👑 Capítulo 7 ✝

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     🚨Contém gatilhos 🚨

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🚨Contém gatilhos 🚨

Altíssimo querido! Certamente eu estava enlouquecendo. Enfrentar meu pai daquela maneira, seria o fim dos meus dias sobre a face da terra.
Olhei ao meu redor, os olhos dela estavam fitos em mim. Não só os dela. O meu pai arregalava tanto os olhos que por um momento achei que eles fossem saltar para fora da órbita.

- O que pensas que está fazendo, Vitório? Dar-te-ei mais uma chance, para fazer o correto.

- Não, ela não irá com o senhor, meu pai - o que estava acontecendo? Parecia que palavras saltavam livremente da minha boca. - obrigaste-me à aceitá-la como minha acompanhante. Agora que aceitei, quer que eu compartilhe? De modo algum isso acontecerá. Ela pertence a mim agora, meu pai - sinceramente não sei de onde estava vindo toda aquela audácia.

Minhas pernas tremiam tanto que tive que sentar-me em uma cadeira.
Só se eu fosse um monstro para permitir tal barbaridade. A vida daquela jovem já estava bem arruinada por minha causa. Não poderia deixar piorar ainda mais.

- Esta é a sua palavra final? - ele serrou os punhos.

- Sim senhor, meu pai - levantei-me rapidamente e fiquei entre a jovem e meu pai.

Nos fitamos como se estivéssemos nos preparando para um duelo.

Meu coração estava tão acelerado! Senti meu estômago revirar. Não! Aquilo não poderia acontecer novamente, não na presença do meu pai.

Senti um toque delicado em minha mão. Era a Ranzinza. Será que ela percebeu a minha aflição?

Ela segurou firme a minha mão. Senti como se ela dissesse que estava comigo.

- Para a sala de reuniões - ele ordenou com o olhar fixo em mim.

Saí como um cordeiro ao matadouro.

- Venha menina - ouvi a Aura chamar pela Ranzinza - vamos pegar panos, água e ervas.

- Para quê?

- Logo verá.

Notei muito pesar na voz da Aura. Olhei para trás e dei um sorriso de leve, tentando acalentar o seu coração.
A jovem, no entanto, parecia muito confusa.

O caminho até chegar à sala de reuniões parecia muito longe.
Sentia-me de uma maneira terrível. Era como se minhas pernas não sustententassem o meu corpo.

Para todos os efeitos, era uma sala comum. Havia um quadro grande na parede principal. Uma pintura do lago que ficava no nosso jardim. Também tinham umas cadeiras, que lembrava pequenos tronos e uma mesa.

- Retire a vossa camisa - ouvi o barulho da porta sendo trancada - creio que gosta que lhe aflijo, pois ainda se comporta como uma criança teimosa.

Entre a Coroa e a RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora