A nightmare for everyone

prólogo

A noite está estranhamente tranquila, ninguém para queimar a floresta, ninguém para caçar os animais dormindo calmamente em suas tocas...

Algo definitivamente estava errado...

No meio da trilha da floresta, um humano de pele morena e cabelos negros se levanta do chão, como ele havia chegado ali? Nem ele sabe.

Ele se levantou e olhou em volta, não possuía nada e nem ninguém além de árvores, uma enorme e longa trilha de terra e uma névoa quase impossível de se ver o que tinha no chão.

O humano suspirou e foi em direção a trilha, vários e vários pensamentos vinham a tona em sua mente, como ele chegou aqui? O que o trouxe aqui? Porquê ele estava em uma floresta?... Quem era ele?

Esses pensamentos não saiam de sua mente, ele estava perdido e com medo, não se lembrava de nada e nem de ninguém.

Porém...

Ele tropeçou em alguma coisa e acabou caindo no chão, rasgando um pouco de sua calça e ralando seu joelho esquerdo.

— Ai!- Ele exclamou de dor enquanto colocava ambas as mãos no joelho ralado logo se sentando no chão e olhando no que ele havia tropeçado.

Em seu rosto, deu para ver um olhar assustado e ao mesmo tempo triste, ele havia tropeçado em um cadáver de uma pequena lebre que possuía marcas de mordida em seu pescoço, provavelmente o animal teve uma morte rápida.

O humano suspirou e se levantou logo voltando a seguir a trilha mancando, ele não sabia aonde ele estava indo porém ele havia certeza de que de o lugar aonde ele estava indo, teve haver com a morte daquela pequena lebre...

A cada passo que ele dava, a cada vez que ele chegava mais perto de algo, ele havia certeza que ouvia barulhos de diferentes animais...

Corujas, lobos, raposas... Lebres...

Algo definitivamente estava errado ali, e isso estava o deixando terrivelmente assustado!

Porém, derepente ele parou, ele ficou parado ao olhar o que estava  a sua frente...

Havia dois caminhos para escolher, caminho esquerdo ou caminho direito.

O humano se aproximou um pouco para ler a placa esquerda.

"O caminho esquerdo é o melhor a se seguir! Ele parece ser medonho e assustador, porém não se engane, é apenas uma forma da diversão ser correta!"

O garoto ficou levemente confuso porém logo ele se virou para ler a placa da direita.

"O caminho direito é o melhor a se seguir! Ele parece ser feliz e amigável, porém algo está escondido atrás dessa felicidade, dizem que aqueles que por aqui entraram, jamais retornaram!"

Aquilo com certeza o assustou, ele não sabia agora qual caminho ele deveria escolher, o caminho da direita parece ser mais amigável e claro, porém o da esquerda é mais assustador e medonho.

O garoto fechou os olhos e suspirou, ele refletiu em sua decisão por alguns instantes até abrir os olhos e ir em direção ao caminho esquerdo, querendo ou não a placa diz que esse era o melhor caminho a se seguir.

...

Realmente a placa estava certeza ao descrever esse local, ele é horrivelmente assustador! As árvores possuíam cortes que formavam letras e números diferentes, a grama parecia morta e o estranho cheiro de alguma coisa podre emanava fortemente pelo local.

O garoto não estava mais aguentando todo aquele clima de terror a sua volta, ele suspirou pesadamente e colocou as mãos nos bolsos de sua calça, porém havia algo no bolso direito, um tipo de papel.

Ele rapidamente puxou o papel do bolso e o desdobrou, era um desenho de um menino de cabelos brancos e as pontas arco-íris, em sua roupa possuía vários e vários tons de marrons, porém o que mais se destacava era o seu enorme cachecol marrom e seus olhos heterocromaticos.

O garoto analisou o desenho por alguns segundos, o menino do desenho era extremamente familiar para ele, porém ele não havia nada que poderia provar que ele conhecia ou não aquele menino, então ele apenas suspirou, colocou o desenho devolta no bolso e continuou a andar pela trilha.

Enquanto ele andava, ele sentiu algo pingar em sua cabeça, então ele rapidamente olhou para o céu, quase que automaticamente outra gota caiu em seu rosto, ele percebeu que estava começando a chover.

O garoto rapidamente começou a correr pela trilha, obviamente não queria que a chuva começasse sem ele ter arrumado um local para ficar e se proteger.

— Merda, merda, merda, merda!- O garoto exclamava com raiva, porquê tinha que começar a chover justo agora que ele estava longe de sua casa, porquê ele estava ali afinal de contas?

Porém não adiantou correr muito, a chuva logo começou a cair rapidamente, sem nenhuma dó e nem piedade daqueles que estavam fora de suas casas desprotegidos.

O garoto bufou obviamente frustado, ele odiava chuva, porquê ela existia afinal de contas? Ele logo parou e correr e continuou a andar que nem antes, afinal não havia o porquê ele correr agora, já estava todo molhado mesmo.

Ele fechou os olhos e inspirou rapidamente logo soltando o ar  pela boca e puxando seu capuz para cobrir sua cabeça, ele queria saber o porquê estava aqui, e quem era ele, ele não se lembrava de nada e muito menos de como ele veio parar aqui! A única coisa que sabia é que ele tinha que sair dali.

O frio logo começou a ficar presente e o garoto começou a tremer.

— Chuva idiota...- Ele murmurou zangado logo abraçando a si próprio para poder se esquentar, olhando para frente.

Derrepente, o garoto viu uma luz, uma luz estranhamente familiar e bonita.

Ele não perdeu tempo e rapidamente correu em direção a luz, pouco se importando se estava fazendo muito barulho ou não, não é como se algo fosse o atacar do nada, certo?

Ao chegar perto da luz, o garoto encarou o local por um tempo, a luz vinha de uma espécie de porta gigante feira de madeira de carvalho, parecia que ela estava escondendo alguma coisa.

O garoto se aproximou da porta e viu que havia um bilhete nela, logo ele começou a ler

"Para a porta se abrir terá que adivinhar o significado da palavra VLAVAIV"

— O que isso significa...- o garoto olhou para o chão tentando descobrir o que significa aquilo.