Capítulo 4

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- O que será que podemos comer hoje a noite? – Me perguntei em voz alta ao ver que não havia nada gostoso na dispensa, a não ser bolacha recheada e umas paçocas. Pensei bem e logo lembrei do dinheiro do potinho, e na mente a ideia de poder comprar alguma coisa no mercado e fazer e até mesmo comprar umas guloseimas.

- LUCAAAAS. – Foi a voz estrondosa que ouvi no portão de casa, Juno havia chegado.

Tratei de rapidamente pegar o dinheiro no potinho, borrifar um pouco de perfume no corpo, pega a chave do portão e ir de encontro ao ser humaninho que me esperava em frente de casa.

- E ai Juno. – Cumprimentei.

- E ai parcinha. – Respondeu mais sereno do que quando estava em ligação. – Para onde vamos? – Perguntou assim que abri o portão e sai já trancando.

- Vamos ao mercado. – Respondi. – Preciso comprar algumas coisas.

Em meio ao caminho fomos trocando ideia sobre vários assuntos, sem tocar nos minutos anteriores a sua ligação; já no mercado tratei de comprar algumas coisinhas para fazer lanche natural, enquanto o mesmo levava a cesta de compra, na qual com muita chatice retirou da minha mão e colocou como sua responsabilidade.

- O que você quer beber? – Perguntei.

- Um suco natural seria bom. – Sugeriu. – Não?

- Então você faz, pode ser? – Indaguei.

- Sem problemas. – Disse. – Você vai tomar o melhor suco de toda sua vida.

Ao comprar tudo que me vinha a mente, nos encaminhamos ao caixa e lá tivemos uma breve discussão porque ele queria pagar tudo sozinho, mas que no final das contas topou minha solução de dividir a conta, e ainda carregou tudo até em casa por si só (não quis me deixar levar nada).

Chegando em casa comecei os preparativos para o lanche, onde Juno se prontificou a ser me auxiliar; eu cuidei do preparo e ele dos cortes e de seu "suco inesquecível", e foi questão de trinta minutos e nossos lanches bem como bebidas estavam prontas. Nos encaminhamos ao meu quarto com tudo, mais alguma guloseimas que peguei porque estava com vontade.

- Que quarto maneiro. – Disse Juno. – Você tem até uma cama de casal.

- Obrigado. – Respondi. – A cama de casal foi ideia do meu pai.

- Ele sabe o que diz. – Disse rindo.

Sentamo-nos na cama com as bandejas de lanche e suco, colocamos um filme de ficção cientifica para assistir e assim nos mantivemos; nisso Juro era muito engraçado pois toda hora soltava uma piadinha ou comparação com sua vida.

- Você ainda não disse sua opinião sobre meu suco. – Disse ele todo sorridente após o término do filme.

- Verdade, mas porque ainda não tomei. – Respondi. – Vejamos...

Tomei o suco gole por gole devagar e... realmente estava MUITO BOM; Juno fez um suco cítrico totalmente equilibrado, levemente doce e bem gelado, o que tornava uma bebida maravilhosa.

- Olha, terei que falar que... – Comecei com seu olhar tenso em mim. – Realmente está muito bom esse seu suco.

- AH MULEKE. – Disse ele. – Falei que você iria experimentar o melhor suco de toda sua vida.

- Calma lá meu jovem... – Cortei. – Eu disse que está muito bom e não o melhor da vida.

- Você está sendo modesto. – Disse convencido. – Sei que está inesquecível e não quer confessar.

- Convencido que só, né? – Disse rindo.

- Eu sou bom em tudo que faço bebê. – Disse rindo de canto. – Tudo.

- Foi mal aí senhor do paranauês. – Respondi caçoando.

Durante o resto da noite jogamos vídeos game, assistimos vídeos na internet, conversamos sobre nossa vida pessoal, falamos algumas besteiras e até brincadeira de lutinha rolou.

- CHEGA. ME RENDO. – Falei alto e rindo depois de receber muitas cócegas.

- Eu disse que sou bom em tudo. – Respondeu Juno rindo e caindo no outro lado da cama.

- Jamais me renderei. – Disse. – Mas pode hoje me rendo rs.

- Depois dessa até fiquei suado. – Disse.

- Eu também. – Respondi. – Vou tomar um banho. Fique à vontade aí.

Aproveitei bem o banho para tirar todo o cheiro de suor e dar aquela relaxada no corpo, enquanto pensava como Juno poderia ter tantas facetas, sendo essa de agora tão mais divertida e gostosa de lidar, diferente do que conheci na academia e peguei um certo rancinho.

- Juno? – Chamei ele que parecia cochilar na cama. – Quer tomar um banho antes de dormir mano?

- Oh, quero sim mano. – Respondeu.

Peguei uma toalha e o mesmo foi tomar banho. Foi quando me atentei a uma coisa, não temos colchão livre para ele dormir, e por isso onde ele dormiria? Na cama dos meus pais nem rola, o sofá até é confortável e tem minha cama mas... pera... minha cama.

- O que está tanto pensando gênio? – Perguntou Juno secando seus cabelos enquanto estava sem camisa. Cada gotícula de água descia muito sexy por seu abdômen sarado, junto aquela pele morena e aquele porte todo, uma verdadeira tentação.

- Na verdade estava pensando onde você poderia dormir. – Falei disfarçando. – Você pode dormir na sala no sofá ou dividir a cama comigo, pois não tem colchão livre.

- Não ligo de ficar do outro lado da cama. – Respondeu. – Estava tão confortável até rs.

- Então fechou! – Respondi pensando ser forte e resistir à tentação.

Nos deitamos na cama com a televisão ligada em um programa qualquer, e na conversa vai e vem, nem percebi quando simplesmente acabei pegando no sono.

Nesse sono gostoso comecei a sonhar com a mão de alguém navegando meu corpo suavemente, sentindo um ar quente em meu pescoço, uma sensação gostosa de alguém me tocando... NÃO PERA, ALGUÉM?

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Hey people, turubom?

Demorou um pouquinho mas chegou o novo capítulo, e espero que gostem muito, pois a partir daqui começam as grandes emoções da história.

Não esqueçam de votar e colocar na biblioteca, assim saberão quando sair novos e fresquinhos capítulos.

Kisses!

Posso Ficar Contigo Essa Noite!? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora