Capítulo 07

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— Atrevido!  — O empurrei, em seguida meus dedos marcaram seu rosto. Junmyeon arregalou os olhos, não acreditando que ousei bater nele. — Eu não sou uma qualquer,  Kim!

Gritei, atraindo a atenção do casal que saiu rapidamente da casa para ver o que está acontecendo, Minseok segurou seu irmão por trás, ao ver como o moreno ficou visivelmente vermelho de raiva, e eu fui dando passos de costa para longe deles.

— S/N, por que bateu em meu chefe ? — Com a cara fechada, eu fiquei encarando os três de uma certa distância.  Sentia meus olhos arderem, mas me mantive forte. — O que você fez com minha irmã, seu ogro ?

Se virou para Junmyeon, gritando com o mesmo, o qual tentava sair do seu irmão que ainda lhe segurava. O moreno olhou minha irmã, depois a mim que fiquei o encarando.

— Eu não fiz nada, sua irmã que me bateu por eu ter a beijado. — Com isso todos se calaram, Isabel arregalou os olhos. Minseok soltou seu irmão, que ajeitou o terno e me lançou um olhar. — Nunca vi alguém surtar por causa de um beijo.

Negou com a cabeça, ainda me olhando e ajeitando a gravata do terno. 

— Claro! Você esta acostumada com vadias, que nem se importa com garotas como S/N! — Gritou Isabel, e o outro lado do rosto de Junmyeon foi marcado pelos dedos dela, agora. — Minha irmã nunca havia beijado alguém, seu ogro!

Assim ela veio até a mim, me abraçou e eu afundei o rosto na curva do pescoço dela.

Poxa. Ninguém merece beijar alguém que não se gosta, ainda mais, assim tão aleatório não existindo sequer sentimentos da parte dele, também.

— Sinto muito pelo comportamento do meu irmão, ele não sabe expressar sentimentos direito. — Minseok disse, querendo amenizar o clima nada a ver que eu criei. — Suho, acho melhor você ir trabalhar.

— Não! Falei que S/N terá que ir comigo até a empresa. — O olhei. Fechei os olhos e neguei várias vezes com a cabeça, quando abri o moreno me olhava atentamente. — Pare de birra, garota.

— Não, Isabel, não deixe ele me levar. — Grudei na minha irmã, mas o ogro tinha que vir com as ameaças dele.

— Olha, Isabel, eu não farei nada contra a sua irmã, mas se ela não for eu terei que demitir você. — O casal arregalou os olhos, eu fiquei choramingando para alguém me salvar desse louco. — O que será?

Sorriu abertamente, não contive minha raiva. Fui até o mesmo e pisei com força no seu pé.

(...)

— Quem é ? — Uma moça bem vestida, parou Junmyeon logo na entrada da empresa dele. Me olhou dos pés à cabeça, com muito desdém. — Parece aquelas menininhas que vão de lancheira para o colégio.

Abri a boca pronta para falar umas boas verdades para essa enrugada, mas, o moreno me puxou para a frente do corpo dele, seguido da sua destra que tampou minha boca.

Parece até que, ele sabe meu manual de instruções.  Que eu não tenho papa na língua e ia agredir a moça verbalmente.

— Você apenas trabalha para mim, não deve saber nada da minha vida particular. — Dito isto, ele tirou a mão da minha boca e um sorriso debochante brotou nos meus lábios. A mulher concordou com a cabeça e voltou para trás do balcão. — Vamos, S/N!

Com esse costumo feio dele de achar que pode mandar em mim, fiquei como uma estátua no mesmo lugar, quando ele chegou em uma determinada distância, percebeu que não o seguia, assim olhou por cima dos ombros, esfregou a mão na bochecha e voltou até a mim.

— Por que tão birrenta ? — Questionou com uma sobrancelha erguida, e eu dei de ombros. Um ser bem alto passou por nós, comecei a rir da altura dele comparada a minha. — Por que rir de Kris ?

