Demonic Souls

Out of the box

"Nunca deixe alguém dizer que você não pode fazer algo, nem mesmo eu. Você sonha e deve proteger isso. Pessoas que não conseguem fazer algo por si mesmas vão querer dizer que você também não pode. Se você quer algo, vá atrás disso. Ponto."

A Procura da Felicidade 

Atlanta, Geórgia - Estados Unidos

09 de Fevereiro de 2014

04:33 A.M.

POV Alexia Johnson

 Aonde caralhos fui me meter?

Kimberly me metralhava com o olhar, se pudesse ser incinerada pela força do pensamento da ruiva posso concluir que isso já teria acontecido. Seria adeus, Alexia. Nunca me tornaria uma jornalista, nunca realizaria o meu sonho.

Charles fora falar com o Bizzle, ele se perdera na multidão e ao longe a única coisa que conseguia ver dele era sua silhueta conversando com dois rapazes loiros. Com certeza funcionários do maior traficante de Atlanta. Imagino eu, que para ter construído todo um império como o que possui atualmente, Bizzle deve ter no mínimo 50 anos. Deveria ter perguntado a minha amiga que já tinha se esbarrado com ele mas Kim não estava com um humor legal para me responder nada.

Vi o exato momento que Chaz apontou para nós com a cabeça, acenei em direção aos três como se fosse uma velha conhecida deles e é óbvio que não recebi nada em troca. Fala sério! Terei que ensinar educação a esses garotos ou então vou colocá-los como um bando de animais com armas na minha história. Certo, isso foi uma ofensa aos animais.

Todavia, um dos três garotos me chamou a atenção, que eu tinha um fraco por loiros não era novidade para ninguém, mas porra...mesmo a essa distância, consigo constatar que ele é um tremendo de um gostoso. Seus braços são cobertos por tatuagens, o abdome tampado pela camisa me faz imaginar que também deveria portar alguns desenhos, o cabelo perfeitamente alinhado como se ele tivesse saído de um conto de fadas. Conto de fadas? Sério, Johnson? Aquele jovem ali pode não ser o Bizzle mas trabalha para o mesmo, sabe do que ele é capaz e tem a certeza que seus comparsas de inocentes não tem nada. Assassinos, para dizer o mínimo. Como se meu olhar em cima de si tivesse chamado a sua atenção, o loiro em questão se voltou para mim e automaticamente dei um passo para trás. Toda a minha determinação se esvaiu como estudante fugindo de prova, não consegui distinguir a cor de seus olhos pois estávamos distantes demais para isso, mas ele literalmente me mediu de cima a baixo. Não se importou em manusear a cabeça para dar ênfase no que estava fazendo, abracei meu próprio corpo com o intuito de lhe privar de seu julgamento, desde que pisei aqui venho sendo observada mas não daquela forma, não do jeito que ele estava fazendo, como...como se me visse completamente nua.

Decidi que qualquer atração que tinha sentido por ele a princípio havia sido substituída pelo mais genuíno medo, jamais admitiria em voz alta, estava ali por escolha própria e iria até o final para conseguir o meu diploma mas seu olhar frio e sem emoção me fez tremer na base.

Parecendo farejar exatamente a minha fraqueza, o loiro puxou o canto dos lábios em um sorriso malicioso e se voltou para Charles, terminando a conversa. Nunca havia ido em um racha antes e não sabia se presenciaria um ou se já tinha acontecido mas um cara encostado em uma Ferrari vermelha também me analisava, não com tanta curiosidade quanto o loiro anteriormente, este estava mais para um macho escroto que nunca viu uma garota de lingerie. Sim, lingerie. Como chegamos a isso?  Vamos voltar algumas horas antes.