16.

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KAIQUE

Acordei e toquei o outro lado da cama. Vazio. Estranhei no mesmo segundo, e vi que de fato, Leonardo não estava mais comigo. Deduzi que ele havia acordado mais cedo.

Levantei da cama e fui direito para o banheiro.

Assim que fiz minhas necessidades básicas, abri a segunda porta do quarto e fitei a última porta do corredor. Eu ouvi alguns sons estranhos, como estralos, ergui a sobrancelha e fui até lá no sigilo.

O que encontrei não me deixou muito feliz. Leo e Renato estavam se beijando, um beijo quente.

Olhei indignado, mas não consegui intervir. Corri para o quarto de Leonardo e peguei meu celular. Sim, eu vou gravar. Foi apenas 25 segundos de gravação, já é suficiente para ser usado contra alguém. Sorri vitorioso e voltei para o quarto.

Uma parte de mim estava feliz por ter flagrado isso e outra estava mal, já que eu esperava que ele fosse superar o Renato e ficar comigo, mas parece que não vai ser muito fácil, não é mesmo?

Se Leonardo quer jogar, então vamos jogar direito...

Depois de alguns minutos, ouvi passos e logo enfiei meu rosto no meio das cobertas, fingindo estar dormindo. Ele iria perceber algo estranho caso eu já estivesse acordado.

O mais engraçado foi que ele se aconchegou perto de mim. Dei um sorrisinho, ele mal sabe o que o espera.

Eu cochilei por mais alguns bons minutos, acordei espantado após sentir um soquinho no meu braço e logo vi Léo perto de mim.

Tivemos nossa conversa matinal: Dormiu bem? E tudo mais. A real é que consigo fingir muito bem quando quero e foi nesse momento que deu tudo certo.

Assim que terminamos definitivamente de acordar, descemos para o andar de baixo e encontramos os amigos de Léo na cozinha, estavam preparando o almoço.

Eu e Irene, a mãe de Renato começamos a ter uma conversa animada, principalmente sobre cachorros, ela diz que ama esses animais, assim como eu.

Até que Renato apareceu. Ele entrou na cozinha com um sorriso no rosto, mas assim que me viu, seu sorriso sumiu e ele abaixou a cabeça. Dei um sorriso irônico e voltei minha atenção pra Irene.

Leo estava conversando com Thiago, não tinha visto que Renato havia entrado na cozinha.

Na verdade ele não ficou muito tempo, trocou algumas palavras com alguém que não sei o nome, pegou um pouco de água na garrafinha e saiu da cozinha.

Eu ainda estou no comando

Leo me chamou pra voltar para o quarto dele. Subimos em silêncio. A porta de Renato estava fechada.

Entrei no quarto do Léo e me sentei na cama. Ele logo foi para o computador e começou a mexer em algo lá. Ficamos em silêncio por alguns segundos. Mas eu já sabia como começar a conversa.

- Léo, seja sincero comigo. - Ele se virou para mim com uma sobrancelha erguida, pude perceber que ele estava nervoso. - Você realmente gosta de mim? - E com essa pergunta eu pude constatar que sim, ele estava muito nervoso.

- Mas e-é claro que s-im, por que a pergunta? - Dei um sorriso discreto.

- Não sei... Talvez por que você não me deu um beijo hoje. - Fiz cara de pidão, mas ele continuava sentado.

- Ah... É verdade né hehe - Ele riu um pouco nervoso e logo se aproximou de mim. Eu me pus de pé, já tinha um plano na minha mente.

Assim que ele se aproximou pra me beijar, eu o empurrei pra cima da cama e me pus sobre seu quadril.

Who I Will Choose? - LeonatoOnde histórias criam vida. Descubra agora