pov's Chapeuzinho

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Cresci sem pai, pois dizem que um lobo havia o matado. Minha mãe e minha avó que me criaram, porém minha avó foi diagnosticada com uma doença, e ela já estava no período final, pois estava careca e tossindo sangue.

- Chapeuzinho!

- Sim mamãe?

- Vá a casa de sua avó levar pães e doces para ela. - minha mãe me pede e sorri de leve.

- Claro mamãe! - retribuo o sorriso.

Pego a cesta com os pães e doces e saio de casa com minha capa vermelha.

Todos nesta cidade me conhecem como chapeuzinho vermelho pelo simples fato de eu sempre estar com um manto vermelho sangue e sempre com a toca tampando meu rosto.

Sempre fui uma garota otimista, sempre vi o lado bom da vida.

Desde pequena eu fui criada para odiar os lobos da floresta. Sempre tive que evitar ao máximo a floresta.

No caminho acabo me distraindo com lindas borboletas azuis da cor do céu. Sempre amei borboletas, principalmente as azuis.

Decido seguir as borboletas e antes que eu percebesse, eu já estava perto do coração da floresta. Escuto barulho de água e decido seguir o som.

Estando quase perto da cachoeira, avisto um Lobo, aparentemente estava sozinho e muito triste. Decido ir até ele.

- err.... Olá?

- Oi..

- Tudo bem? Por que está tão cabisbaixo? Aconteceu algo?

- ah... Eu estou sempre assim. Minha mãe e meus irmãos foram mortos pelos caçadores e desde então vago pela floresta tentando sobreviver, mas estou sendo caçado por todas as partes.

- nossa... Você quer ficar comigo por enquanto para me fazer companhia?

- Claro, seria um prazer. Mas por quê você está sozinha na floresta? Você não sabe que é perigoso ficar andando por aí numa floresta? e ainda por cima sozinha?

- É claro que eu sei, estou aqui por um favor a minha mãe. Ela me pediu para levar esses pães e doces para a minha avó que está muito doente.

- Entendo... Ei, que tal uma aposta?

- E que tipo de aposta você sugere?

- Uma corrida até a casa de sua avó.

- Eu topo!

- Então, onde ela mora?

- Ela mora no outro lado da floresta.

- Então está apostado, você escolhe um caminho.

- Eu vou por esse! - aponto para um caminho cheio de flores e animais.

- Então eu vou por esse. - ele aponta para um caminho sombrio onde havia quase nenhum habitante. - Vamos começar?

- Claro! - começo a correr pelo caminho que eu escolhi e quando olho para trás, vejo o Lobo ir caminhando pelo outro caminho.

Esse Lobo é legal, mas será que eu devo confiar nele?

Continuo correndo pelo caminho que eu escolhi.

Chapeuzinho VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora