PRÓLOGO

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Prólogo

     O começo era vento e pó e fumaça. Era chuva e sangue e ossos, era nada.
Surgiu dos céus, a estrela guia, aquela que guiaria seus filhos à glória. Mas também aquela que traria desgraça e profusão.

     Um elipse foi visto, então o choro estridente de um bebê encheu o quarto. A mulher na cama sequer gostaria de olhar para a criança nos braços da parteira, uma bastarda, era isso que a criança era. Considerada indigna de quaisquer bens que poderia herdar do pai. Uma desgraça aparente, que só traria despesa e trabalho.

     Então a criança foi dada, recebida e alimentada na Academia de Mistigan. Raridade quando abriu seus olhos pela primeira vez, já não era mais uma desgraça e sim uma benção dos Deuses, aqueles que há muito tempo vós deixaram.

    A criança foi lapidada, dia após dia, mês após mês, ano após ano, até que estava pronta para o mundo, até que estava pronta para ser abençoada e venerada.

Silence: O silêncio das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora