Capítulo 2

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Beacon Hills, California

Dias atuais

Os fatos da minha vida me levaram a sair de Los Angeles para me mudar para uma pequena cidade na Califórnia, mais precisamente, Beacon Hills, não era nem de longe uma cidade que as pessoas iriam querer viver, índices de assassinatos altíssimos e a explicação? Leões da montanha, será que alguém ainda acreditava nisso? Pelo visto os moradores dessa cidade acreditavam, ou pelo menos fingiam, mas eu acho que saber a realidade da cidade poderia ser assustador e por isso muitas pessoas preferiam viver na ignorância.

Eu costumava ir até o grill da cidade, era um dos únicos lugares pra ir, e pra ser sincera a comida era boa, disso eu não poderia me queixar, por isso como de costume eu pedi batatas fritas que era uma coisa que eu gostava muito de comer e por mais que o meu lado de estudante medicina gritasse falando sobre os malefícios de fritura, eu não precisa me preocupar em ficar doente.

A garçonete veio até mim trazendo as batatas assim como o meu refrigerante, eu agradeci e depois ela foi dar conta de todos os outros pedidos, eu estava sentada perto do balcão de madeira enquanto comia quando senti o olhar de um garoto sobre mim, ele tinha cabelos loiros e olhos azuis, eu me perguntei se já o conhecia porque seria uma tremenda gafe se eu tivesse esquecido o nome dele, mas não me parecia ser alguém conhecido.

— Com licença, a gente se conhece? — Eu questionei enquanto o olhava

— O..oi, me chamo Noah, é.. provavelmente não, ainda não conheci ninguém daqui, é um prazer — Ele falava de forma tímida e até gaguejava um pouco, suas bochechas até ficaram um pouco vermelhas

— Noah — Eu repeti o seu nome pra que eu me lembrasse — É um prazer, meu nome é Hope Foster, mas pode me chamar de Hope — Eu ergui uma das minhas mãos pra poder apertar a dele enquanto o cumprimentava, tinha um sorriso simpático no meu rosto, em seguida ergui a minha bandeja de batatas até ele — Quer um pouco?

— O prazer é meu, Hope, me chamo Noah James mas pode me chamar apenas de Noah, aliás, nome bonito Hopezinha, quer dizer, eu posso te chamar assim? — Ele olhou pras batatas quando eu as ofereci — Quero um pouco sim

Desse modo eu deixei que ele pegasse um pouco das batatas que tinham ali deixando ela entre nós dois em cima do balão

— Obrigada — Eu agradeci, ele era simpático e sinceramente, eu fiquei sem jeito de dizer pra ele não me chamar daquela forma — Fique a vontade — Eu falei sobre o apelido mas tentei ir pra outro assunto — Chegou na cidade agora? — Questionei

— Não, na verdade cheguei a pouco tempo e você?

— Eu me mudei a algum tempo por causa da minha avó — Eu mordi uma batata e depois tomei um pouco do meu refrigerante

— Sério? Então se um dia puder me mostrar um pouco a cidade, ficaria muito feliz, meus pais acabaram falecendo, eu moro sozinho e agora arranjei um trabalho temporário que é como eu pago o lugar onde eu moro

Eu não sabia se queria ser guia turístico de alguém que tinha acabado de conhecer, mas eu também não queria ser grossa com o rapaz que parecia estar super animado de conhecer alguém na cidade

— Eu posso fazer isso, não tem muito pra ver, quero dizer, acho que o lugar mais movimentado da cidade é esse grill mas até que tem alguns lugares legais pra poder ir — Eu comi mais um pouco antes de voltar a falar — Aliás, com o que você trabalha?

— Eu trabalho como assistente em uma biblioteca, foi o que eu encontrei, pretendo cursar artes já que e amo como a arte mexe com as pessoas

— É uma faculdade interessante, aliás, deve ser legal trabalhar em uma biblioteca, pode ler alguns livros não é?

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