele chegou ali tão rápido), a pior combinação possível, e eu estava em uma sala cheia deles, me olhando, pareciam com várias agulhas me penetrando, senti minha cauda se encolher, se colocando entre as minhas pernas, enquanto meu corpo tremia mais e minha cabeça entrava em pânico. O que eu faço? Pra onde eu vou? Eu ainda nem peguei o brinquedo! Merda, merda, merda, mer-

???- Que merda é essa?

Voz alta como o latido de um cachorro que fez meu corpo encolher, tom arrogante idiota e desnecessario, aquele deveria ser Kastuki Bakugou, sua personalidade é tão explosiva quanto sua quirk, realmente um garoto problemático, a ultima pessoa com que eu queria me meter e o primeiro a se levantar para agarrá-lo.

Fiz um esforço para subir na mesa e puxar meu alfinete da mesma, corri até o brinquedo, me abaixando para agarrá-lo enquanto desviava da mão gigante do garoto, guardei o brinquedo na roupa, subi pelo seu braço até chegar no seu ombro e então escalei sua cabeça enquanto desviava das suas mãos que tentavam me agarrar ou me derrubar.

Os alunos (E o professor) correram pra tentar me agarrar, mas eu fui saltando de cabeça em cabeça usando meu cachecol para me segurar ou me balançar entre braços e mãos, por fim, Nezo Shoji levantou o braço alto o suficiente para que eu pudesse atirar o meu cachecol na grade da tubulação e finalmente voltei para os túneis, mas, infelizmente, eu ainda não estava seguro, aquela parte dos túneis ficava no território das aranhas.

No caminho de volta, fui atacado por um bando delas, matei umas três no processo, mas fui mordido no braço direito e na perna esquerda, finalmente consegui sair daquele lugar infernal, mas eu estava ferido.

Cheguei mancando em casa, fazia muito tempo desde a última vez desde que eu cheguei em casa assim, na época estava sozinho, mas não importava agora, fechei a porta atrás de mim enquanto escutava o som de passos apressados e minhas três crianças apareceram para me receber.

Izuku- Pa-

Os três paralisaram ao me ver, preocupação e desespero surgiram em seus rostos, todos correram até mim, eu tomei banho (Bem, mais ou menos, são apenas toalhas úmidas) eles me levaram para minha/nossa cama e me forçaram a me deitar enquanto me faziam contar tudo que aconteceu, no meio da conversa, eu devolvi o brinquedo da Eri, ela chorava enquanto se desculpava diversas vezes, eu continuava insistindo de que tudo ficaria bem, mesmo que eu não estivesse tão bem quanto eu dizia estar.

Uma vida de empréstimosOnde histórias criam vida. Descubra agora