UM TEMPO PARA ME REERGUER

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Após meses sem lembrar, sem pensar, sem me reduzir a tentar denovo ele voltou, voltou e parece não se lembrar de mim, me viu e me ignorou quando na calada da noite aquela mensagem maldita e perigosa chegou em minha tela, era apenas um "se lembra de mim?" E que dor senti no peito de ler aquilo mentalmente, apenas respondi "sim" e desliguei meu celular, tentei dormir mas só conseguia pensar, ele percebeu que eu ainda existo e não só isso ele quer algo, algo que venha de mim, me deu arrepios agora Sorin não estava aí pra me salvar e eu já era uma mulher adulta, odiava e como eu odiava ter crescido, as coisas são mais fáceis quando somos adolescentes, se você está a ler isso é um adolescente e acha que estou errada e que sua vida é muito carregada, mas você não tem ideia do que é entrar na vida de adulta e ser ainda uma jovem besta, ainda mais com um ex-namorado abusivo, que te fez se sentir um lixo... Não tinha mais tempo pra lamentar por ele ter me achado, agora era hora de dormir de verdade e tentar se acalmar dormi por quatro horas, ou menos que isso, não importava mais tomei uma boa xícara de café e fui pra faculdade não tinha tempo pra isso, tinha tempo de memorizar que não podia passar perto da sala da direito e se possível ficar longe mais bem longe da seção de direito da biblioteca, cheguei em Oxford com um copo de café da starbucks, uma xícara de café de ontem que tomei em casa não ia ser o bastante, olhei meu relógio e estava atrasada, sai correndo pra minha sala de aula e me bati com Romeu, tinha que ser ele:

- Me desculpa Romeu, eu nem vi você... - Disse pedindo desculpas.

- Eu peço desculpas, como eu não teria visto tal beleza. - Disse ele em uma espécie de cortejo.

- Romeu, eu te vejo depois, eu tô meio atrasada. - Disse saindo andando.

Após sair sem jeito e com as bochechas coradas, entrei na minha sala e me sentei na minha mesa, o professor nem percebeu que eu só tinha chegado agora, em literatura não apreendiamos apenas sobre a estrutura de um livro, apreendiamos também como fazer um livro que seja impactante ou no mínimo útil, eu não era a melhor, mas poderia ser se eu tivesse coragem de colocar tudo que penso no papel, sem medo de nada! Mas eu não era assim... O professor pediu que fizéssemos um parágrafo sobre algo que nos amedronta, e que de preferência fosse um poema ou uma pequena redação de nossa autoria, claro, peguei meu caderno e uma caneta preta. Algo que me amedronta? Não dá pra fazer um poema sobre o meu ex abusivo, ele não merece um espaço no meu caderno, lembrei de que tinha tanatofobia, que resumindo é medo da morte e a tudo relacionado a ela, estava em dúvida em oque ele queria no texto, o oque é esse medo, o porquê de termos esse medo, oque causa esse medo? Tomei coragem:

- Licença professor! - Chamei a atenção do professor.

- Diga Senhorita de Belle. - Disse o professor sentado em sua mesa.

- Oque o senhor quer no texto? A causa do nosso amendrontamento? - Perguntei calma.

- Boa pergunta, gostaria que escrevessem o que esse medo traz de sentimento a vocês. - Respondeu ele sendo direto.

- Obrigada. - Agradeci.

Voltei a pensar em mim, pensar no que escrever, comecei a colocar no papel oque pensava de forma moderada, como sempre. Em alguns minutos eu havia terminado, dei um gole em meu café e logo uma mulher com quase minha idade se aproximou e se sentou ao meu lado:

- Harmonia não é? - A mulher perguntou.

- Isso. - Respondi calma.

- Eu sou Vivian, eu li o seu artigo da semana passada e achei bem interessante. - A mulher se apresentava e comentava de algo o qual eu não me lembrava.

- Desculpe, sobre oque era mesmo? - Perguntei tentando me lembrar.

- O Borboletário em Malibu. - Respondeu Vivian.

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⏰ Última atualização: Sep 12, 2021 ⏰

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