Capítulo 7 - Seu mestre cuida de você

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Logo pela manhã, uma carruagem estacionou em frente à mansão Phantomhive.

Enquanto Sebastian cuidava de guardar as malas no veículo, Ciel olhava rispidamente para os três empregados parados no portão.

— Bom, a mansão agora é responsabilidade de vocês. Tudo o que precisam fazer é protegê-la de possíveis invasores, apenas. Fora isso, não façam nada! Não mexam em nada! Entenderam? — diz, lançando um olhar severo para os três, fazendo-os estremecer.

— S-Sim, jovem mestre. — dizem em uníssono, enquanto fazem uma reverência exagerada.

— Jovem mestre. — A voz do mordomo chama sua atenção. — Está pronto?

Ciel solta um suspiro cansado. A aposentadoria do Sr. Tanaka, de fato, era uma lástima; ele era o único, além de Sebastian, que possuía sua total confiança. Sem ele para supervisionar aqueles três destrambelhados, ele sabia que as chances de sua mansão estar intacta até sua volta eram quase nulas. No entanto, ele não tinha muita escolha. — Sim, vamos! — ele se dirigiu até a carruagem, onde Sebastian prontamente abriu a porta para que ele entrasse. Assim que o conde se acomodou, o mordomo o seguiu, entrando no veículo e sentando-se no banco à frente de seu mestre.

Sem demora, a carruagem começa a andar, puxada pelos cavalos comandados pelo cocheiro. Dentro do coche, Ciel olhava pela janela, tentando ignorar inutilmente a forte presença de Sebastian. Desde que recebeu aquela carta, ele estava intrigado a tal ponto que esqueceu de um fato importante: ele e Sebastian teriam que ficar juntos naquele lugar fechado e apertado pelo resto do dia. E, depois dos últimos acontecimentos, bem, dizer que as coisas andavam estranhas entre os dois seria um eufemismo. No entanto, por mais que tentasse manter sua atenção presa à aquela paisagem tediosa que corria pelo vidro transparente, seu olhar sempre ia de encontro a Sebastian.

"Quero experimentar cada parte do seu corpo enquanto o encho de prazer..." Essas palavras ecoavam em sua mente, deixando-o ainda mais inquieto. Embora não quisesse pensar no assunto, uma dúvida insistia em tomar seus pensamentos: afinal, como isso funcionava entre dois homens? Não que ele tivesse alguma experiência com o sexo "convencional"; nessa época, era comum que um pai levasse seus filhos a casas noturnas para apresentá-los à tal prática. No entanto, o pai de Ciel morrera cedo demais; assim, quando atingiu a idade suficiente para frequentar tais lugares, ele não tinha ninguém que o incentivasse a fazê-lo. Além disso, ele nunca se interessou realmente; seu foco sempre esteve em sua empresa. Então, tudo o que sabia sobre isso era dos romances que lia, e, claro, nenhum daqueles livros explorava um relacionamento entre dois homens.

— Jovem mestre. — o mordomo chamou. — O senhor está bem? Parece inquieto.

— N-Não é nada, apenas desejo chegar logo ao nosso destino. — diz, um tanto atônito; ele não esperava que sua agitação estivesse tão óbvia.

— Tem certeza de que é só isso, meu mestre? — o mordomo se inclina para frente, pinçando uma das bochechas do rapaz entre os dedos. — Seu rosto está vermelho... No que o senhor estava pensando? — pergunta com um sorriso provocante nos lábios. O coração de Ciel dá um salto diante daquela aproximação repentina; no entanto, ele logo se recompõe e afasta a mão do mordomo com um tapa.

— Não seja insolente, meus pensamentos não lhe dizem respeito.

— Mesmo? — o mordomo diz, mantendo a proximidade, o sorriso cínico ainda presente em seu rosto. — Acredito que mereço saber quais tipos de pensamentos pervertidos o senhor estava tendo comigo.

Demonic Love (fic em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora