❄ Shut up & Kiss me ❄ l.h

31.2 Hospital

"Não Luke, não!" desviei o meu olhar para a parede.

"Porque? Eu sei que tu queres tanto quanto eu" ele observava-me a andar de um lado para o outro.

"Não contigo assim" apontei para ele "drogado e numa cama de hospital, tudo por minha culpa" 

"Violet.." ele olhou para mim "A culpa não é tua, eu droguei-me porque quis, logo a culpa é minha"

"Mas foi por minha causa" choraminguei.

"Não interessa porque razão foi" ele arregalou os olhos "esquece isso" 

"É um pouco impossível, não achas? Deixa as drogas, simples e eficaz!" revoltei-me.

"As coisas não são assim tão simples" olhou-me.

"Não quero saber! Deixa as drogas!" disse um pouco mais alto.

"Eu deixo, eu prometo que vou tentar" ele falou calmo.

"Espero bem que sim, ai de ti que agarres mais alguma vez numa coisa daquelas" fiz uma cara de nojo.

"Sim senhora" ele riu baixo.

Rolei os olhos e voltei a sentar-me na cadeira ao lado da sua cama e fiquei a olhá-lo por uns segundos.

"Violet" ele chamou-me.

"Diz" suspirei.

"Está-me a doer o pescoço, podes só ver se não tenho aqui uma coisa?" ele perguntou e eu bufei.

"Sim, posso, aonde?" levantei-me lentamente e olhei para o pescoço dele.

"Aqui" ele apontou para um sitio qualquer no meio do seu pescoço.

"Não tens nad-" fui interrompida.

Adivinhem pelo que?

Isso mesmo, o Luke anormal Hemmings beijou-me.

"Luke" falei entre o beijo afastando-me logo. "Estás louco?" arregalei os olhos.

"Louco por ti" ele riu de lado olhando para mim.

"Gay" ri, rolando os olhos.

"Tu gostas" ele riu.

"Se fosse a ti não tinha tanta certeza" semicerrei os olhos.

 "Cala-te, eu sei que me amas" ele riu.

Eu arqueei a sobrancelha e fiquei a encará-lo.

"Tu disseste-me" ele olhou para mim.

"Disse?" 

"Sim" respondeu e eu fiquei a olhar para ele "Queres que te diga quando?" 

"Quando?" perguntei.

"Quando nós estávamos na cama, depois de nós termos f-"

"Ok, já percebi, agora cala-te!" interrompi-o rindo.

"Pois, bem me parecia" ele riu também.

Endireitei-me na cadeira e fiquei a observar a paisagem horrível do outro lado da janela, enquanto sentia uns olhos pousados em mim, obviamente são os de Luke, porque não está mais ninguém presente neste estúpido quarto de hospital.

"Desculpa" mexi nas minhas mãos.

"Porque?" ele perguntou.

"Por...isto" apontei para ele, com um ombro deslocado e deitado numa cama de hospital.

"Não tens a culpa" ele falou.

"Tenho sim, fui eu que te empurrei" continuei a olhar para as minhas mãos, que estavam pousadas no meu colo.