Capítulo quatro

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Não havia janelas no meu quarto, então pular por uma janela não era uma opção. Oh merda, estou começando a odiar este apartamento.

"Boneca, abra essa porta! Agora." Levi bateu na porta. Como diabos ele chegou aqui tão rápido? Ele ainda deve estar segurando a virilha, rezando para que funcione, seria engraçado ver isto.

Eu não o respondi e isso só o irritou mais. Fazendo a primeira coisa que me veio à cabeça, me arrastei para debaixo da cama, enrolando um pouco o lençol.

( Bang!
Bang!
BANG! )

A porta desabou e a cadeira voou no meio da sala. Ele era agressivo. O controle da raiva não conseguiu lidar com ele. Ele é muito selvagem. Eu observei seus sapatos engraxados lentamente, provocadoramente entrei na sala. Cobrindo minha boca e nariz para não fazer barulho, observei enquanto ele examinava a área minuciosamente.

Fechei os olhos por um momento e olhei para a frente, para o batente da porta sem porta. Sem um som, avancei lentamente de debaixo da cama. Ackerman estava do outro lado da sala olhando para alguma coisa. Fosse o que fosse, tinha a maior parte de sua atenção.

Eu rapidamente me pus de pé e saí da sala. Corri apressadamente, mas fui derrubada no chão. Lutei, gritando enquanto Levi me virava para encará-lo. Ele estava com o nariz sangrando, seu rosto coberto de sangue. Eu tentei agarrá-lo, mas ele prendeu minhas mãos acima da minha cabeça, confesso, se não estivéssemos lutando eu estaria toda me tremendo com isso, "Lembra desta posição, boneca?" Ele
provocou, ah, eu lembrava, lembrava bem.

Percebe-se que Levi gosta de me chamar de boneca, né?

"A primeira vez que tentei escapar da sua arrepiante cara bonita.", fiz uma careta.
Ele, entretanto, apenas sorriu. "Ownt, a boneca me acha bonito...", ele me deu um sorriso maroto.

"Oh, sinto muito. Mas a merda no chão parece melhor do que você", eu ri
Ele olhou ao chão e seguidamente me deu um olhar desinteressado. Mas calma, ele realmente procurou? Segurei o riso. "Venha. Devemos partir para Itália, sim."

"Não! Eu não vou com você!" Eu gritei.

"S/N S/S!" Ele me olhou severamente. Sempre que ele dizia meu nome assim, nessa entonação, dessa maneira, qualquer coisa que eu fizesse não seria boa. Eu sabia que lutar contra ele era inútil, mas isso não significava que eu iria desistir. Desistir significa jogar fora todo o trabalho duro que coloquei nisso e eu com certeza não vou desistir. Gostei muito da minha pobre vida para deixá-la de lado, prefiro ela do que voltar com Ackerman para a Itália.

Levi se levantou e segurou meu biceps, me levantando juntamente ao ato. Ele caminhou rapidamente enquanto me arrastava junto com ele. Recusei-me a andar. Eu plantei todo o peso nos meus pés e puxei na direção oposta. "Pare!" ele olhou para mim e eu apenas olhei para ele sem expressão e continuei lutando.
"O quê?" gritei, "Ponha-me no chão, merda!" Levi me balancou por cima do ombro, rindo baixinho, enquanto eu estava morrendo de ódio. Bati contra suas costas, mas isso não teve nenhum efeito sobre ele. Ele caminhou até a porta da frente e a abriu. Eu apenas encarei o chão e cruzei os braços como uma criança mimada.

Ele me colocou no chão quando chegou ao carro. Ah, o clássico Maserati. Ele me empurrou para dentro do carro e me colocou no cinto. Observei enquanto ele contornava a frente do carro e se sentava no banco do motorista. Ninguém se atreveu a dizer uma palavra. Farlan vai se entender comigo quando eu o ver.

A viagem até o jato particular de Rivaille foi curta. Levi tinha dinheiro. Dinheiro suficiente, ele provavelmente poderia comprar um estado para si mesmo.

Ele vendia drogas, armas e tinha um clube que ganhava milhares por dia. Seus associados pagam para foder por lá ou compram garotas, uma garota vale pelo menos uns duzentos mil, um bom valor.

