A senhora de preto e cinza

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O sol já tinha se posto quando a senhora vestida de preto e cinza começou a andar pelas ruas.
Seus passos eram curtos, não tinha pressa ou medo do escuro, era ignorante à esses perigos .
Essa mulher tinha um nome, é claro, mas nomes nunca foram importantes.
A senhora de preto e cinza cruzava um parque enquanto observava os pássaros se recolherem em seus ninhos. Pensou que se fosse um pássaro, seria uma coruja.
Seus cabelos grisalhos combinariam com a penugem, seus olhos grandes e atentos seriam semelhantes aos da ave.
Era verdade que a senhora não era mais tão jovem quanto uma vez fôra. Mas ainda se arrumava e caminhava pela cidade com a mesma energia de uma mulher de 20 anos.
Ela parou em seu destino e se sentou, observando o lugar ao redor.
Um parque da cidade pequena, monotonia em cada esquina.
Em cada esquina, monotonia.

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