O nosso grupo

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A professora foi nos guiando até os quartos aonde foram divididos os grupos. Eu fiquei com a Sara no fim da fila, ouvimos umas risadas de uns meninos na frente e a professora deu uma bronca enorme. Fiquei com medo confesso. No primeiro quarto era o masculino no fim do corredor B oeste no segundo prédio de alojamento, do outro lado do alojamento feminino, o quarto era o segundo da primeira ala, onde o primeiro quarto era uma sala de interação meio abandonada, no meio uns elevadores e escadas pra separar meninos e meninas, no primeiro quarto (que mais tarde viraria cena de crime, porém não se preocupe ainda) e grupo ficavam Gustavo, Bruno, Netto e Felipe, um menino quieto que estudava no 1ºC e que ninguém conhecia ainda. No segundo quarto masculino, onde parecia mais novo e mais bem cuidado (e com toda certeza mais limpo) ficaram Otavio, Rafael, Simon e Bernardo (um menino que chegaria mais tarde pra aula e que vai dar o que falar nessa escola). Indo pro outro lado do corredor, agora o feminino, tinha a mesma sala de convivência meio abandonada e uns livros e muitos jogos espalhados pelo chão, uma bagunça, mas a professora Michelle disse que mais tarde poderíamos arrumar e ganharíamos notas pelo trabalho, e nota sempre é bom, seria legal, uma sala só nossa, além de ser grande e daria boas festas do pijama bem clube da Luluzinha, esse era o primeiro quarto da ala leste do corredor B, agora o segundo dividiria um grupo que não seria tão legal assim quanto estava sendo a experiência. Quarto 2 da ala feminina alojava Giovanna, Sara, Lavi, Thaisa e May, o quarto era maior porém abrigava 5 meninas então dava pra entender o privilégio de 2 banheiros, e espaço maior. Seguindo o corredor, no quarto 3, foram escolhidas eu Joana, Gaby, Jul e outra Mariana, irmã de Bernardo que chegaria mais tarde e assim como irmão, seria motivo muita fofoca pelo colégio, por ser muito legal mas  principalmente pelas suas notas... Agora com os grupos formados podíamos "preparar" o quarto: colocar roupas no guarda-roupas, malas em baixo da cama, escovas no banheiro, escrivaninhas, roupas de cama... Tinhamos 1:30h pra fazer tudo e fui com as meninas pro meu quarto, começamos a falar sobre nossa vida e como chegamos ali. Gaby começou dizendo:
— Ai, eu espero realmente que sejamos amigas, tenho muita coisa pra falar pra vocês... Começar que eu vim pra esse fim de mundo por causa da minha mãe maluca e obcecada pelas minhas notas, ela acha que aqui eu vou ficar 100% nisso, porém eu quis vim mais pela diversão — termina de forma animada com uma cara engraçada e todas caímos no riso.
Alguém bate na porta e vou abrir, pela primeira vez me senti "adulta" abrindo a porta da casa própria pra visitas. Era Lavi e Sara do quarto do lado que disseram que queriam arrumar a sala de convivência mais tarde as 15h e nos chamaram pra ajudar, olhei no relógio e eram 11 horas, faltava 1 hora pra acabar o tempo de arrumar, falei que iríamos sem nem perguntas para as  meninas na esperança de um sim que viria mais tarde, íamos arrumar juntas. Fechei a porta e contei da proposta e terminamos de arrumar as coisas. A porta bateu de novo e pensei que fosse as meninas do quarto vizinho ainda e quando abri era uma menina magra, morena, dos cabelos lisos com uma mala como se fosse morar ali, ela me disse que era a Mariana, que iria literalmente morar ali, fiquei sem jeito e deixei ela entrar, começou a falar comigo e com as meninas como se fôssemos íntimas a anos, amei ela. A professora passou nos quartos vendo e nos deu parabéns pela organização, disse que a cerimônia de integração seria das 17h até as 22h, logo pensei que seria um saco, acho que todos pensaram isso, mas foi bem diferente do que imaginei, foi uma surpresa. Nós tínhamos que ficar mais arrumadas do que o normal pra essa cerimônia, sem muitos detalhes ainda recebemos uma imagem no e-mail no celular.

 Nós tínhamos que ficar mais arrumadas do que o normal pra essa cerimônia, sem muitos detalhes ainda recebemos uma imagem no e-mail no celular

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Eu fiquei bem animada, confesso, porém se durasse muito eu inventaria uma desculpa pra fugir, foi bem diferente do que eu imaginava...

O ANO DAS NOSSAS VIDASOnde histórias criam vida. Descubra agora