Cap 2

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Faltam 5 dias para a minha volta, o Mark trouxe alguns vestidos para eu provar, queria que a Valentina estivesse aqui, ela tem muito bom gosto, mas ela não sabe que eu estou viva, na verdade apenas duas pessoas sabem, Gustavo e Mark, sou interrompida dos meus pensamentos quando vejo o Mark entrando no meu quarto com vários vestidos na mão

— Sério se você não conseguir escolher um vestido entre todos esses, eu desisto, aqui tem mais vestidos do que do guarda-roupa da minha mãe (ele diz e eu rio)

— Não seja tão exagerado, nem tem tantos assim (eu digo e vejo ele fazendo uma cara de indginado) me dá os vestidos e pode se retirar (falo pegando da mão dele e colocando na cama)

— Nem um obrigado?

— Hoje eu não to com vontade, tchau (empurro ele até a porta e a fecho logo em seguida) e lá vamos nós

Provei no mínimo uns 12 vestidos e não achei nem um surpreendente, faltavam 3, tinha que ser um desses, vejo um vestido vermelho e meus olhos brilham, era o melhor vestido que já tinha visto na vida, coloco e ele se encaixa perfeitamente no meu corpo, vai ser esse, me troco de novo e vou em direção ao meu escritório, precisava organizar e deixar tudo certo para o grande dia, o dia em que eu finalmente poderia voltar a minha vida normal, claro que não vai ser igual, até porque eu terei que explicar o porque de ter forjado minha morte, e isso não vai ser fácil. Chego no meu escritório e me sento na minha cadeira, tinha que planejar quando entraria, o Mark me passou o roteiro deles, parece que vai haver um discurso do meu pai e logo em seguida um da Briana, perfeito, o intervalo de tempo de um discurso e outro seria a minha deixa. Meu irmão entra no meu escritório, sem bater na porta, de novo.

— O que foi dessa vez (digo sem tirar os olhos dos papéis) veio me dar outra bronca? (Finalmente levanto a cabeça e olho para ele, seus olhos cor chocolate brilhavam com o reflexo que entrava pela janela e seu cabelo castanho estava mais bagunçado que o normal)

— Não, vim te ajudar, acho que vai precisar de ajuda para entrar na festa

— Sim, bem que a festa poderia ser um baile de máscaras (digo e me jogo na cadeira) será que não dá pra você mudar ou falar com o papai para ele mudar?

— Fora de cogitação, os convites já foram entregues, vai ter que arranjar outro jeito, e se você entrar pelos fundos?

— Sim mas acho que vou chamar bastante atenção se entrar na cozinha com o vestido que escolhi

— Sim tem razão, e se você usasse o...(O interrompo)

— Nem pense nisso Gustavo, não vou usar o uniforme dos cozinheiros nem ferrando

— Ai fica difícil po, e se você usasse um óculos escuro?

— A claro, até porque se eu colocar um óculos escuro eu vou ficar irreconhecível, óbvio (digo com muita ironia) e se eu entrasse pelos fundos do palco??

— Tá mas como você faria para chegar lá?

— Meu camarim ainda existe?

— Sim, mas ele fica trancado (olho pra ele, e ele entende o que to querendo dizer) não Gabriella, eu não vou pegar a chave, eu nem sei onde fica

— Pois então descubra, não queria me ajudar? Eu confio em você Gustavo, você é a única pessoa em quem eu confio no mundo, a única pessoa que pode me ajudar com isso (digo e olho para ele) por favor (balbucio)

— Pqp o que eu não faço por você em garota, eu vou pegar a chave (ele diz e eu levanto da minha cadeira para abraçá-lo) Te amo toquinho

— Também te amo, agora vai, precisa começar a procurar

— Vou (ele diz e saí)

Gustavo sempre foi o meu confidente, sempre fomos extremamente unidos, na escola eu era a que o defendia, mesmo sendo 1 ano mais nova, eu sempre tive uma moral alta, sempre fui a melhor e sempre vou ser, até porque, quem tem o poder? Eu tenho o poder.

A Chefe Where stories live. Discover now