Capítulo 3 Um vírus diferente

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Uma semana do caos que foi o hospital, dormi 13 horas em uma semana, depois que isso acabar acho que vou dormir por muito tempo. Agora que parou de entrar toda hora pessoas com esse vírus, posso finalmente trabalhar na cura para o que quer que ele seja.

Mais duas semanas se passaram e eu ainda não sei como impedir o vírus de se espalhar, mas sei seu formato, como ele funciona, o que ele causa no ser humano, sei tudo sobre ele, só não sei ainda como detê-lo. E só para você saber, dormir 16 horas nessas duas semanas, estou acabada, mas dando tudo de mim para achar logo uma cura.

Estava olhando meu microscópio quando dei uma cochilada sobre o mesmo, um médico veio ver como estava a pesquisa, entrou sem bater, dei um salto na mesa e derramei um líquido em cima do vírus. Fui limpar no automático, mas resolvi olhar se tinha feito algo contra ele. Bingo.

O DNA do vírus se desfez e mostrou o que ele realmente era, corri para meu colega médico que estava se desculpando por me assustar e o abracei. Mandei o laboratório verificar a quantidade necessária para se matar o vírus e produzir uma vacina. Duas semanas depois do ocorrido Suna estava em festa, todos comemorando pois foram vacinados em tempo recorde, mandamos informações para todas as nações sobre o vírus e sobre a vacina, para caso ele apareça de novo, estejamos preparados. 

Fui para minha cama e apaguei, dormi dois dias seguidos, levantando apenas para ir no banheiro. Quando finalmente sai de casa, vi que havia muitas flores ao pé da minha porta, todas com bilhetes, alguns agradecendo eu ter salvo a sua vida ou a de um familiar, outros bilhetes até mesmo me pedindo em namoro ou casamento. Dei risada disso e não deixei a chance passar, mandei para meus amigos cartas falando sobre o ocorrido do vírus respondendo as suas que me mandavam preocupados que não tive tempo de ler. Disse que estava tudo bem, que eu recebi várias propostas e que só aceitei uma, a de Sabaku no Gaara, os conselheiros entraram em festa quando aceitei, até por que eles que ficam me perguntando sobre meu relacionamento com ele, já que eu não usava mais o termo de respeito Kazekage de tão intimos que ficamos.

Relaxei ao terminar de escrever as cartas dos meus amigos, coloquei elas na bolsa, abri a porta de casa e dei de cara com ele, o ruivo mais desejado de todas as nações, Gaara. Dei um sorriso, o abracei e beijei, demos as mãos e ele me acompanhou até o correio, onde pedi para enviarem as cartas o mais rápido possível. Gaara me olhou e disse:

- Meu bem, por que não usa o sistema de pássaro de Suna para enviar essas cartas?

- Não vou utilizar dos privilégios de namorar o Kazekage. - Ele sorriu, me deu um selinho e saímos dali com todos nos olhando.

Fomos até seu escritório onde passava o dia todo trabalhando. Chegamos lá nos beijos e paramos por falta de ar. Então escutamos alguém limpando a garganta para mostrar sua presença, pela entonação sei que é a Temari. 

- Oi. - Disse sem jeito para ela e para o Kankuro. - Estão ai a muito tempo?

- Não precisa ter vergonha Sakura.

- Então será que eu posso ir até Konoha agora que o vírus acabou? Preciso resolver algumas coisas que ainda estão pendentes.

- Tudo bem, - disse Gaara  com um suspiro - mas terá que trazer Shikamaru com você na volta, quero saber as intenções dele com minha irmã.

- Você contou para ele? - Temari me lançou um olhar de morte. - Você não tinha o direito de contar da minha vida só por que está namorando ele.

- Ela não me contou, eu descobri sozinho, e não é difícil descobrir. Você volta toda alegre de Konoha, nem consegue disfarçar quando conta sobre o projeto que está desenvolvendo junto com ele.

Todos ficamos em silêncio até Kankuro falar:

- Acho ele uma boa pessoa, vamos Temari, vamos deixar os dois asós.

Quando eles saíram me soltei do Gaara, precisava pensar no próximo passo a tomar.

- Está tudo bem? - Gaara veio em minha direção dando beijos em meu ombro.

