Filho das Chamas- Livro I ( guardiões)

PRÓLOGO

Sou um dos filhos de Merlin e Morgana, ainda criança fui separado de meu irmão gêmeo Marcus. Levado pelo meu pai para um lugar além dos mares, tive que aprender a conjurar magia, aumentar minha resistência, treinar o possível. Um certo dia estava eu treinado quando sinto uma presença logo atrás de mim e então ataco e com um desvio passo direto olho e vejo meu pai com um olhar de ironia e com uma risada ele fala:

- Vejo que tens melhorado, mas não o suficiente-. e então me lanço com um contra golpe surpresa, e com uma única mão ele me fez cair ao chão como um saco de trigo no mesmo instante que tento me levantar sinto a lâmina no pescoço. Treino todos os dias, sem parar, e a cada treino aprendi mais do que o necessário.

Em uma madrugada de outono meu pai me acordou e diz : - Filho preciso que me acompanhe até as colinas, tenho algo a dizer-. Então o vi trajando uma longa capa e vestes que variavam do branco pro dourado logo desci as escadas então peguei meu agasalho e o segui. Ao subir uma pequena colina que dava visão ao uns conjuntos de montanhas e um luar magnífico, paramos de frente um pro outro se olhamos fixamente, um olhar de despedida e afeto e senti pegar minhas e ressoar algo é logo um brilho e tomou conta das minhas mãos, o brilho logo cessou, e vi um livro com constelações desenhadas na capa. De um poder que percorria minhas veias e meu espírito, ele volta a me olhar e fala:

- Saiba que diante de tudo que fiz foi pelo seu bem. Lembre do seu propósito e lembre de tudo que te ensinei, seu destino e encontrar os guardiões . Queria ter aproveitado mais , porém, não há mais tempo-.

E com um estralar de dedos um portal surgiu em nossa frente, com um último olhar de despedida ele se despediu e entrou. Não sabia qual era meu real propósito, só sabia que a caminhada ia ser arriscada e cheia de muita aventura.
Não sabia por onde começar e nem por onde ir, apenas sabia que minha caminhada seria longa e difícil e mal sabia o que me aguardava lá fora.

Pelo menos oito décadas se passaram desde sua despedida e eu sempre o esperava no mesmo local de sua partida, não se passava um dia ou noite sequer a sua espera. Até que em uma madrugada um brilho familiar me incomodava bastante, até que percebi que aquela luz vinha do livro me levantei em um salto e o peguei. No mesmo instante o abri e logo uma língua que nunca tinha visto antes começou a se revelar e lá estava escrito:

" O PRIMEIRO DENTRE OS SETE DEVE ENCONTRAR.
  ENTRE LUZ E CAOS O DESTINO DO MUNDO ESTARÁ.
  UMA CRIANÇA DAS CHAMAS NASCERÁ.
  E O FILHO DA ESPERANÇA PAZ TRARÁ."

Me chamo Magnus, um jovem mago de apenas dezoito anos e não sei o que o futuro me reserva, nem por o que irei passar. Apenas sei o quanto estou preparado e  ao mesmo não estou para essa aventura.