Vulnerabilidade

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Realmente não sei o que fazer
Sigo sem rumo algum
Caindo mais uma vez
Meu ódio durou pouco

Todas as vezes que pego naquela faca
Me lembro de 3 anos atrás
Me lembro da ponte, do sangue,
dos cortes, da chuva e os cigarros

A cada tragada uma pequena parte da dor
Ia pra algum canto
Minutos depois voltava, sempre volta
Não sei porque essas merdas sempre voltam

Eu não entendo o porque
De todo esse sofrimento
O começo de tudo foi com 11 anos
E até hoje não achei a cura
Nem remédio
Nem alívio
Muito menos ajuda

Eu odeio isso em mim
Eu odeio como olham pra mim
Odeio quando me vêem assim
Quando me perguntam se estou bem
Sabendo que nunca estou

Nunca nem sei como estou
Se eu paro pra pensar como estou me sentindo
Eu me verei como a merda que sou
Por isso preciso ser neutra
Mal e bem andam juntos comigo
Sem se discordar
Em completa união

Me sinto estável
Sensível , forte
E também vulnerável.

RaivaOnde histórias criam vida. Descubra agora