Capítulo 2

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#Lucas:Te arranjei um emprego!

Essas foram as palavras que Lucas disse ao entrar na minha casa, levanto do sofá e vou correndo até ele.

#Ju:Oque? Como assim? Um emprego?

#Lucas:Falei com um amigo, bom, ainda não é certo. Vc terá que fazer a entrevista primeiro.

#Ju:Já é um avanço!! Mas me conta, é emprego com oque?

#Lucas:Babá! Mas não é qualquer babá, é babá dos filhos de nada mais nada menos que Sarah Andrade.

#Ju:A dona da maior empresa de marketing digital da cidade?

#Lucas:Sim! Não é demais?

#Ju:Se eu não for demitida no primeiro dia.

#Lucas:Afasta essa negatividade Juliette.

#Ju:E quando vai ser essa entrevista?

#Lucas:Amanhã de manhã.

#Ju:Hum, certo! Preciso fazer meu currículo então. Acho que aquele emprego de babá que fiz a alguns meses atrás pode me ajudar.

#Lucas:Claro, não esqueça de colocar ele.

#Ju:Tem como vc chamar o Arthur para mim? Vou tomar um banho e já vou arrumar ele pra ir pra escolinha.

#Lucas:Certo, vou lá acordar ele.

Lucas subiu e foi acordar Arthur e eu fui tomar um banho.
Dividia a casa com Lucas, era um casa bem simples, mas aconchegante. Tinha dois quartos pequenos, um banheiro, uma cozinha, uma sala e um corredor para estender roupas.
Era uma casa pequena, mas nunca veio a faltar nada. Eu sempre ajudei Lucas quando ele precisava assim como Lucas sempre me ajudou com tudo que precisei. Éramos bons amigos, conheci ele assim que cheguei aqui em São Paulo, é um menino bom, tem um coração de ouro.
Ele trabalha com entregas, o salário não é muito, mas ajuda bastante com o aluguel e as compras. Sempre que precisei fazer algo e precisava deixar Arthur com alguém, ele ficava com ele e isso me ajudava muito.
Depois de ter tomado banho, fui até o meu quarto e Lucas e Arthur estavam brincando.

#Ju:Bom dia filho!-Ele sorri e vem me abraçar e depositar um beijinho em meu rosto.

#Arthur:Bom dia mãe! O tio Lucas estava fazendo cosquinhas em mim.

#Ju:Seu tio anda muito danado. Agora vamos tomar um banho para ir pra escolinha?

#Arthur:Vamos!

Ele correu até o banheiro e fui atrás dele, dei um banho em Arthur e coloquei seu uniforme. Depois fomos tomar café da manhã, ele comeu em meio a conversas. Ele era tagarela que nem eu, amava conversar. Depois de tomar seu café fomos escovar os dentes.

#Ju:Vamos?

#Arthur:Vamos!

Seguimos para a escola, deixei Arthur lá e fui pagar algumas contas.
No caminho fui pensando um pouco na minha vida.
Eu tinha 31 anos e estava feliz com minha vida.
Sai de João Pessoa quando estava grávida de 3 meses de Arthur e comecei do zero. Não tinha nada, apenas uma quantia em dinheiro para um aluguel e dois almoços, as coisas em São Paulo eram muito caras. Achei a casa que estou morando hoje, estava vazia, nem sabia por onde começar.
Bom, conheci uma senhorinha que morava na frente de casa e ela me ofereceu algumas coisas.
Colchão, alguns lençóis, um fogão usado e uma pequena geladeira. Para mim já era luxo!
Não iria dormir no chão, não iria precisar comprar comida pronta e teria lugar para guardar as comidas e bebidas.
Bom, fora isso ela me deu 100 reais para comprar de comida, fiquei tão feliz!
Disse que quando começasse a trabalhar iria devolver o dobro. E sabe oque mais ela me arranjou? Ela me arranjou um trabalho!
Tinha um pequeno mercado no qual ela tinha acabado de abrir e estava contratando funcionários, e lá foi onde trabalhei por esses três anos.
Mas o mercado está passando por algumas reformas e fui afastada, só que não poderia ficar parada. Precisava de um emprego por enquanto que estava afastada.
Dona Maria era como uma mãe pra mim, ela tinha uma consideração muito grande por mim e eu por ela.
Ela viu Arthur nascer e me ajudou muito com ele, ela era a madrinha dele e ele amava ela.
Minha mãe não aceitou muito bem a gravidez, mas sai de lá por conta própria. Tínhamos contato sempre que podíamos, ela não tinha condições financeiras tão boas também e quem ajudava ela era eu, mas um motivo para precisar de um novo emprego.

Será que tinha chances de conseguir o emprego como babá dos filhos de Sarah Andrade?
Ela era uma mulher muito importante, todos sabiam quem ela era, mas tinha muito por trás dela que ninguém sabia. Não era de postar ou comentar sobre sua vida, muito menos da vida de seus filhos, já que ninguém vai aquelas crianças, a não ser por fotos de alguns paparazes.
Quais eram as chances que eu tinha? Nenhuma! Pois, só que o não eu já tenho, pq não querer um sim?

Não esqueçam de curtir e comentar.

Apenas Uma BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora