Capítulo 1

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"Everything will be fine

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"Everything will be fine."
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Árvores

São as primeiras coisas q vejo ao olhar pela janela do carro, eu havia dormido a viagem inteira, e isso me causou muita dor de cabeça. Olhei para o alto e o céu se encontrava bastante nublado, na janela dava pra ver pequenos pingos de água, de acordo com minha mãe estávamos quase chegando, dentro do carro estava uma gritaria, meus pais brigando porque não sabiam se estavam indo para o lugar certo, meu irmão jogando alguma coisa no celular e gritando toda vez q errava, já meu namorado estava com o telefone na orelha falando com a sua mãe. Mas pela primeira vez em muito tempo consigo sentir que estamos todos muito tranquilos, não brigamos por coisa séria já faz alguns meses, para ser exata desde que minha mãe nos avisou que iríamos nos mudar, de acordo com ela e meu pai estamos nos mudando pelo trabalho de minha mãe, ela é médica e foi transferida para essa cidade, eles não deram muitos detalhes e eu também não insisti muito para saber.

Eu morava em Londres, a cidade era linda, sempre bem iluminada e em todo lugar havia alguém conhecido, não que eu goste disso, até porque na maioria das vezes eu fingia que não os via ou apenas lhes mostrava um sorriso, mas a sensação de conhecer o lugar que você vive é de conforto. Eu era bastante conhecida na escola, tinha vários colegas e gostava de fazer a diferença naquele lugar, sempre rindo e brincando, as pessoas gostavam disso, mas nunca tive amigos de verdade, apenas um, mas ele ficou em Londres, o nome dele é Harry, um loirinho sem noção, sempre me divertia com o garoto.

Mas agora é um novo começo, e eu estou aceitando bastante isso, gosto de coisas novas e de mudanças drásticas.

Aos poucos pude ouvir a gritaria de meus pais cessar, deitei minha cabeça no vidro ainda olhando o lado de fora, muitas árvores e as vezes alguns lagos apareciam na paisagem, de longe pude ver um placa, era grande, de madeira, pintada com tons de marrom e com letras douradas escrito "Grifynwood", ao passarmos pela placa sinto um leve arrepio passar pelo meu corpo, suspiro estranhando a sensação e passo as palmas das mãos pelos braços para ver se passava, sinto os dedos de Peter se entrelaçarem nos meus e olho pro garoto, ele me olhava fixamente com um pequeno sorriso reconfortante e animado nos lábios, sorrio pro mesmo e me aconchego mais perto dele, entrelaçando nossos braços e encostando minha cabeça em seu ombro, sinto sua cabeça na minha e vejo um de seus caixinhos bater em minha testa, sorrio com a sensação.

- Já estão com saudades de Londres?- minha mãe me olha pelo retrovisor com um sorriso brilhante no rosto.

- Não tanto quanto eu esperava- Ela sorri mais ainda e eu sorrio de volta.

Deixar ela feliz por pelo menos uma hora é a coisa mais reconfortante de toda essa situação.

Em pouco tempo nosso carro adentrou a cidade, o lugar parecia muito familiar, todos sempre sorrindo, consegui ver alguns lugares do qual eu adoraria conhecer como: uma biblioteca, era pequena, ao lado de fora, escrito "Bibliteca Larry's" em um enorme cartaz , ou até mesmo a Loja de música, com instrumentos na frente e um vendedor conversando com alguém na rua. Passamos também em frente a uma escola, era grande, tinha alguns alunos na porta conversando, alguns casais se beijando e outros jogando basquete no campo ao lado da escola, todos com uniformes extremamente arrumados, isso me deu um pouco de enjoo, eles parecem tão perfeitos que os olhos doíam.

O carro da curtas voltas pela cidade, nos mostrando toda a beleza daquele lugar, levanto minha cabeça do ombro de Peter e o olho, ele estava sério olhando para a janela, acho que ele percebe o meu olhar pois começa a passar seu polegar em minha mão fazendo um singelo carinho, olhou para mim e sorriu levemente, me aproximo de seu rosto e lhe dou leves beijos em sua bochecha e testa, seu sorriso fica maior e ele levanta sua mão desocupada passando seu dedo indicador na ponta de meu nariz, sorrio, me aproximo dele cada vez mais, sinto sua respiração ficar falha e sua mão ir de encontro com a lateral de meu pescoço, antes de fazer qualquer coisa sinto algo me cutucar, era meu irmão, ele estava emburrado.

-Aqui não, tá? eu sou uma criança e não quero ficar vendo dois adolescentes se comendo.- ele fecha a cara e se senta novamente no banco, já  que para me cutucar ele teve que quase deitar no colo de Peter.

Mostro-lhe o dedo do meio e já ouço minha mãe reclamar chamando minha atenção, peço desculpas e olho para frente, percebo que acabamos de chegar perto de uma mansão um pouco a dentro da floresta, a primeira coisa que vejo é  um portão enferrujado, parecia uma grande casa abandonada, não muito bem cuidada também.

Minha mãe para o carro em frente ao portão e sai sendo acompanhada por meu pai, eles apertão um botão localizado um pouco ao lado do portão, provavelmente a campainha, eles falam alguma coisa que não consigo ouvir por causa da distância e então voltam para dentro do carro. Os Portões se abrem com um ranger e nosso carro começa a se mover, consigo ver a grande mansão cada vez mais perto, cada vez mais assustadora.

Nosso carro para em frente a enorme entrada da  mansão, meu irmão já abre a porta e pula pra fora, sinto o ar em meu rosto assim que abro a porta, o lugar era estranhamente familiar pra mim, me trazia a sensação de medo mas ao mesmo tempo conforto, era estranho, meu corpo se arrepia novamente. Sinto um aperto em minha mão e só então percebo que estou parada dentro do carro tampando a passagem de Peter.

- Tá tudo bem amor, vai dar tudo certo!- Leva minha mão até sua boca despejando um delicado beijo ali.

Sorrio e tomo coragem, colocando meus pés no chão e me impulsionando para fora, sinto a lama em meu sapato mas não ligo muito, minha atenção estava voltada para a casa estremamente familiar, olho em volta já sabendo que tudo estava mudando.

Agora tudo vai começar.

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Então foi isso pessoal, o primeiro capítulo dessa história, o primeiro passo de Elisabeth.

espero que tenha gostado e comente bastante, isso anima muito.

bjinhos.

The Other SideOnde histórias criam vida. Descubra agora