— Atrevido! — O empurrei, em seguida meus dedos marcaram seu rosto. Junmyeon arregalou os olhos, não acreditando que ousei bater nele. — Eu não sou uma qualquer, Kim!
Gritei, atraindo a atenção do casal que saiu rapidamente da casa para ver o que está acontecendo, Minseok segurou seu irmão por trás, ao ver como o moreno ficou visivelmente vermelho de raiva, e eu fui dando passos de costa para longe deles.
— S/N, por que bateu em meu chefe ? — Com a cara fechada, eu fiquei encarando os três de uma certa distância. Sentia meus olhos arderem, mas me mantive forte. — O que você fez com minha irmã, seu ogro ?
Se virou para Junmyeon, gritando com o mesmo, o qual tentava sair do seu irmão que ainda lhe segurava. O moreno olhou minha irmã, depois a mim que fiquei o encarando.
— Eu não fiz nada, sua irmã que me bateu por eu ter a beijado. — Com isso todos se calaram, Isabel arregalou os olhos. Minseok soltou seu irmão, que ajeitou o terno e me lançou um olhar. — Nunca vi alguém surtar por causa de um beijo.
Negou com a cabeça, ainda me olhando e ajeitando a gravata do terno.
— Claro! Você esta acostumada com vadias, que nem se importa com garotas como S/N! — Gritou Isabel, e o outro lado do rosto de Junmyeon foi marcado pelos dedos dela, agora. — Minha irmã nunca havia beijado alguém, seu ogro!
Assim ela veio até a mim, me abraçou e eu afundei o rosto na curva do pescoço dela.
Poxa. Ninguém merece beijar alguém que não se gosta, ainda mais, assim tão aleatório não existindo sequer sentimentos da parte dele, também.
— Sinto muito pelo comportamento do meu irmão, ele não sabe expressar sentimentos direito. — Minseok disse, querendo amenizar o clima nada a ver que eu criei. — Suho, acho melhor você ir trabalhar.
— Não! Falei que S/N terá que ir comigo até a empresa. — O olhei. Fechei os olhos e neguei várias vezes com a cabeça, quando abri o moreno me olhava atentamente. — Pare de birra, garota.
— Não, Isabel, não deixe ele me levar. — Grudei na minha irmã, mas o ogro tinha que vir com as ameaças dele.
— Olha, Isabel, eu não farei nada contra a sua irmã, mas se ela não for eu terei que demitir você. — O casal arregalou os olhos, eu fiquei choramingando para alguém me salvar desse louco. — O que será?
Sorriu abertamente, não contive minha raiva. Fui até o mesmo e pisei com força no seu pé.
(...)
— Quem é ? — Uma moça bem vestida, parou Junmyeon logo na entrada da empresa dele. Me olhou dos pés à cabeça, com muito desdém. — Parece aquelas menininhas que vão de lancheira para o colégio.
Abri a boca pronta para falar umas boas verdades para essa enrugada, mas, o moreno me puxou para a frente do corpo dele, seguido da sua destra que tampou minha boca.
Parece até que, ele sabe meu manual de instruções. Que eu não tenho papa na língua e ia agredir a moça verbalmente.
— Você apenas trabalha para mim, não deve saber nada da minha vida particular. — Dito isto, ele tirou a mão da minha boca e um sorriso debochante brotou nos meus lábios. A mulher concordou com a cabeça e voltou para trás do balcão. — Vamos, S/N!
Com esse costumo feio dele de achar que pode mandar em mim, fiquei como uma estátua no mesmo lugar, quando ele chegou em uma determinada distância, percebeu que não o seguia, assim olhou por cima dos ombros, esfregou a mão na bochecha e voltou até a mim.
— Por que tão birrenta ? — Questionou com uma sobrancelha erguida, e eu dei de ombros. Um ser bem alto passou por nós, comecei a rir da altura dele comparada a minha. — Por que rir de Kris ?
— Porque não é da sua conta. — Respondi, ainda olhando esse tal de Kris, nisso o mesmo veio até nós .
— Suho, Cristal queria saber se terá reunião hoje. Teremos ? — Perguntou ao moreno que assentiu, mas sem tirar os olhos de mim. Assim o girafa desceu o olhar para mim, franzindo o cenho. — Quem é a nanica?
Bagunçou meus cabelos me tirando boas risadas, podia se escutar a fungada alta de Junmyeon, como se estivesse incomodado com esse contato.
