Diana de Kágot🔮 Em Busca Dos Guardiões.

Capitulo 5- Laços.

Bom, aqui está perfeito! Preparem as suas coisas e fiquem atentos, já estamos um pouco longe da cidade e não quero ver ninguém ferido. - Disse um dos soldados da rainha Salom.

Eles dividiram as coisas e cada um ficou com uma parte. 4 soldados ficaram responsáveis pelo armamento e levantamento das barracas, o outro foi acompanhar Bruno até os arredores para procurar lenha e gravetos para a fogueira que iriam fazer. Isso iria aquecer todos e também serviria como proteção, já que eles sabiam que as fogueiras costumavam espantar os bichos da floresta.

Gábio e Diana ficaram organizando tudo e pondo as coisas nos seus devidos lugares. Enquanto ele punha os sacos na primeira barraca que já estava armada, Diana pegava os cavalos e os levava para comer um pouco antes de anoitecer totalmente. 

Aquela grama estava muito esbelta.

Olhado para as pequenas estrelas no céu que já estavam aparecendo, Diana pensa consigo mesma:

- Que linda! Que cores fortes e diferentes das que tem do outro lado do reino. Já percebi que vou me encantar por muita coisa neste longo caminho...  

Gábio chega e ao vê-la pensativa pergunta:

- No que é que você está pensando querida? 

Diana, ainda um pouco distraída, fala:

-  Estou pensando nisso que estamos fazendo. É tudo tão estranho, mas também é tudo tão mágico... Estes lugares, estas novas descobertas, todas as dúvidas que ainda temos sobre tudo o que está acontecendo, sabe. - Diana diz isso voltando seu olhar para o lado onde os cavaleiros estavam montando tudo.

- Sei como é, sem dúvidas estamos vivendo uma grande aventura na qual temos que mostrar coragem e determinação para conseguir vencer... - diz Gábio, abraçando-a.

Depois deste breve diálogo, eles amarraram os cavalos para que não fugissem e logo voltaram para onde todos estavam.

Quase tudo estava pronto, eles preparavam as camas no chão e se reuniam para carregarem algumas coisas que eram mais pesadas. Enquanto isso, Bruno e o soldado já estavam quase voltando também, já que havia lenha suficiente com eles para deixar a fogueira queimando à noite inteira.

- Você acha que já está bom? - pergunta Bruno.

- Temos o necessário, podemos voltar. - Reponde o soldado.

Estes caras são tão secos e sérios... Por que são assim? - Pensa Bruno.

-  Ah, você pode me dizer seu nome?

-  Robert. Meu nome é Robert!

- Entendi Robert, o meu é Bruno, mas acho que você já sabe disso. Vamos nos conhecer melhor com o passar dos dias, já que ficaremos juntos por muito tempo.

Na volta, os dois prestaram bastante atenção na paisagem. As árvores daquele lugar eram de médio porte e sempre estavam cheias de folhas, e é claro que também tinham as que eram bem floridas e coloridas. O aroma era tão doce, as flores espalhavam um cheiro maravilhoso por todo lado.

Era tudo tão encantador que eles até desaceleraram os passos sem perceber, e, quando estavam bem perto do acampamento, o soldado foi surpreendido por um vulto que mal se conseguia ver devido à pouca iluminação no local. 

- Ei! Você viu aquilo!? - Ele pergunta um pouco desconfiado, apontando para o lado esquerdo do acampamento perto de um conjunto de árvores e rochas.

- Aquilo o quê? O que era? - Diz bruno, se assustando com a situação e logo acelerando os seus passos, já que de bobo ela não tinha nada (HaHaHa). 

- Esquece! Acho que estou vendo coisas, deve ser algum animal ou coisa assim, mas fique atento!

Chegando lá, eles colocaram as coisas que trouxeram na parte designada para fazer a fogueira e logo trataram de acendê-la.

O fogo clareou tudo ao redor e esquentou bastante nossos aventureiros. Já que todos tinham pequenos acentos perto da fogueira, eles assaram algumas coisas e comeram para logo irem dormir.

Tudo estava muito silencioso, eles não se conheciam muito bem, só de vista, praticamente. Tendo isto em mente, Gábio pensa em criar laços com seus companheiros de equipe puxando assunto e fazendo algumas perguntas para eles.

- Ficamos tão ocupados que nem paramos para nos apresentar e conversar sobre algumas coisas. Acho que agora é o melhor momento para fazermos isso, não acham?

Eles se olharam e cada um se levantou por vez, começando pelo soldado 1. 

- Bom, me chamo Gábio... e esses são Diana e Bruno.

- Muito prazer, meu nome é Lev e esses são meus companheiros de batalha, Robert, Elber, Jhone e Fil... Espero cumprir a missão que a nós nos foi dada!

Depois dessa breve apresentação eles ficaram conversando sobre algumas coisas importantes como:  A necessidade do trabalho em equipe, a de estar sempre atento e a de sempre ser leal e verdadeiro uns com os outros.

Segundo Lev, a confiança era algo crucial para eles atingirem todos os seus objetivos.

Após isso, todos já estavam cansados e de barriga cheia. Deixaram troncos mais grossos queimando para garantir que o fogo não se apagasse tão facilmente e logo se dirigiram para o lugar onde iriam dormir. Ao todo fizeram 4 barracas, cada uma tinha espaço pra 2 pessoas dormirem. Elber e Jhone que eram irmãos dormiram juntos em uma, Lev e Fil em outra , Diana e Gábio na terceira, e Bruno e Robert dormiram na que sobrou.

A noite estava fria e a fauna noturna ficou responsável pelos belos sons que se podia escutar por todos os lados. Devido ao cansaço todos adormeceram com facilidade, mas Lev, o soldado mais experiente, ficou acordado por mais algumas horas para revisar no mapa todo o trajeto e o tempo que levariam para atravessarem para o próximo reino.

Eles ainda estavam em Kágot, mas faltavam poucos quilômetros para chegarem até Loz, o reino pantanoso. 

Loz era conhecido como o reino pantanoso porque os níveis de água eram bem altos em algumas áreas, também pelas belas e assustadoras plantas e diversos animais marinhos. Era bem comum ver embarcações cruzando o grande lago frio, que ficava no norte.

No sul de Loz, havia uma fronteira que o ligava a Kágot e a Ácade, o reino caído. Era por ali que eram feitas grande parte dos antigos acordos comerciais entre estes reinos. Pelo ponto ser bastante importante, vários comerciantes fizeram suas moradas e lojas por ali, formando uma pequena comunidade que até nos dias atuais segue erguida, mesmo depois das ruínas de Ácade.