Ainda eufórica e vermelha de raiva Jane anda pela calçada olhando o pessoal da varanda e mordendo o lábio com um olhar mais ameaçador do quê o do velho indigente.
_ Essa sua família é bem louca - comenta Ítalo tentando não olhar para trás.
_ Ah que ódio - gruni Jane.
_ Tudo bem Jane? - pergunta Caio olhando para a marca da mão de seu avô na bochecha da amiga.
_ Melhor eu não falar nada senão volto lá e mando ele pra baixo da terra invés de para o hospital.
Já passando pela rua dos jambeiros Caio e Ítalo começam a ficar assustados pelo fato de quê Jane estava calada à 3 minutos sem dar um piu, só com aquele sorriso de quem está querendo fazer maldade.
_ Jane sinto muito pelo tabefe que meu avô lhe deu - diz Caio.
_ Claro pode pegar _ fala Jane com os olhos vesgos.
_ O quê? - pergunta Ítalo.
_ Ei, chamando da terra para marte. Alguém? - diz Caio preocupado.
Ítalo começa a balançar Jane perguntando "O que você tem?" e uma voz sem ser da amiga responde "Amor". Eles procuram de onde veio a voz e uma sapatilha de plástico cai do jambeiro acima deles.
_ Têm alguém aí? - pergunta Caio olhando para a parte interna do jambeiro que estava todo escuro.
_ Sou um fantasma que veio do além para levá-los - responde a voz.
_ Ei Caio olha só - fala Ítalo sussurrando.
_ Aí minha nossa. Socorro, tem um monstro aqui - grita Ítalo sendo dramático e com um desespero bem real.
_ Hahahahaha _ fala a voz agora parecendo de mulher - Calma gente, eu estava brincando.
_ Estava na cara, apesar de quê fantasmas não usam sapatilhas - comenta Caio sendo irônico.
Uma mulher desce do jambeiro vestida de enfermeira carregado uma perna decepada na mão.
_ Oi - diz ela.
_ Toma sua sapatilha - fala Ítalo entregando o calçado.
_ Essa é uma fantasia ou você é enfermeira de verdade? _ pergunta Caio de olho na perna decepada.
_ Sim, estou vindo de uma festa la2no cemitério.
_ Karaka que legal - diz Ítalo.
_ Ei antes de eu me esquecer, o que você disse sobre a Jane? - pergunta Caio virando Jane ainda com os olhos vesgos.
_ Eu falei que é amor. Ela deve estar pensando em algum garoto.
_ Impossível. A Jane é tipo uma Antboys - fala Ítalo com firmeza.
_ Tá, mais pode ajudar ela? - pergunta Caio.
Sem responder a mulher anda até Jane e pega algo em sua bolsa sem que os meninos olhassem. Ela abre a boca de Jame e coloca um dedo decepado lá dentro. Apavorada a garota cospi fora e limpa a língua na manga da blusa.
_ Eca que nojo, porque fez isso? - pergunta Jane babando.
_ De nada - fala a mulher passando uma faca de mentira no próprio pescoço.
_ Eu hein, maluca.
_ Posso ajudar em mais alguma coisa? - pergunta a mulher caçando algo dentro da bolsa.
_ Sabe algum lugar assombrado para se passar o Ano Novo? - pergunta Caio.
_ Têm o Hospício Greck que foi abandonado _ fala a mulher tentando revirar os olhos.
Pasmos com as atitudes da mulher os amigos inventam uma desculpa e saem correndo em disparada para o condomínio onde Ítalo mora.
_ Será que dá pra parar de correr! Minha asma está atacando - fala Ítalo bufando.
_ Ficou louco Caio? - pergunta Jane empurrando ele.
_ Só achei que como ela é maluca então ela seria ótima para indicar um ótimo lugar.
_ Pensando por este lado - fala Ítalo usando a bombinha.
_ Ela meteu um dedo na minha boca, aquela desnortiada.
_ No que você estava pensando Jane? - pergunta Ítalo curioso.
_ Nada não seus intrometidos.
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Macabre Experiences in the Hospice
ParanormalAs vezes a curiosidade não mata só o gato, mais também pessoas, ou melhor, jovens repletos de hormônio que faz com quê os mesmos se tornem a práticar certas coisas impossíveis de se compreender, e um exemplo seria entrar em um lugar sinistro sem nem...