Ser agente secreto não era uma tarefa nada fácil. Era necessário anos de treinamento e esforço para poder completar missões e, consequentemente, arriscar a vida pelo país. Hinata e Sasuke eram amigos desde a infância e entraram no serviço secreto ju...
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O ramo da espionagem não era uma profissional muito acessível para o público de modo geral. Havia três formas de se tornar um agente secreto: através do serviço nacional, recomendação e legado de família. O caso de Hinata e Sasuke era justamente o último, os Hyuuga e os Uchiha eram famílias que estavam há gerações nesse ramo, e os laços entre eles sempre foram muito estreitos.
Sasuke e Hinata tinham passado muito tempo juntos, aos catorze anos, em vez de irem para uma escola comum, foram transferidos para a Academia de Agentes de Konoha para começarem o treinamento. Eles passaram a maior parte da adolescência e o começo da vida adulta nos dormitórios da academia, só saindo no último ano — quando era permitido que eles tivessem seu próprio lar.
O vínculo que os dois tinham construído talvez fosse profundo demais para ser definido apenas como "amor". O cuidado, carinho e respeito que havia entre eles era imensurável; foram anos entre olhares e palavras não-ditas, de um sentimento tão intenso que parecia que a qualquer momento iria simplesmente explodir como uma bomba nos rostos deles.
E mesmo assim, ainda que eles sempre tivessem se amado, nem Sasuke e nem Hinata estavam preparados para o que aconteceria quando eles finalmente se rendessem.
Hinata não era santa; tímida, claro, mas não inocente. Ela era uma mulher adulta, com desejos, anseios e uma mente muito, muito produtiva. Mais de um par de vezes, ela tinha fantasiado sobre ter o seu melhor amigo mais intimamente. E não era como Sasuke estivesse logo atrás; já que embora ele fosse muito bom em disfarçar, era impossível não notar a forma que as coxas deliciosamente atraentes de Hinata ficavam nas calças escuras que ela costumava usar para missões em campo. Ele não iria reclamar se ela decidisse sufocá-lo até a morte com as pernas dela.
E bem, depois da experiência de quase-morte de Sasuke, Hinata percebeu que não tinha mais sentido nenhum continuar escondendo o que ela realmente sentia. Ele poderia até rejeitá-la, mas nunca mais, nunca mais mesmo, ela queria ter a sensação de que ele poderia ter ido sem saber que ela o amava. Sasuke não disse que a amava com palavras, o brilho nos olhos escuros dele foi mais do que o suficiente para que ela entendesse que era recíproco.
Agora, com as mãos dele presas no seu quadril, o contato de pele com pele, enquanto os tornozelos se cruzavam nas costas dele, Hinata não poderia ter mais certeza que mais do que amor, Sasuke a idolatrava. Ele tinha mergulhado os dedos, os lábios em cada pedaço dela, apreciando todo som que escapava da sua boca como se fosse a melhor música que ele tinha escutado. E fez isso tudo sem pressa, como se eles tivessem todo o tempo do mundo, fez com que Hinata repetisse o nome dele igual uma prece; mais do que o suficiente para que ela se perguntasse se era assim que o céu se parecia.
Nos olhos dele, encontrou o reflexo do próprio desejo; uma bagunça excitada e pronta para dar tudo que ele lhe pedisse, sem sequer hesitar. Até ali, confiava nele com sua vida. Quando eles se tornaram um só, Hinata o abraçou com força, só para ter certeza que aquilo não era outro sonho — um daqueles que a faziam acordar suada e molhada —, sentindo o calor do corpo dele contra o seu. O peso dele em cima de si era uma das sensações mais maravilhosas do mundo, e ainda assim, nada se comparou quando, parado, os olhos dele se prenderam nos perolados por segundos que pareceram uma eternidade. Sasuke a beijou logo depois disso, profundamente, dolorosamente devagar, devorando-a, degustando-a. Havia tanta devoção, que Hinata teve vontade de chorar.
Quando ele se afastou, os lábios inchados e vermelhos, Sasuke sussurrou com a voz arrastada, repleta de emoções que seriam irreconhecíveis se ela já não tivesse escutado a própria voz sair daquele mesmo jeito:
— Hinata, eu amo você. Eu deveria saber que era você desde o começo. Sempre foi você.
Ela não teve tempo para responder, porque depois disso, eles se perderam um no outro, em um caminho sem volta. E não era como se eles desejassem voltar, de qualquer modo.
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Eu gosto de insinuação de sexo de um jeito emocional ok, me deixem
