Capítulo 16

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"Provérbios Cap. 11 | 

16 A mulher aprazível guarda a honra, como os violentos guardam as riquezas."

No dia seguinte, bem cedo Mariane saiu para trabalhar. Josias nessa hora estava de plantão na rua esperando Anne sair, mas nada aconteceu. Já estava ficando tarde, pelo visto não era todo dia que ela saia pra comprar pão.

Então decidiu bater na porta, ninguém atendeu. De repente uma viatura da polícia vem passando. Josias continuar a bater, dessa vez mais forte. Quando a porta se abre ele entra de uma vez e fecha a porta, fazendo com que Anne se afastasse imediatamente assustada.

Josias coloca as mãos na cabeça e pedi desculpas.

__ o que foi Josias? 

__ Você tem que me ajudar - ele olhou pela vidraça da janela e o carro já não está por lá.

__ ajudar? - Ela pergunta com a mão na cintura próximo a porta.

__ Já passou, era só um carro da polícia.

__ Não vi nenhum

Josias senta no sofá e colocando as mãos na cabeça.

__ Josias o que você tem?

Ele a olha e só então percebi que seu cabelo está amarrado em uma toalha, talvez tivesse acordado apouco tempo. 

__ desculpa Anne, é que eu pensei que a polícia vinha atrás de mim. Paulo aceitou Jesus aí pensei que ele ia entregar a gente. Ontem quase que o Mardone o matava.

__ Tudo bem, pelo visto já passou. Agora já pode ir.

Anne abriu a porta e continuou:

__ Está se sentindo bem?

__ Anne tem mais uma coisa. 

Ela olhou para os lados e não viu ninguém, mas disse:

__ pode falar

__ Estou gostando da bíblia, mas tem coisas que não entendo.

__ Hum - ela murmurou e ficou pensativa

Ele foi saindo e já na varanda Anne o chamou:

__ Josias, posso ajudar você com a bíblia, se quiser claro. É só vir hoje às 14, vou chamar mais uns jovens da igreja. 

__ vou ver. Obrigado - ela sorriu com expectativa e ele baixou o olhar indo embora. 

Ele queria retribuir o sorriso, mas tudo indicava que ele não conseguiria ser digno de ser esperado. 

Anne não queria acreditar, mas Deus estava agindo nesses naqueles com. Paulo já enxergava e começava a ser libertado da escuridão. Depois que Josias se foi, ela terminou de pentear o cabelo, merendou, ligou o som e parecia que suas forças foram renovadas. 

Na noite anterior sua pressão arterial tinha alterado, mas agora estava bem, não desmaiara.

Na sala Anne encontrou um pacotinho e já iria jogar no lixo, mas percebeu que tinha alguma coisa dentro.

A tarde logo chegou e meio dia Carlos ligou para Anne. Como a mãe dela havia recuperado seu número, os contatos ela só baixou da agenda do e-mail. No visor do seu celular apareceu: irmão Carlos

__ Oi Carlos. A paz do Senhor

__ A paz Anne. Tudo bem com você?

__ sim

__ Vi sua mãe hoje de manhã, e ela falou que você passou mau ontem a noite.

__ Não foi nada grave.

__ Mesmo assim quero pedir desculpas. Ontem exagerei com você, eu gosto de você Anne.

__ Tudo bem Carlos, já passou. Pode vir estudar a bíblia aqui em casa hoje? Aí podemos conversar melhor.

__ Ah bem que eu gostaria de ir, mas estou trabalhando integral agora. Aqui na marcenaria está precisando, o Lucas ficou de férias e sei Antônio disse até que iria trazer Paulo, mas até agora nada. E como quero ganhar dinheiro extra vou ficar por aqui. Chama o Lucas.

__ Hum que bom, ele fez um curso de teologia muito bom né.

__ É sim, e dele não tenho ciúmes

Anne riu: __ Mas também ele é quase seu irmão.

__ Gosto do seu sorriso Anne

Ela ficou sem jeito, mas falou

__ hum, Vou chamar a Sara pra cá.

__ Você quem sabe. Então até a noite meu amor

__ Até

Ela desligou pensativa, estava dando Corda demais pra Carlos, precisavam conversa seriamente.

Anne ligou pra Lucas, mas ele viajara, os jovens trabalhavam e então ligou para Sara. Ela disse que viria as 13 horas, mas ninguém apareceu.

Anne bebeu o chá que fizera e sua mãe chegou.

__ Bença mãe?!

__ Deus te abençoe minha filha

__ Vou a casa da Sara, tudo bem?

__ Tudo bem. Já tomou seu remédio hoje?

__ Sim, estou ótima

Anne foi no quarto pegou o que precisava e saiu. Chegando a casa de Sara sua mãe que a atendeu disse que ela fora a feira da cidade vizinha com Camila. Então Anne se despediu e continuou a caminhar e sem perceber já estava na praça onde um dia encontrara Josias.

Sentou no banco onde encontrou antes o velhinho e até sentiu saudades dele. Levantou e foi a ponte, pegou o pacotinho que trazia no bolso e pretendia jogar na água. Quando alguém falou bem ao seu ouvido:

__ O que você está fazendo no meu território?

O Brilho Do Seu SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora