➢ Eren YeagerA observei dormir ao meu lado, seu
cabelo despenteado se espalha pelo travesseiro e em seu corpo contém várias marcas da noite anterior. Acariciando suas costas, pensava no quanto a amava e no quanto sofreria com a minha decisão.Me levantei da cama a beijando uma última vez e partindo para sempre.
•
•
•— Eren o que você fez? – seu olhar demonstra dor e mágoa. Talvez até raiva.
Não. Olhando novamente, finalmente acreditei no que sempre me dizia: jamais poderia senti tal emoção relacionado à mim ou a qualquer outro, não importa o que tenham feito.
“ Você é um anjo que foi lançado injustamente a essa terra amaldiçoada, condenado a sofrer até o fim da sua existência.”
Olhei para minhas mãos acorrentadas.“O que eu fiz?” Sujei minhas mãos com sangue.
•
•
•Fixei meu olhar no chão com expressão neutra, minha mente parecia silenciosa e meus ouvidos zuniam.
— Eren, você escutou? Eren...
— Saia, Floch.
•
•
•Olhava para minha versão menor, quando ainda era criança, inocente e ignorante dos perigos do mundo. A paisagem mostrava um céu limpo e brilhante, a criança exalava felicidade.
— Estamos livres! – gritou, riu e correu com os braços abertos. Me circulou duas vezes e partiu em direção ao sol poente.
“Será mesmo? O que é realmente ser livre? ”
•
•
•Acordei em um sobressalto, assustado. Sinto que acabei de acordar de um longo sonho.
— Eren! Vamos, precisamos levar a lenha até a mãe. – “Mikasa?”
— Eu... eu já vou! – me levantei e corri até ela, no entanto quanto mais corria, mais distante ela estava.
Meus passos eram lentos e meu corpo pesado, eu gritava por ela, para que me esperasse porém Mikasa não me ouvia. Em algum momento tropecei em algo, a grama estava lisa, úmida e fedida. E assim que me levantei, meu corpo estava banhado com sangue.
O campo pareceu não ter fim, havia corpos espalhados pelo chão, todos retorcidos ou pisoteados, a maioria desconhecidos. Eu estava hiperventilando, o cheiro pútrido entra pelas narinas e me enoja, olhei para minhas mãos e as esfreguei na camisa. O sangue não sai!
— Você se culpa?
Me assustando com a voz, virei rapidamente em sua direção. Estava atrás de mim. O cenário caótico se foi, deixando apenas uma paisagem limpa e branca.
— O que? – o corpo de costas para mim se virou lentamente.
______. Seu corpo está em decomposição, havia alguns pedaços pendurados e em seu rosto havia apenas dois buracos vazios e escuros no lugar dos olhos.
— É comum que nesta situação você possa sentir um pouco de... remorso. – ela cutucou o que restou da unha e sorriu pra mim.
— Que situação?
Me olhou séria, os circulos vazios começaram a sangrar.
— O acidente.
Flashes do momento passam rapidamente, eu ouço seu grito e vejo o desespero em seus olhos. Eu ouço você chamar o meu nome, mas não faço nada além de chorar. ______... eu matei ela.
•
•
•Meu rosto está úmido e o lugar é barulhento. Abrindo meus olhos vejo Mikasa, ela me olha com lágrima nos olhos. Sua lâmina se ergue e vejo seus lábios movendo, mas não ouço o que diz.
Ela abaixa a lâmina e a última coisa que vejo é você.
────────────────────────╮
Olá! Apenas passando para avisar que estou de volta e estarei iniciando o processo de escrita de um pedido NSFW com Levi e Erwin, um com Reiner, e outro com Jean.Tenham um bom final de semana e até logo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
ー Shingeki No Imagines
Random───────────────── ➦ Imaginar - transitivo direto formar imagem mental de (algo não presente); idear. "I. situações românticas" Fuja de sua rotina e entre no mundo da sua imaginação, abra as portas da ilusão e deixe-se levar pelos caminhos da possibi...