14. Roda Gigante

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Para melhor experiência, reproduzir a música quando aparecer.

P.O.V Lian

O sol já estava começando a se pôr quando Jullie e eu estávamos na fila para a roda gigante, o último brinquedo que iríamos antes de irmos comer e depois ir pra casa.

Aquele dia com certeza está na lista dos melhores dias da minha vida.

Jullie é uma garota espetacular, o que me faz me sentir mal...

A aposta realmente não era o melhor caminho para se aproximar de Jullie, e eu iria desistir dela e falaria com Pedro assim que eu chegasse na escola segunda.

Talvez ela fosse querer ficar comigo, talvez não, mas eu não me importava. Ter ela mesmo como amiga era o suficiente. Ter a proximidade dela era o suficiente.

—Você está bem? Ficou pensativo de repente.—Jullie disse parando em minha frente e balançando a mão.

—Estou bem, apenas pensativo...—Sorri fraco.

—Entendi...—Jullie me olhou desconfiada.—É a nossa vez, vamos?

—Claro, você primeiro.—Jullie entrou na cabine em nossa frente.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo aquele dia, mas, as sensações eram maravilhosas. Jullie é mais divertida e engraçada do que parecia e sem dúvidas a garota mais interessante que conheço. Era a primeira garota que eu saía que não falava sobre maquiagens, roupas, aparência e essas coisas banais. Isso, de certa forma me deixava com a consciência pesada sobre a aposta e me dava ainda mais certeza de que queria desistir da aposta.

Nenhum dinheiro ou carro do mundo compraria um dia incrível como esse ao lado de Jullie.

Entramos na cabine, me sentei de frente para Jullie e logo a roda começou a girar, lentamente.

O Sol já estava se pondo e o céu estava em tons perfeitos de roxo e laranja, era sem dúvidas um fim de dia lindo.

Quando chegamos ao topo, os raios de Sol refletiram no rosto de Jullie mostrando perfeitamente cada detalhe de eu rosto. As pequenas sardas espalhadas pelo seu rosto, a boca bem desenhada e rosada, seus olhos azuis brilhavam como uma pérola azul que poderia ser vista a quilômetros de distância.

Era perfeito.

A roda de repente fez um barulho alto e simplesmente parou de funcionar com Jullie e eu parados no topo dela. Um fedor horrível de fumaça e uma confusão entre os funcionários.

—Que sorte a nossa não é mesmo?—Falei com divertimento.

—Com certeza, ficar presa com você aqui em cima. Uma dádiva dos deuses. Tinha que ser suposto filho de Apolo mesmo.—Jullie revirou os olhos claramente irritada com a situação.

Mantenham a calma! Iremos resolver isso o mais rápido possível.—Uma voz com um megafone ecoou lá de baixo.

—Ei, não precisa ficar irritada, não é minha culpa, logo logo vão nos tirar daqui.—Sorri meigo.

—Claro que é culpa sua. Você quem me trouxe aqui.—Jullie retrucou claramente irritada com meu comentário.

—Mas você veio porque você quis. Eu não te obriguei a fazer nada. Não tinha como eu saber que exatamente hoje quando estivéssemos no topo ela ia simplesmente parar.—Respondi irritado.

Jullie me olhou como se quisesse me jogar dali de cima, mas, logo em seguida seu rosto relaxou e ela fechou os olhos suspirando logo em seguida.

—Tem razão, desculpa falar com você desse jeito. Eu só estou assustada... Altura não é muito meu forte.—Disse enquanto apoiava sua cabeça na janela da cabine observando o pôr do Sol.

A Garota Do All Star Amarelo | LIVRO UM (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora