Capítulo 2

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Nice to meet ya, what's your name?Let me treat ya to a drink

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Nice to meet ya, what's your name?
Let me treat ya to a drink.
Nice to Meet Ya | Niall Horan

Para uma mulher que não considera tomar iniciativas, acabei me surpreendendo quando o convidei para ir até o Nouvelle.
Definitivamente, a timidez não é uma característica positiva. O que comprova isso são as lembranças dos três anos mais conturbados da minha vida, o Ensino Médio.
Mesmo sem querer, essa característica fez com que eu me destacasse, o que me levou a ser vítima do tão conhecido bullying. Concluí essa etapa e, com a motivação de papai, consegui ingressar na faculdade de música, a qual era o meu sonho desde que era uma criança.
Papai não entendia como o meu amor pela música era tão forte, forte o bastante para me arrastar para cima de palcos. Na minha cabeça — ou melhor, na cabeça da Stella de dezoito anos —, eu entendia que por mais que a timidez estivesse presente em mim durante muitos anos, quando eu subia no palco, eu me sentia livre, eu me sentia grande, tão grande que eu acreditava que poderia conquistar o mundo todo com a minha voz.
A University College London é uma das melhores – se não a melhor – faculdades da cidade, e não tenho palavras para descrever o quanto foi incrível ter tido a oportunidade de estudar lá. Logo no início do ano letivo, conheci Verity, a qual ainda é minha melhor amiga. Na época, fomos convidadas para uma confraternização e acabamos bebendo juntas em um pub próximo da fraternidade, o que fez com que nos aproximássemos de vez.
Até que dois anos depois tudo aconteceu. E, relembrar esse fato me deixa a cada vez mais vulnerável. Vulnerável por pensar que não fui forte o bastante para ignorar as palavras do maldito professor, não fui forte o bastante e não sou forte o bastante.
Os meses seguintes se tornaram impossíveis para mim. Meu rendimento na faculdade foi por água abaixo, já que a humilhação vinda de cada olhar sobre mim me desmotivava a seguir em frente. Papai, como sempre, não me deixou desistir de primeira, mas, como sempre digo e volto a repetir: tudo tem um limite.
E eu cheguei no meu limite.
Desde aquela noite não ouço minhas cantorias pela casa. Foi numa conversa com papai que decidi que trancaria a faculdade. E assim eu fiz, a tranquei restando dois anos. Até hoje, depois de quatro anos, não consigo voltar a cantar, e muito menos consigo me apresentar ou ficar em frente a muitas pessoas tendo toda a atenção voltada para mim.

Avisto o carro do moreno estacionado logo atrás do meu e, depois de conseguir fechar os vidros, salto do automóvel, ficando de frente para o homem que me esperava com as mãos nos bolsos da frente.

— Achei que não fosse descer. – Ele fala sarcástico por conta da minha demora e reviro os olhos.

— Como você percebeu, meu carro não trabalha a base da pressa. – Falo e ele passa na minha frente, abrindo a porta para mim. – Obrigada.

Passo por ele e adentro o local que tanto frequento. Caminho em direção a mesa que estava acostumada a ficar.

— Espera, vamos sentar naquele canto. – Ele sussurra, tocando em meus ombros e me puxando para o outro lado do pequeno espaço.

— Algum problema? – Pergunto sem entender enquanto me sento a sua frente no banco. Antes mesmo de o deixar responder, seu George se aproxima.

— Querida! Fiquei preocupado por não lhe ver mais cedo. – George fala e sorrio simpática.

George já é um senhorzinho. O conheço desde novinha, quando tinha por volta de meus nove anos. Ele e papai eram amigos próximos até a mudança acontecer. George acompanhou todas as minhas fases, sendo boas ou ruins, e eu não poderia ser mais grata a ele por isso e por seus conselhos.

— A correria não deixou, seu George.

— A nevasca nos paralisou, não é? – Ele riu e assenti em concordância.

— Não só a nevasca, seu George, não só a nevasca.
Seu olhar repousa sobre o homem a minha frente, que sorri tímido.

— Vejo que está acompanhada.

— É um prazer, seu George. – Ele estende a mão para George, que a pega.

— Seja muito bem-vindo ao Nouvelle, rapaz. O que irão pedir hoje? – George apanha seu bloquinho amarelo enquanto seu olhar se reveza a mim e ao moreno.

— O de sempre, por favor. — Sou direta, já que a fome não estava mais cabendo em mim.

— É para já, querida. E você, rapaz? — O moreno de pele branca avermelhada encara o cardápio por alguns segundos e logo acrescenta seu pedido.

— Um Macchiato, por favor.

— Mais alguma coisa? – George questiona e negamos.

— Só isso, seu George, muito obrigada. – Falo e ele sorri, se retirando dali lentamente.

— Então, você vem sempre aqui? – O moreno pergunta e torno meu olhar para ele. O típico clichê me faz ter vontade de rir.

— Todo santo dia. – Respondo e ele assente com um sorriso no rosto. Suas marcas de expressão ao sorrir o deixavam ainda mais sexy, isso é algo inegável. – Desde muito novinha.

— É alguma tradição familiar ou o que?

— Meu pai vinha muito aqui quando mais novo. Eu sempre vinha junto então conheci George, amigo próximo dele. Ele é praticamente um segundo pai para mim.

— Você ainda não me disse seu nome. – Ele fala enquanto passa seus dedos por sua barba grande demonstrando estar prestando atenção em cada movimento meu, já que nossos olhares estavam cruzados.

— Stella, Stella Parker.

— Prazer em te conhecer, Parker. – Ele sorri, enrolando uma mecha de seus próprios cabelos em seu indicador na tentativa de tirar a mecha dos olhos. – Niall, Niall Horan.

— É um prazer, Horan.

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Até próximo sábado!

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QUEBRANDO PARADIGMAS [NH]Onde histórias criam vida. Descubra agora