Foi Sem Perceber

Capítulo 12 A chegada de Kakashi

Fiquei um tempo no topo da torre Hokage olhando para a mesa que foi quebrada no meu lugar. Tsunade descobriu que sou apaixonado por Sakura, agora eu realmente estou morto se não me comportar, disse a ela que iria sim jantar com Sakura e que não dormiria mais com outras mulheres, para ser digno de Sakura, Tsunade aprovou esta minha atitude e sumiu em uma nuvem de fumaça. ANBUs apareceram e perguntaram se eu estava bem, eles sabiam que era perigoso aparecer com a Tsunade-Sama brava daquele jeito, me preocupei de eles terem ouvido algo e disseram que não, estavam só observando até por que eram dois Kages conversando poderia ser algo ultra confidencial. Respirei fundo e voltei para minha sala que agora não tem mais porta nem mesa, alguns funcionários vieram ver se eu sai ileso da fúria da Godaime e para dizer que amanhã eu não precisava ir para o escritório, pois seria quando colocariam a porta e a mesa nova . Com isso disse a Shikamaru que aproveitaria o dia de amanhã para preparar o que ele me pediu como ajuda por saber do meu segredo, conversamos um pouco sobre o que ele queria, não era meu estilo, mas faria para ele.

- Gaara disse que chega na sexta feira a noite.

- Como você sabe disso e eu não?

- Por que ele mandou uma mensagem para a irmã dele.

- Então você tem pouco tempo para preparar tudo, amanhã já é quinta.

- Você sabe o que vai dar de presente para a Sakura de aniversário?

- O aniversário dela já está chegando? Não me lembrei disso, preciso lembrar de algo bem legal, mesmo sabendo que ela namora.

- Como se você esquecesse, toda vez no dia do aniversário dela você saia para beber, pegava várias mulheres naquela noite e era encontrado em seu apartamento dormindo com duas ou três garrafas de saquê bebidas pelos ANBUs que eu mandava.

- Este ano vai ser diferente. - Ele me olhou desconfiado. - É verdade, ela está aqui.

- E namorando o Kazekage.

- Pretendo fazer com que eles terminem, e com a vinda do Gaara até aqui vai ser mais fácil ainda.

- O que você vai fazer Kakashi? Não vai me dizer que vai dormir com a Sakura bêbada.

- Credo Shikamaru, eu jamais seria capaz de fazer isso com qualquer mulher, ainda mais com ela.

- É melhor você ir para a sua casa agora, nossa conversa já se alongou de mais.

Kakashi olhou o relógio e pensou em ir no mesmo instante, mas se lembrou que mais que ninguém Sakura era acostumada com seus atrasos. Me despedi de Shikamaru e fui para uma floricultura, não a dos Yamanaka, pois se eu comprasse um ramo de cerejeira lá, Ino nunca me deixaria em paz. Comprei o ramo e fui para a casa dela, oito e vinte pude olhar no relógio da floricultura, fui sem correr ou desaparecer, pois comprar flores já iria causar múrmuros amanhã, sair rápido de lá por estar atrasado mais ainda. 

Cheguei na casa dela, senti um suor frio escorrendo meu rosto, passei a mão mesmo sabendo que não tinha nada ali. Fui tirado dos meus pensamentos pelo cheiro maravilhoso de comida que sentia vindo de dentro daquela casa, que já me imaginei chegando e abraçando aquela mulher com uma grande barriga e uma criança mascarada vindo em minha direção. Precisei acalmar meu amigo, que só de imaginar Sakura grávida já queria tornar aquilo realidade, respirei fundo e toquei a campainha, pouco tempo depois ela veio me atender, pelo jeito já tinha começado a mexer nas coisas.

Sakura pegou o ramo de cerejeira e foi colocá-lo em um aparador, retirei o manto de Hokage, que eu não costumo utilizar muito e coloquei em um gancho perto da porta, retirei meus sapatos e os deixei no canto perto dos dela, já imaginando como seria legal fazer isso para sempre. Olhei de volta para ela e percebo que ela estava se virando para mim, nos encaramos um pouco e então precisei desviar o olhar, se não eu iria beijá-la ali mesmo. Consegui achar algo para disfarçar meu interesse nela sem parecer que precisava cortar nosso contato visual.

- O que aconteceu com sua mesa? - Ela ficou confusa até olhar para a mesa.

- A senhora Tsunade veio aqui hoje e conversamos um pouco, ela ficou brava por não ser a primeira a saber que eu estava namorando e descontou na mesa. - Aquilo era a cara dela, pelo jeito ela estava a quebradora de mesas hoje.

- Bom, ela passou no meu escritório também, digamos que minha mesa e minha porta tiveram o mesmo fim que sua mesa.

Ela pareceu assustada, imaginar a Godaime brava é realmente algo de espantar qualquer um, mas eu mantive minha postura de indiferente, pois naquele momento aquilo realmente não fazia diferença. Fiquei preocupado sobre onde iriamos comer, já que a mesa foi partida ao meio, como se lesse a minha mente Sakura disse.

- Vou esquentar a comida, vamos ter que comer na mesa de centro da sala, espero que não se importe. - Ela ficou levemente vermelha, como eu amo quando ela fica assim.

- Não me importo nem um pouco com este tipo de coisa, desde que esteja com uma boa companhia posso comer em qualquer lugar. - Terminei essa frase e quis sumir dali, era mais fácil ter me declarado do que falar aquilo.

Ela ficou vermelha como uma cereja, fiquei completamente sem jeito pela minha frase e por ela está tão fofa daquele jeito. Me voluntariei para ajudá-la a por a mesa, para que ela visse que serei um ótimo marido, pois ajudo a fazer coisas que muitas vezes homens se recusam a fazer. Ao me pedir para por a mesa ela voltou a ficar vermelha, pois com certeza achou que não deveria fazer aquilo.

- Sakura sou apenas o Kakashi aqui, não precisa pensar que está pedindo ao Hokage para ajudar a por a mesa do jantar que ele vai comer, mas se o Hokage não fosse capaz de fazer isso, ele seria uma pessoa horrível. Me trate apenas como sempre me tratou quando estiver junto de mim ok? - Quero que ela me trate como o homem da vida dela, como o marido dela, mas não posso falar isso.

- Tudo bem, então se apresse para por a mesa Kakashi, a janta já está quase pronta. 

- Sim senhora. - Digo isso e dou um sorriso para ela ver que não tem problema falar daquele jeito comigo, mas eu também deveria ter me controlado, falar daquele jeito é muita intimidade, uma que quero ter com ela, mas ainda estou longe disso.