11. Among Us

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P.O.V Lian

—COMO QUE VOCÊS NÃO VIRAM ELA ME MATANDO? ELA LITERALMENTE ME MATOU NA FRENTE DE TODO MUNDO NA ELÉTRICA.—Falei indignado sentado em minha cama, jogando com o pessoal enquanto a chuva caía lá fora.

Jullie tinha me matado pela quinta vez seguida em que ela havia sido o impostor.

Estava escuro Lian, não tinha como saber.—Derik falou, estávamos em call jogando, eles me convenceram.

Inclusive, a Jullie sempre ganha como impostor, acostume-se.—Kelly respondeu.

Gente eu já volto, só vou ao banheiro.—Jullie falou rapidamente.

Eu já vou dormir, estou morto de cansaço, boa noite guys, muito bom jogar com vocês.—Jeremy se despediu.

Também já vou indo, minha cama me chama.—Kelly também desligou.

Derik nem disse nada, apenas desligou a chamada.

Voltei.—Ouvi a voz de Jullie bem na hora que eu iria desligar.

—Todos foram dormir Jullie, só ficamos eu e você.—Falei.

Ah...

Um silêncio se instaurou.

—Então... Eu não tô com sono, caso queira sei lá... Jogar conversa fora...—Sugeri.

Bom... Não tenho nada para fazer então pode ser, sobre o que quer falar?

—Quando começou a dançar?—Perguntei enquanto me deitava com o celular na mão.

Acho que sempre gostei de dançar, porém peguei paixão mesmo por isso quando conheci a Kelly, ela que me apresentou a One Million de Los Angeles e desde então, eu amo o que faço... E você?

—Pra ser sincero, eu nunca pensei que dançava bem, eu sempre dancei de brincadeira em casa, mas nunca tinha pensado nisso profissionalmente. Então, pensando no que eu iria fazer da vida minha mãe sugeriu que eu fizesse o teste e sei lá... Eu tentei e agora eu danço.—Ri baixinho.

E o que você acha disso?

Me levantei e apaguei as luzes, ajeitei meu fone no ouvido e me deitei novamente olhando para o teto.

—Sinceramente, é tudo muito novo pra mim, mas eu tô gostando, estão me despertando sentimentos novos, e outros que eu não sentia desde...

Parei de falar ali, eu estava prestes a me abrir com Jullie, e eu nunca tinha conseguido fazer isso com ninguém.

Desde quando?—Perguntou.

—Se eu te contar uma coisa... Você me promete que não vai contar pra ninguém?—Por alguma razão, Jullie não parecia alguém que faria fofoca, então, meu segredo estaria seguro com ela.

Prometo.

Respirei fundo.

Era a primeira vez que eu iria me abrir pra uma garota.

—Eu tinha quinze anos quando aconteceu, estava animado com o ensino médio e principalmente com uma garota.

Normal você animado com garotas, isso faz parte da sua personalidade.—Jullie brincou me fazer soltar uma risada nasal.

—Não, sério deixa eu terminar...—Falei rindo.—Enfim, eu conhecia essa garota desde os meus dez anos de idade, ela foi o meu primeiro beijo, e possivelmente, a pessoa que eu mais cheguei perto de saber o que é estar apaixonado. Ela fazia algo comigo que eu não sei o que era... Mas eu gostava muito dela.

A Garota Do All Star Amarelo | LIVRO UM (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora