Era uma manhã escura e fria de inverno, estava nevando muito e as ruas estavam sombrias e cobertas por um manto branco reluzente . A luz do sol ainda não refletia nas casas do bairro, porém sabia-se que já estava para amanhecer.
Eu estava no meu quarto, como sempre, organizando o cômodo antes de sair para a aula, e com os olhos ainda entreabertos. Cansado e sonolento por uma noite mal dormida, eu já sabia que corria o risco de esquecer alguma coisa, e preparava meu psicológico, para não entrar em pânico, abri meu guarda roupa para pegar meu uniforme e simplesmente esqueci onde tinha colocado meu uniforme, então fui jogando toda as minhas roupas em minha cama até achar meu uniforme apertado e meio sujo.
Fazer silêncio era quase impossível numa casa como a minha, principalmente se eu estiver em quase total escuridão, meu abajur mal iluminava algo, e eu não podia ligar as luzes. Por sorte, meu pai não estava em casa, ele odiava quando eu fazia barulho, caso ele estivesse dormindo.
Vestido a mochila nas costas, dei uma última olhada no quarto escuro, até onde minha visão não tão aguçada, conseguia enxergar, tudo estava em seu devido lugar, aparentemente. Abri a maçaneta da porta, e esta se abriu com um rangido alto e estrondoso, encolhi meus ombros e abri a porta de uma vez só.
Sai do quarto e deixei a porta aberta, para não fazer barulho, desci as escadas na ponta dos pés segurando no corrimão só por segurança, e toda a casa estava mergulhada em total escuridão. Ao chegar no final da escadaria, esperei até que meus olhos se acostumassem com o breu que pairava no ambiente, caminhando vagarosamente e às cegas até a geladeira, e dela peguei uma vasilha azul-marinho e engoli o último pedaço de bolo sabor chocolate. Estava tão bom, que quase me esqueci de ir pra escola, mas tive de interromper aquele momento tão delicioso.
Coloquei o pote dentro da pia, e em total silêncio fechei a porta da geladeira, virei-me para a porta e tateei pelos cantos da parede, porém, não havia visto a mesinha-de- canto com um jarro de flores, e acabei o derrubando, o barulho foi tão alto que...
deu para ouvir do quarto de minha mãe, e eu tinha certeza de que isso não era coisa boa.
Lúcia — Bryaaaaaaaaaaaan
Minha mãe ainda não tinha se acostumado com o escuro, e descia as escadas devagar. Eu simplesmente saltei sobre os cacos de vidro, e apressei-me para chegar até a porta da sala, e antes que minha mãe ao menos me visse, eu já havia partido.
A porta se fechou atrás de mim vagarosamente, e senti o vento gélido e cortante encostando em minhas bochechas. Uma pequena pontinha do sol se via ao final da rua, e a neve começava a deixar a mostra a grama verdinha, que antes estavam cobertas por uma fina camada de orvalho congelado.
Alguns metros a minha frente, lá estava ela, minha doce e melhor amiga Carmen, com seus cabelos negros e cachos definidos, estava sentada na calçada de costas para mim, observando o horizonte. Caminhei silenciosamente em sua direção, e sentei ao seu lado:
Carmen — Oi Bryan como está seu dia?
Bryan — Sinceramente... Não sei! — respondi com um sorriso engenhoso.
Carmen — Como assim Bryan?
Bryan — Estou brincando com você ,Sim me sinto bem, acho que já está na hora de irmos para escola né?
Carmen — Sim
Nós dois levantamos da calçada e fomos caminhando até a escola, aquelas muitas árvores me deixavam meio tonto, e também reparei que as casas eram quase todas iguais acho que a construtora não teve muita criatividade, eu estava tão distraído olhando para aqueles olhos brilhantes, que não me dei conta de um monte de neve em minha frente e dei de cara naquela neve gélida eu estava com muito frio eu não parava de espirrar e estava com muito medo de acabar provocando minha asma, Carmen me ajudou a levantar eu estava muito envergonhado,Quando estávamos quase chegando vimos um senhor de idade com umas roupas da banda mais conhecida da cidade o Tubarão Espacial, aparentemente ele era um conhecido de Carmen :
??? — Olá Carmen vejo que hoje você trouxe um amiguinho
Carmen — Sim ele é o Bryan
César — prazer Bryan eu me chamo César
Bryan — prazer César — eu disse com uma voz meio desconfortada
Eu César e Carmen acabamos batendo um bom papo sobre políticos e dores nas costas :
Bryan — foi um bom papo mas eu e a Carmen estamos provavelmente atrasados boa sorte no campeonato de bocha
César — obrigado, Tchau.
Então eu e a Carmen continuamos indo para escola a pé mas não tem problema acho que emagreci uns quilinhos até.
Assim que chegamos na escola meus amigos: Théo e Sophie estavam nos esperando na porta da escola :
Bryan — Eae galerinha do caos
Sophie — Gente nós estamos atrasados não temos tempo de papear
Então nós três fomos para nossa turma o 9 ano d.
Era minha primeira vez naquela escola mas meus amigos me conhecem desde o terceiro ano, aquela escola era cheia de salas imagino como eles conseguem contratar tantos professores.
Minha primeira aula foi uma aula de matemática, uma coisa que percebi era que uns meninos estavam agindo meio estranho
A segunda aula foi da minha matéria preferida: História, e aqueles mesmos meninos começaram a fazer uns aviões de papel e começaram a jogar nos alunos (principalmente em mim).
No recreio eu já estava cansado daqueles moleques, eu estava no refeitório e eles sentaram na mesa ao meu lado a comida era sopa então eles vieram atrás de mim e derrubaram tudo o em mim, mas eu era tão medroso que não falei nada a eles simplesmente deixei minha sopa na mesa e fui ao banheiro me limpar as outras aulas foram de : Ciências,Educação Física e Inglês.
Assim que a aula acabou eu esperei a Carmen na porta da escola :
—Oi Carmen, Você vai direto para sua casa ou vai passar em algum lugar?
—Acho que vou precisar passar no shopping para comprar um vestido novo para minha festa de aniversário
Naquela hora eu fiquei paralisado
—Como é que eu pude esquecer a festa de aniversário da Carmen droga—Eu falei em meus pensamentos
—Tem problema se eu ir com você no shopping
—Claro... Brincadeira pode ir sim
Então nós dois fomos ao shopping. O shopping era muito grande era a primeira vez que eu estava lá eu não sabia a onde ir então eu só segui a Carmen até uma loja chamada Caroline's era uma loja muito chique e aproveitei provando uns ternos para o aniversário da Carmen.
Assim que escolhemos o vestido e o terno fomos comer alguma coisa aquele shopping tinha uma variedade de comidas exóticas então decidimos que eu iria comer um lanche do Rocket, e Carmen um lanche mais simples do Senhor Sérgio o senhor que me atendeu era muito distraído e acabou derrubando tudo encima de mim foi engraçado mas não teve muitos problemas eu até recebi uma vasilha de batata frita totalmente grátis.
Assim que terminei de comer me despedi de Carmen e fui para casa, eu acho que aquela batata estava estragada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Amuleto Perdido As Ruínas De Dann
AventuraEssa é uma aventura sobre um menino chamado Bryan Mushroom que foi ao passado para salvar sua amiga Carmen Night que foi parar lá acidentalmente Bryan vai acompanhado ao passado de Théo e Sophie e quando chega no passado percebe que está no meio de...