Vou lhes contar uma história ...
Era uma vez...
Uma floresta
Possuía as árvores mais antigas sábias e respeitadas.
Era uma vez ...
um fauno , que vivia entre lindas flores minuciosamente embelezadas por fadas.
Era uma vez ...
bruxas boas habitates da floresta que curavam doenças nos vilarejos quando as ervas valiam mais que as pílulas e o coração dos homens não estavam enegrecidos .
Era uma vez ...
um cristal que reluzia nas águas de uma cristalina cachoeira, Ancorava a luz das estrelas e da linda lua cheia que regia as águas .Era uma vez...
Uma floresta de concreto, possuía árvores de postes vazios , com galhos elétricos e fios de telefone .
Era uma vez ..
um diabo malvado devorador de almas que ousavam ser felizes. E os homens em papelões sob as pontes eram flores cuidados pelas latas e papéis que catavam pelas trilhas de piche da floresta de concreto .
O Minotauro quer dizer , o Sacerdote , enchia a boca de carne enquanto o menininho vendia chicletes .
As bruxas agora penduravam a lua nas orelhas em seus brincos de prata que os homens saquearam na guerra , Se alguma delas curavam , ninguém sabia afinal calar era melhor que ser queimada ,apedrejada, exorcizada ou humilhada em igreja pública , por isso se esconderam no armário .
As ervas decoravam pratos pútridos de animais em decomposição .
E os homens viraram máquinas .
Os cristais não brilhavam nos rios poluídos de esgotos e sim em placas de tv.
Ninguém se lembrava do céu cinza
de poeira de mísseis ,foguetes e carbono
então as estrelas pareciam mais distantes !
A lua olhava os homens formigas sem coração de sapatos
matando uns aos outros na pior escuridão .Era a vez ...
Do SOL
Então ,o sol central da galáxia , que ainda fazia a sua parte no equilíbrio da vida ...
Iluminando os caminhos em um grande pulso de luz
Despertando os olhos escuros dos homens e secando o óleo dos corações de lata , deu vida a um simples bichinho !
Nova espécie desconhecida ; que de tão pequeno frente a arrogância egocêntrica dominadora desmedida dos homens
que se recolhiam de medo em suas tocas de cimento ,
compreenderam o óbvio :
não são eternos !
Homens tolos. Esqueceram de viver , devorando uns aos outros
iludidos na fantasia que mesmo criaram
Em sua selva primata de barro e água
O mesmo barro da mãe terra
Onde foram gerados e
Onde retornarão .