9. Um narcisista

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- Mulher atrevida- o homem fala se levantando do chão

- Eu não tô de brincadeira, quem é você?

- Meu nome é Zero- Ela não acreditou que esse era seu nome de verdade, não conseguia ler sua expressão ja que nem sabia como era seu rosto

- Você pretende me matar ?

- Você acha que eu vou?

- Não sei- pegou um isqueiro no bolso e o acendeu, o brilho do fogo permitiu ver seu rosto, ele era realmente bonito, cabelos escuros e pele palida, mas o que realmente chamava a atenção era seus olhos- Heterocromia

- Se apaixonou é ?

- Idiota. Espera, você por acaso sabe alguma coisa sobre um lugar seguro que falavam no radio ?

- Fugi de lá faz um tempo - Não dava para acreditar nas palavras dele, mas não pareciam ser mentira, realmente existia um lugar seguro e ele preferiu correr risco do lado de fora

- Tinha pessoas de verdade lá ? Sem zumbis ?- perguntava freneticamente, o fogo ficava com a chama cada vez mais fraca

- Droga, Vem por aqui - ela começa a andar, com confiança ele a segue, mesmo se tentasse algo ela não conseguiria- Cuidado com as armadilhas

- Tanta coisa inútil, só pessoas fracas usam isso

- Não fico acordada a noite toda vendo se tem zumbis ou não entrando pra me atacar

Os dois andaram desviando de armadilhas pelo chão e parede, mesmo com a constante reclamação do Zero sobre tudo, sua auto-confiança era tão feroz que dava nos nervos, ele era a definição de "beleza não é tudo", não parecia haver um pingo de humildade nesse homem, mas para estar vivo andando sozinho ele devia ter muito pelo o que se gabar, ela nunca havia ido para outra cidade desde que os zumbis surgiram

- Essa escola tá caindo aos pedaços

- Depois das bombas isso foi o que restou- chegaram na sala que foi transformada em quarto- quando o primeiro ataque zumbi aconteceu, eu e um grupo de pessoas ficamos aqui na escola, mas eles acabaram morrendo

- Fracotes, não tem nada mais fácil do que matar zumbis

- Você não tem nenhuma decência? Eram pessoas, como você e eu - ele faz pouco e ela pega um outro isqueiro para acende uma lamparina que nunca teve utilidade- Onde você tava quando o primeiro ataque aconteceu ?

- Um Shopping, o que você ainda faz nessa escola ? Tava com medinho de sair ?

- Esperando uns amigos voltarem

- Quanto tempo ?

- Dois anos, eu acho, pelo menos desde que o governo avisou que ia ter um bombardeio

- Eles estão mortos.

- Eles não estão mortos!

- Se não morreram, te abandonaram.

- Podem ter perdido o caminho por causa das bombas.

- As bombas acertaram o lugar que eu tava junto com umas pessoas, covardes, preferiram explodir a cidade inteira, se seus amigos estavam por aquelas ruas, já devem estar mortos, depois que fomos levados pelo governo para a zona segura tudo ficou chato então eu sai

- Assim do nada

- Não era um lugar seguro pro Weber

- Quem é Weber?

- Tenho cara de quem vai ficar aqui brincando de casinha ? Só vim atrás de comida não de terapia

Suas palavras grosseiras e narcisista era de alguma forma cativantes, sera pelo seu belo rosto que era atraente ? Questionava-se a protagonista enquanto continuava a falar com aquele homem cuja a roupa estava cheia de sangue, já havia muito tempo desde que falou com um ser humano, estava tão feliz que seu julgamento parecia estar fora de controle, tudo mostrava que era uma péssima ideia confiar nele, mas sabia que Zero não a mataria .

Continua ...

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