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Loira

Voltei pra minha casa já fazem alguns dias, voltei pro meu trabalho normal mas sinto que falta alguma coisa.

Lá na rocinha eu e o ale atendemos no postinho durante o tempo que ficamos lá e ficar perto da minha mãe foi o melhor de tudo

Afastei meus pensamentos quando escutei uma enfermeira me chamar

Enfermeira: Doutora tão solicitando sua presença lá na emergência.

Loira: Já to indo. Levantei arrumando o jaleco e fui em direção à emergência

Socorrista: Criança de 6 anos, com hemorragia abdominal e possível fratura no braço, ainda consciente e até o momento estável. Falou entrando com a maca

Loira: O que aconteceu? Quem fez isso? Olhei pra a criança que estava toda machucada

Socorrista: O pai adotivo espancou ele. Falou deixando a maca e saindo em seguida

Cheguei perto da criança que estava visivelmente assustada, e senti algo estranho como se fosse uma ligação, já atendi várias crianças e nunca senti isso antes.

Loira: Oi príncipe, meu nome é lua e o seu? Perguntei enquanto fazia os procedimentos

Leo: Leo tia. Falou um pouco sem graça

Loira: Olha leo, aqui você tá seguro tá ? Todo mundo aqui vai te tratar muito bem.

Ele concordou com a cabeça e deu um sorriso fraco

Loira: A tia vai ter que furar você com essa agulhinha aqui, mas não vai doer tá? Vai ser rápidinho. Sorri pra ele que concordou

Terminei de fazer os exames e logo em seguida ele apagou com os remédios

Loira: Ele tá dormindo, não é caso de cirurgia por enquanto, a hemorragia tá controlada e chama alguém da ortopedia só pra engessar o braço. Vou deixar ele em observação. Falei com a enfermeira

Enfermeira: Certo doutora

Loira: Ja ligou pra assistência social ? Perguntei passando álcool em gel

Enfermeira: Ligamos, mas eles falaram que não podem fazer nada e que a guarda continua com o pai adotivo porque não tem ninguém pra ficar com a criança.

Loira: Esse menino não vai ficar com esse cara, olha o que ele fez. Falei revoltada

Ela saiu e eu fiquei pensando, já atendi muitas crianças em situações bem piores e nunca fiquei dessa forma sempre fui imparcial

Mas com esse menino era diferente eu sentia que ele precisava de amor, ele precisava ser amado, eu não posso proporcionar isso a ele minha vida é muito corrida

Mas sei alguém que pode, peguei meu celular no bolso do jaleco e liguei pro Pk que já atendeu de primeira

Ligação 📱

Fala mandada

Pedro o assunto é serio

Insubstituível.Onde histórias criam vida. Descubra agora