Cap. 1

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      Minha vida sempre foi difícil!       
  Família conturbada, pai alcoólatra, minha mãe completamente obcecada por meu pai, irmão se perdeu por aí no mundo das drogas e eu  precisei aprender cedo a me virar.
  Quando tinha doze anos fui obrigada a trabalhar no sinal para ajudar a minha mãe a sustentar o vício do meu Pai. Aos quinze anos meu pai resolveu que era  hora da filha dele, da menina do papai se tornar uma mulher e foi aí que ele decidiu que ninguém melhor que ele para fazer isso.  Lembro me como se fosse hoje meu pai que apesar de me fazer trabalhar e me magoar sempre, hoje ele passou de todos os limites, ele me estuprou. Disse que se eu tinha que virar mulher que fosse ele a ser o primeiro. Você deve está se perguntando, e sua mãe? Eu te respondo então, minha mãe ela ficou lá ouvindo tudo que ele fazia, ouviu cada grito de socorro, cada choro de dor e cada gemido de desespero.
  Minha mãe a mulher que me deu a vida, ajudou a levar parte dela. E foi assim que eu me tornei mulher. Foram dias difíceis, eu me julgava incapaz, não tinha mais forças pra sair daquela casa. Minha vida quase acabou,
Passei uns dias lá e meus problemas  só piorava. Meu pai queria mais de mim e minha mãe agora  estava com ciúmes. Um dia, Antes que meu pai acordasse mamãe me acordou jogou uma bolsa com Algumas  roupas minhas em mim e me mandou sair de casa, não ia dividir seu marido com sua filha. Ela havia pirado, eu nunca quis essa vida, eles me obrigaram. Sai daquela casa com a maior dor que eu poderia sentir. Sem destino, sem motivos pra viver, sem dignidade pois ela havia ficado lá naquela casa junto a minha virgindade. Aonde ir? A quem pedir ajuda? Eu não tinha nada, não tinha dinheiro, se quer havia comido alguma coisa desde a noite anterior.
  Sai andando pelas ruas do rio de janeiro sem lugar pra ir, avistei uma praça e pensei que lá seria uma boa ideia. Mais haviam muitos mendigos e eu uma mulher sozinha na rua, mesmo que vestida de calça comprida para eles ali seria motivos pra que Me usassem já que eu estava lá. Andei mais um pouco e encontrei uma casinha abandonada, sem portas era um quartinho bem pequeno na verdade. Ali seria o lugar ideal apesar de muito sujo ali eu vivi por quase um mês. Procurando emprego e dormindo naquele local, pedia ajuda nos sinais, bares e mercearias da região, assim  conseguir sobreviver. Prazer eu sou ANA e essa é minha história
Hoje eu vou a uma entrevista de emprego. Nessas andanças pela região eu vi uma lojinha que precisava de vendedora, e como estudei acho que consigo desenrolar.

ANA E PESADELOOnde histórias criam vida. Descubra agora