Não faço ideia por onde começar, talvez, porque eu ja tenha feito isso.
Minha virada de ano, foi sensacional, dia 31-12-20, a programação era passar quatro dias em uma chácara em Hortolândia. 25 pessoas plena pandemia, mas somos jovens, foda-se.
-Não fingirei ser uma "comunidade secreta", embora muitas pessoas dentre diversos círculos sociais, se acham no direito de priorizar alguns & excluir outros, talvez para fortalecer o ego, orgulho, coisas idiotas do tipo. Com isso, criam fantasias na cabeça, "histórias, enredos, cenas", eu digo que seria; o verdadeiro atoa procrastinando pensamentos.
O rolê, é que estávamos tudo entre amigos, muita bebida, muita droga, uma galera dahora.
Quando cheguei, me alojei em um dos quartos... explorei o âmbito recreativo.
Lembro que tínhamos chegado cedo, fomos um dos primeiros a chegar.
Havia uma garota; Raquel.
Bonita, mas não era tudo isso. Já peguei melhores, porém não tinha muitas opções, a maioria do grupo, dos meus amigos, todos namoram. Devem ser uns 3, ou 4, que não. Contando que um já estava "acompanhado". Os restantes, não bebem, não fumam, e não fodem.
Desde manhã eu já teria conversado com a Raquel, puxar assunto, apenas se conhecer, nada fora do trivial.
Algumas horas mais tarde, pedi para que ela pintasse as minhas unhas. (Não julgue, se a vida não for sua.)
Enquanto passava o esmalte preto, eu disse; me desculpe a inconveniência, se eu não perguntar, não saberei. Caso eu fique com medo de dormir sozinho, poderia dormir com você na sua barraca ?! / ela respondeu que sim, poderia.
Algumas pessoas haviam levado barraca, para não ficarem nos colchões mofados da chácara. Mesmo assim, não foi o caso, ela levou um colchão inflável. Que eu, todo educado, enchi na expectativa de foder com ela.
O dia foi longo, curtimos para caralho. Rolando rap, eletrônica, vários baseados, tínhamos 1litro de lança, 10 gramas de MD, 50 gramas de maconha, fora o que levaram por fora do planejado. Digo, haxixe, e uma outra meleca de thc concentrado.
No decorrer da noite, todo mundo ficou no palco, entre a piscina, e uma área de lazer. Um lugar meio afastado dos dormitórios.
Em um momento mais único, na qual ela se dirigiu ao dormitório, pensei, sobre tal privacidade posso chegar mais delicadamente sem ter que expor ela na frente de ninguém! -Particularmente, acho ridículo homens que precisam provar sua masculinidade.
Fui atrás, talvez, igual a uma isca viva.
Perguntei, realmente posso dormir aqui ?! / ela respondeu; pensarei no seu caso. Nisso, encostei o meu copo no balcão, a puxei de leve pela cintura, e a beijei. Apertei aquela bunda, Ela sorriu, e saiu fora.
Voltei a beber.
De tempo para as pessoas, o sol não gira em torno de si mesmo(a), ninguém gosta de uma pessoa emocionada que fique disputando contigo o oxigênio.
Depois de ter feito meu rolê, curtindo com a família, provavelmente já seria umas três horas da manhã. Pensei, vou dar uns beijos. Passei por ela, sobre o mesmo lugar, entre o dormitório, tentei beija-la. Mas ela recuou, e disse rudemente, agora não!
Então, respondi: ok, tá bom. E voltei a beber. Nem me recordo diretamente o que fui fazer.
No outro dia, acordei mais entusiasmado, fui até ela, e a chamei para tomar um banho comigo. Ela respondeu que não, mas ainda com um sorriso no rosto. Depois, as coisas ficaram um pouco mais difícil de se entender.
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Um gole de veneno
RomanceUm conto sobre um grupo de amigos que decidem passar; quatro dias em uma chácara para a virada de ano. Coisas boas, ou ruins são relevantes em nossas trajetórias... altos & baixos, fazem da motriz o equilíbrio; tão natural. Críticas subliminares...