Katniss Everdeen P.O.V ON
Simplesmente amo o passeio. Andamos bastante, as meninas me mostram os lugares preferidos delas, que para minha total surpresa, ou não, são: o parque, a sorveteria e o shopping. Eu já deveria ter previsto isso, afinal, elas são garotinhas, então é disso que garotinhas devem gostar. Pelo menos eu acho que é. Mas o que eu acho ou deixo de achar não é importante mesmo. Ninguém se importa com a opinião da Katniss. NINGUÉM. As pessoas são insensíveis. O que é que eu estou fazendo? Drama mental? Estou querendo comover quem? Eu mesma? É melhor eu parar de pensar baboseiras e me concentrar nas meninas. Isso aí. Foco nas meninas.
- Ok, lindas, acho que já passeamos demais. - falo assim que colocamos os pés fora do shopping. - Que tal voltarmos pra casa agora? - pergunto avaliando suas carinhas.
- Por mim tudo bem, eu 'tô cansada mesmo... - resmunga a Rue.
- Eu também. - concorda Prim.
- Então vamos. - digo sorrindo.
Começamos a fazer o caminho de volta pra casa enquanto conversamos um pouco mais. Quando está faltando apenas alguns passos pra entrarmos em casa, um vizinho saí de uma das casa e começa a gritar comigo. Ou pelo menos, eu acho que é comigo.
- Ei, ei, ei, sua arruaceira! - chama minha atenção sacudindo o punho fechado no ar. - Pare de tacar pedra no meu telhado.
- O que? - pergunto confusa, olhando-o um tanto transtornada.
- Você ouviu, para de jogar pedra no meu telhado! - diz ríspido.
- Garotas entrem que eu já vou. - digo baixinho pras meninas, que concordam e vão pra casa. - Olha aqui seu velho maluco, te garanto que eu não ia perder meu tempo jogando pedra no seu telhado. - digo irritada, gesticulando com o indicador.
- Se não foi você, quem foi? - arqueia as sobrancelhas.
- Eu é quem vou saber?! - franzo o cenho. - Se tem alguém jogando pedra no seu telhado, tenha a certeza absoluta de que NÃO SOU EU! - dou ênfase a última parte.
- Você é muito abusada. - fala gesticulando.
- E você é maluco! - rebato. - Doido varrido!
- Olha que eu chamo a polícia pra você, sua arruaceira. - ameaça.
- Você chama a polícia pra mim e eu chamo o hospício pra você, velho louco! - digo irritada.
- Você devia ter mais respeito com os mais velhos! - ele diz, apontando para mim. Como é?
- E você devia ir se tratar. - digo seca.
- Garota... - ameaça. - Você não faz ideia de com quem está se metendo!
- Pelo contrário. Eu tenho plena noção de que estou me metendo com um doido! - digo colocando as mãos na cintura.
- EU NÃO SOU DOIDO! - grita bravo.
- Ah, é sim! - balanço a cabeça confirmando.
- Você está conseguindo me tirar do sério! - diz, vermelho de raiva.
- Oh, alcancei meu objetivo de vida! Deixar velhos loucos irritados! - debocho. - Olha, o senhor precisa procurar uma ajuda médica. Um psicólogo, psiquiatra, quem sabe. Eu tenho o número de um muito bom, depois te passo. - rio e, sem esperar uma resposta, corro pra casa.
- Kat, por que as meninas entraram em casa sozinhas? - Cash me aborda assim que entro pela porta, arqueando as sobrancelhas. Ameaço responder. - Espere, vamos até o meu escritório, você me conta lá e eu aproveito pra falar com você. - diz antes que eu possa falar. Concordo com a cabeça e seguimos em direção ao escritório.
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A Babá da Casa ao Lado
FanfictionDroga. Droga. Droga. Mil vezes DROGA! Por que? Por que a sorte nunca está a meu favor? Isso não devia ter acontecido! Eu prometi nunca mais amar ninguém! Depois do que aconteceu comigo, eu quero mais é distância do amor. Mas, como a sorte nunca está...