- Será que vai dar certo? Será o vírus do ciume que queremos colocar vai funcionar? Eu gosto de você Gaara, mas não nesse ponto e você sabe. Assim que minhas cartas chegarem e a Temari confirmar, vai ser um caminho sem volta.

- Está tudo bem, - ele passou as mão em meu rosto o fazendo olhar em seus olhos - nós sabemos o risco desde o momento que resolvemos fingir este relacionamento, e de quebra aproveitar um pouco. - Ele me olhou com uma cara safada. - Mas pelas mensagens que recebo sempre direcionadas a você de alguma maneira, tenho certeza que o "vírus" que queremos vai infectar ele.

- Tomara. Sempre pensei que você fosse bem mais sério e que jamais iria aceitar essa minha proposta. - Dei um beijo em sua bochecha. - Obrigado por ser esse amigo incrível Gaara.

- De nada Sakura. - Me respondeu e selou nossos lábios em um beijo carinhoso e demorado. - Vou te liberar mais cedo o que acha? Assim você pode ficar com ele.

- Nada disso, primeiro irei te ajudar a conquistar a sua amada, e depois eu lido com as consequências.

- Tudo bem, mas saiba que se precisar tem minha proteção. 

- Eu sei. - Selamos nosso lábios novamente quando em uma nuvem de fumaça apareceu um ANBU da vila da areia, um ANBU da vila da folha e ele, Kakashi Hatake, o Hokage de Konoha.

- Kazekage uma visita do...... - o ANBU parou sem reação ao nos ver nos beijando. - Perdão Kazekage.

- Tudo bem. O que faz aqui Hokage? Qual a emergência?

Eu parei de respirar quando ele disse isso, olhei assustada para ele, olhos negros como a noite, seu rosto coberto com aquela maldita máscara, seu corpo em forma, ai só de imaginar já me faltou ar. Olhei para ele sem graça, enquanto recebia um olhar de reprovação em troca.

- Não sabia que vocês estavam namorando, Sakura deveria estar aqui só a trabalho.

- Isso aconteceu sem planejamento Kakashi. Você não deveria ficar tão bravo assim.

- O que te trouxe aqui Sensei? Digo, Hokage? - Digo da maneira menos nervosa possível, pois eu estava a mil.

- Vim comunicar que a Hinata Uzumaki está grávida e que já sofreu duas tentativas de envenenamento, por isso quero a Sakura de volta a Konoha o mais rápido possível. - Eu olhei para ele sem acreditar, como assim a Hinata esta grávida? E que história é essa de tentativa de assassinato. - E vim também dar uma triste notícia a Sakura, o falecimento de seus pais através do vírus que vocês enfrentaram, ele chegou em Konoha antes do seu relatório, eu sinto muito.

Meu mundo acabou ali, como assim meus pais morreram e ninguém veio no mesmo instante me contar? Meu coração estava apertado, sentei no chão chorando muito, soluçava de tão forte que estava. Temari e Kankuro entraram discutindo algo e pararam com ela assim que me viram no chão. Temari foi me abraçar e perguntou o que ouve para o Gaara, ele então contou da Hinata e dos meus pais. Ela me abraçou e disse para eu ir até Konoha com ela, para que eu não fizesse a viagem sozinha, concordei a abraçando.

Gaara e Kankuro me abraçaram também, os irmãos saíram do escritório cada um com uma função, Temari foi arrumar minhas coisas, Kankuro foi até o hospital avisar da minha ausencia nos próximos dias e o Gaara foi buscar um copo de água para mim. Quando vi que estava sozinha mais Kakashi, tentei me levantar para ir até ele, porém não consegui o choque estava muito grande ainda para que saísse do lugar com minhas próprias pernas.

- Me abraça por favor.

- Estou te abraçando desde que tentou se levantar.

- Mas não forte o bastante. - Ele então apertou o abraço. - Não Kakashi, você precisa me abraçar igual quando eu precisava, quando eu estava triste pelo Sasuke era o seu abraço que me confortava. Por favor me abrace como antes.

- Como quiser cerejinha. - Ele me abraçou com ternura e carinho, exatamente como antes, e ainda me chamou pelo apelido que ele não usa a anos. Sorri em seu abraço, feliz por ele estar ali, assim a tristeza parecia ficar menor.

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