33 - Eu iria sempre reparar em ti, Harry

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Louis Tomlinson

Acordámos muito cedo e neste momento já estávamos a caminho da cidade que nos fez crescer, íamos no carro de Harry com ele a conduzir. Eu estava sentado no lugar de pendura enquanto que Liam e Niall estavam nos bancos de trás e Niall dormia recostado no ombro do namorado roncando baixinho.

O silêncio não era constrangedor muito pelo contrário, era calmo e tranquilizante mesmo que o meu interior estivesse em chamas de ansiedade. Eu agradecia o silêncio, pois toda a minha mente pensava e repensava em como seria a reação da minha mãe quando visse Harry em sua frente.

Ela tem um amor profundo por Harry e quem não teria ?! Harry é aquele tipo de pessoa que nós iremos sempre, mas sempre querer ter junto por mais que os anos passem, que a vida passe, que tudo mude... Porque tudo muda menos a vontade de manter Harry junto de mim por toda a eternidade... Não quero arruinar este momento, eu junto dele e dos nossos melhores amigos... A família que eu tive liberdade de escolher.

"Vamos parar um pouco para comer" Harry diz enquanto encostava numa estação de serviço.

"Okay" eu sorri.

Niall levantasse ainda anestesiado de sono e Liam acaricia a sua face sorrindo ao mesmo.

"Páramos para comer, amor" Liam sorri.

"Que bom... Eu estou com fome" Niall diz espreguiçando-se.

Fomos pegar algo para comer e Harry aproveitou também para abastecer o carro.

Eu paguei alguns snacks para mim e para o Harry e depois esperei pelo casal junto com o mesmo.

"Lou, está tudo bem ?" Ele pergunta enquanto que fecha a tampinha do depósito de combustível.

"Sim" eu sorri, ou tentei, porque eu estou muito nervoso.

"Lou, a sério, o que está a acontecer ?" Ele pergunta novamente.

"Olha... Eu só estou muito nervoso" eu digo suspirando.

"Não há necessidade disso, Lou" ele diz sorrindo.

"Mas eu estou... Eu nem sei como chegar a beira da minha mãe e resumir o que aconteceu neste curto espaço de tempo..." eu bufo... "Eu reencontrei-te como Edward por causa da Eve, depois eu te descobri como Harry, nós nos afastamos, depois reaproxima-mo-nos, começamos a nos beijar e depois tivemos uma conversa em que decidimos que estávamos prontos para nos dar uma segunda chance, vamos ao encontro juntos ainda que com os nossos melhores amigos e eu tou desesperadamente apaixonado por ti..."

"Eu acho que está ótimo assim." Harry solta uma gargalhada sonora.

"Não tem graça..." eu reviro os olhos. "Eu sinto que posso desmaiar ao bater na porta da casa da minha mãe"

"Lou, vai tudo dar certo... Além do mais a tua mãe adora-me"

"Eu sei que ela vai reagir bem mas o que me preocupa é a Lottie" eu suspiro.

A Lottie sempre admirou e bajulou o Harry tanto quanto pode, ela adorava o cacheado não por amor mas como o seu melhor amigo... Ela nunca me perdoou o facto de eu ter também excluído o cacheado da sua vida indiretamente, ficou sem me falar durante meses e quando me falava eu jurava que o seu olhar me mataria... Até ao dia em que ela me viu no quarto a chorar abraçado a uma sweat de Harry que tinha ficado para trás... Aí ela percebeu que eu realmente sentia falta dele.

Ela defendia Harry com unhas e dentes e ai de quem algum dia se atrevesse a gozar com o cacheado, a sua raça seria extinguida na hora.

"Oh a Lottie" um sorriso brota nos lábios de Harry mas um sorriso mais genuíno do que o habitual. "Eu adoro aquela garota, Lou... Ela é como uma irmã, meu maior pilar... Foi uma pena eu não ter conseguido levar a mesma na minha mala quando parti... Porque com certeza, ela é das pessoas mais suportivas que eu tive em toda a minha vida e foi também graças a ela que nós estamos aqui hoje, porque se não fosse aquela festa de pijama..." ele olha para mim. "Tu nunca terias reparado em mim" ele completa.

"Eu iria sempre reparar em ti Harry, até porque o destino iria definir uma ou outra forma de eu te conhecer." Eu sorri e ele retribuiu.

Niall caminhava até nós com imensa comida nos braços enquanto que Liam vinha atrás do namorado com uns sacos sorrindo.

"Niall, era preciso tanta coisa?" Harry pergunta.

"Bem, este corpinho não se mantém com salada" Niall diz provocando-me uma gargalhada.

"Andem lá, vamos arrancar que ainda temos um tempo de viagem para fazer... E com o trânsito que está vamos demorar mais" Liam diz.

Depois de entrarmos todos no carro enquanto que Niall resmungava com Harry sobre como era importante para ele comer muito, Harry colocou música no carro e depois de Niall ficar cansado de argumentar com o cacheado ele se encostou no ombro do Liam caindo no sono.

"O amarelinho ou come ou dorme..." Harry diz e eu gargalho.

"Deixa o meu irlandês em paz" eu digo rindo.

Pouco mais de duas horas ali estávamos nós em frente da imponente porta de madeira que me fez tremer um pouco mas eu logo tratei de me mentalizar de que esta era a minha casa em tempos, quem lá vive é a minha mãe e eu preciso de ser positivo.

"Chegamos" Liam murmura para Niall que se endireita no banco esfregando os olhos e os abrindo em seguida.

"A tia Jay" Niall sorri.

"Quando estiveres pronto" Harry diz sorrindo calmamente. "Sem pressão, amor"

Ele realmente sabia como me acalmar porque apesar de nervoso não estava com tanta ansiedade como antes e isso era bom.

"Alguma hora tem de ser" eu suspiro abrindo a porta e já ouço os gritos das gêmeas do lado de dentro da casa.

Eu realmente estava feliz em estar de volta, porque eu sentia muito a falta da minha família e isso não tem explicação.

Descarregamos as malas do carro e Liam sorri-me como se me dissesse que estava tudo bem se eu quisesse esperar mais um pouco, enquanto que o seu namorado estava sentado em cima da sua mala segurando um pacote de cheetos enquanto comia rápido.

Eu respirei fundo pelo menos duas vezes e acalmei o meu coração.

Então eu caminhei com Harry, Liam e Niall atrás de mim e quando chegamos ao lado da porta eu respirei novamente tocando a campainha.

Love Is Right There [Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora