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capítulo 61 🌼
Luan Narrando

Segundo meu pai, eu fui incrível no meu debate, apresentei todos os meus projetos, discuti, eu me sai muito bem, eu ia voltar amanhã pra Margarida, mas algo me fez ir hoje, mesmo sendo tarde da noite, eu havia deixado meu pai na casa dele, e fui para a minha casa, estacionei o carro, e entrei, as portas estavam abertas, o que é muito estranho, porque a Gabriela odeia quando eu deixo as portas abertas, eu fechei as portas, e entrei, avistei a Gabi, sentada no chão, abraçando as pernas e chorando baixinho.
— ei o que aconteceu — falei.
— meu avô morreu — ela falou em meio aos soluços, e eu me abaixei perto dela, e a abracei, e ela chorou ainda mais.
— o que eu faço pra te acalmar ?
— só me abraça, por favor.
Ela me abraçou ainda mais forte.
— fica calma, tá bom ?
— foi culpa minha Luan, a culpa do meu avô está morto é minha, eu nunca vou me perdoar por isso.
Ela me soltou, e eu me levantei, eu fui pra cozinha, peguei água com açúcar pra ela, e ela não parava de chorar, eu voltei, e me sentei ao seu lado.
— toma isso.
— eu não quero.
— toma Ga, você precisa se acalmar.
Ela pegou o copo e estava se tremendo, eu coloquei uma mexa do seu cabelo atrás da orelha dela, e enxuguei as suas lágrimas, ela terminou, e eu coloquei o copo em cima de um móvel, e ela me abraçou de novo.
— eu não tenho ninguém Luan.
— você tem a mim.
— o que a gente tem nem é de verdade, daqui a quatro anos isso acaba, você nem precisava fazer isso, ninguém tá vendo mesmo.
— eu prometi ao seu avô no altar, que eu ia cuidar de você, e eu vou, mesmo que você me queira longe, mesmo que esse contrato acabe, eu vou cuidar de você.

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