— Aigoo... — ajeitei meus fios, vendo que o patrão de minha irmã fez sinal, para que eu desse um jeito nessa bagunça. — Costume feio do povo, me comparar com uma criança.
Com um bico nos lábios de indignação, Kris ia falar mais alguma coisa. Porém, o mala do chefe dele saiu me arrastando para entrar finalmente no elevador.
Fiquei com um pouco de medo, pois Junmyeon não parava de ajeitar a gravata dele, se passou milhares formas de como ele poderia usar o pequeno tecido contra mim, a cada segundo me olhava.
— Como vai o seu amor platônico, da panificadora? — Puxou assunto, mas, me mantive silenciosa brincando com meus dedos. Escutei sua respiração de irritação e com segundos o elevador abriu. — Me siga, e tente não se distrair com nada.
Assenti, assim ele foi dando passos na minha frente e eu fui o seguindo, rolando meus olhos para cada canto, vendo o como a empresa dos irmãos Kim, é bem grande e bonita.
Ao passar por uma porta, avistei uma mulher trabalhando atenta atrás da mes, atendendo várias ligações, enquanto mantinha os olhos atenta a duas crianças que eu deduzi ser filhas dela.
Olhei e percebi que Junmyeon havia sumido de minhas vistas, mordi meu lábio inferior e resolvi brincar com as meninas.
Adentrei a sala e a mãe delas sorriu torto para mim, bem querendo saber de onde eu brotei.
— Eu posso fazer companhia para vocês ? — As duas meninas assentiram, me entregando uma xícara de brinquedo. Um chá da tarde, essa é a brincadeira delas. — Qual o nome das duas ?
— Eu sou Naeun, e ela é a Nae. — Sorriram se olhando, logo trazendo a atenção de volta a mim. — Você é muito bonita e fofa. Ela parece uma criança, né, Nae?
Sua irmã assentiu, me estendendo um biscoito com gotas de chocolate. Peguei e agradeci a ela.
— Desculpa atrapalhar você, Rosé, mas preciso pegar a minha criança que se perde fácil. — Paralisei ao escutar a voz de Kim, o mesmo logo levantou meu corpo. — Falei pra não se distrair, S/N.
Sorriu, como se não acreditasse que, eu sou tão besta ao ponto de me distrair com qualquer coisa.
— Seu local de trabalho é um tédio, única coisa que achei divertido foi ver duas crianças aqui. — Acenei para as meninas, as quais mandaram beijinhos no ar.
— Certo. Um dia eu te faço um filho. — O olhei na hora, mais corada de que costume. O desgraçado começou a rir freneticamente, da minha cara de espanto. — Estou brincando, sua boba.
Respirei aliviada, mas logo abri a boca ao me dar conta de como ele me chamou. Mas, fui cortada pela mãe das meninas.
— Desculpa, senhor Kim, mas a babá delas pediu demissão e eu não podia deixá-las sozinhas. — Explicou para o moreno que super entendeu, e eu fiquei com idéias na cabeça, o mesmo que Rosé. — Espera... Elas gostaram de você, não aceita trabalhar para mim ?
Quando eu ia responder, de novo me cortaram e eu resolvi desistir da vida.
— Não! S/N não pode trabalhar pra você, ainda mais cuidando de crianças. — O olhei, negando com a cabeça e ele me olhou de volta. — Que foi ?
— Eu preciso trabalhar para comer, cuide da sua vida, cara. — Apontei o indicador no peito dele. Percebi o como é duro essa região, até me perdi uns segundos tocando ali várias e várias vezes. — Enfim, eu aceit...
Junmyeon, saiu me arrastando para longe, nem tive tempo de dizer que aceito o trabalho, ele me jogou para dentro da sala dele, e quando eu ia surta, me calei com as paredes que são todas de vidro.
Obtendo assim, toda a visão da cidade e do céu bem azul. A sala dele fica no topo do prédio, com certeza esse é o lugar mais incrível que eu já estive.
— Era isso que eu queria lhe mostrar. — Parou ao meu lado, admirando tudo junto a mim. Dei passos mais a frente, tocando o vidro, olhando mais ainda tudo lá fora. — Daqui tudo eu vejo.
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Uma Louca Obsessão | Imagine Suho | EXO
FanfictionJunmyeon cresceu sem receber amor das pessoas próximas, portanto, sua personalidade um pouco séria faz as pessoas duvidar do tipo de homem que ele seja. Sua louca obsessão pelo trabalho e a empresa, tirou dele o sentido do que é a vida, e quando che...