Enquanto Levi se aproximava do jato, não pude evitar o olhar. Nunca estive em seu jato antes. Sempre que ele tinha viagens de negócios, ele não me levava. Ele dizia que seria arriscado ter-me por perto. Ele saiu do carro e veio para o meu lado. Ele enxugou o sangue em volta do nariz com um lenço, era satisfatório saber que eu tinha feito-o sangrar, por mais que no fim não tivesse adiantado de nada.

Subimos as escadas no jato e ele me sentou em um dos assentos de couro.
"S/N!" Uma voz masculina gritou. Eu conheco essa voz. Quem iria esquecer aquela pessoa pervertida que te fez rir incontrolavelmente tantas vezes.

"Erwin!" Eu sorri amplamente. Ele veio para um abraço e eu dei-lhe um rápido.
Levi murmurou algo parecido com "Ah, claro, ele ganhou um sorriso e um abraço.". Ignorando totalmente Levi, olhei para Erwin. Erwin era americano como eu. Seu cabelo platinado se destacava contra seus olhos azuis. Ele era alto, um pouco musculoso, não muito, mas era forte. Ele tinha um braço coberto de tatuagens. Visão geral, Erwin era quente e ele sabia disso.

"Finalmente encontramos essa sua bunda perfeita", ele cutucou meu ombro de brincadeira.

"Sentiu minha falta?" Eu fiz beicinho com meu lábio inferior.

"Os meninos estão entediados pra caralho sem você lá.", Erwin suspirou dramaticamente, "Quero dizer, nós sentimos muito a sua falta! Especialmente..." Erwin parou e olhou para Levi rapidamente. Olhei para Rivaille, limpando seu nariz sangrando. Devo admitir que me sinto mal por dar uma joelhada sua virilha, talvez um pouco de dó de sua carinha bonita também.

Olhei para Erwin e, como se estivesse lendo minha mente, ele fez um gesto para que eu continuasse. Eu me repreendi. Há apenas um minuto eu odiava esse cara e agora quero ajudá-lo, tenho problemas. Levantando-me da cadeira, caminhei até Ackerman. Sentei-me ao lado dele e ele me olhou e voltou a fazer o que estava fazendo.

Revirando os olhos, eu disse: "Pressione abaixo da ponta do seu nariz."
Ele apenas olhou para mim com seu rosto natural. Um rosto duro e indecifrável de pedra. Ele não fez o que eu disse. "Faça o que eu disse a você.", revirei os olhos. Novamente, não me deu ouvidos.

"Tudo bem. Já que você vai me ignorar, eu vou ignorar e quando você quiser falar, você sabe porquê." Eu fiz uma careta e olhei para Erwin. Ele estava olhando para nós com admiração. Eu dei a ele um olhar meio 'q?' e ele curvou os lábios em um sorriso e balançou as sobrancelhas.

"E agora?" Olhei para Rivaille, que me olhava com o nariz comprimido.

"Continue assim por cinco minutos", peguei um lenço de papel e comecei a limpar o sangue que escorria pelo nariz dele. Limpei logo acima de seus lábios carnudos. Meus olhos permaneceram neles enquanto ele puxava o lábio inferior em seus dentes. Droga, estava tão quente.

"Pare de olhar para os meus lábios como se você quisesse comê-los", olhei para Ackerman, que me olhou divertido. Revirei os olhos e me levantei. Ele rapidamente segurou meu braço com o braço livre, "Fique."
Não era uma pergunta ou um pedido, mas uma ordem. Levi era um maníaco por controle. Tudo tinha que ser feito como ele disse. Sem exceções. Sentei-me novamente e mantive minha cabeça voltada para frente. Eu não estava olhando para ele, mas podia sentir seu olhar na lateral do meu rosto.
Esse idiota.

𝐋𝗈𝗏𝗂𝗇𝗀 𝗍𝗁𝖾 𝗆𝖺𝖿𝗂𝖺- 𝐋𝐞𝐯𝐢 𝐀𝐜𝐤𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧;Onde histórias criam vida. Descubra agora