— Porque não é da sua conta. — Respondi, ainda olhando esse tal de Kris, nisso o mesmo veio até nós .

— Suho, Cristal queria saber se terá reunião hoje. Teremos ? — Perguntou ao moreno que assentiu, mas sem tirar os olhos de mim. Assim o girafa desceu o olhar para mim, franzindo o cenho. — Quem é a nanica?

Bagunçou meus cabelos me tirando boas risadas, podia se escutar a fungada alta de Junmyeon, como se estivesse incomodado com esse contato.

— Aigoo... — ajeitei meus fios, vendo que o patrão de minha irmã fez sinal, para que eu desse um jeito nessa bagunça. — Costume feio do povo, me comparar com uma criança.

Com um bico nos lábios de indignação, Kris ia falar mais alguma coisa. Porém, o mala do chefe dele saiu me arrastando para entrar finalmente no elevador.

Fiquei com um pouco de medo, pois Junmyeon não parava de ajeitar a gravata dele, se passou milhares formas de como ele poderia usar o pequeno tecido contra mim, a cada segundo me olhava.

— Como vai o seu amor platônico, da panificadora? — Puxou assunto, mas, me mantive silenciosa brincando com meus dedos. Escutei sua respiração de irritação e com segundos o elevador abriu. — Me siga, e tente não se distrair com nada.

Assenti, assim ele foi dando passos na minha frente e eu fui o seguindo, rolando meus olhos para cada canto, vendo o como a empresa dos irmãos Kim, é bem grande e bonita.

Ao passar por uma porta, avistei uma mulher trabalhando atenta atrás da mes, atendendo várias ligações, enquanto mantinha os olhos atenta a duas crianças que eu deduzi ser filhas dela.

Olhei  e percebi que Junmyeon havia sumido de minhas vistas, mordi meu lábio inferior e resolvi brincar com as meninas.

Adentrei a sala e a mãe delas sorriu torto para mim, bem querendo saber de onde eu brotei.

— Eu posso fazer companhia para vocês ? — As duas meninas assentiram, me entregando uma xícara de brinquedo. Um chá da tarde, essa é a brincadeira delas. — Qual o nome das duas ?

— Eu sou Naeun, e ela é a Nae. — Sorriram se olhando, logo trazendo a atenção de volta a mim. — Você é muito bonita e fofa. Ela parece uma criança, né, Nae?

Sua irmã assentiu, me estendendo um biscoito com gotas de chocolate. Peguei e agradeci a ela.

— Desculpa atrapalhar você, Rosé, mas preciso pegar a minha criança que se perde fácil. — Paralisei ao escutar a voz de Kim, o mesmo logo levantou meu corpo. — Falei pra não se distrair,  S/N.

Sorriu, como se não acreditasse que, eu sou tão besta ao ponto de me distrair com qualquer coisa.

— Seu local de trabalho é um tédio, única coisa que achei divertido foi ver duas crianças aqui. — Acenei para as meninas, as quais mandaram beijinhos no ar.

— Certo. Um dia eu te faço um filho. — O olhei na hora, mais corada de que costume. O desgraçado começou a rir freneticamente, da minha cara de espanto. — Estou brincando, sua boba.

Respirei aliviada, mas logo abri a boca ao me dar conta de como ele me chamou. Mas, fui cortada pela mãe das meninas.

— Desculpa, senhor Kim, mas a babá delas pediu demissão e eu não podia deixá-las sozinhas. — Explicou para o moreno que super entendeu, e eu fiquei com idéias na cabeça, o mesmo que Rosé. — Espera... Elas gostaram de você, não aceita trabalhar para mim ?

Quando eu ia responder, de novo me cortaram e eu resolvi desistir da vida.

— Não! S/N não pode trabalhar pra você, ainda mais cuidando de crianças. — O olhei, negando com a cabeça e ele me olhou de volta. — Que foi ?

— Eu preciso trabalhar para comer, cuide da sua vida, cara. — Apontei o indicador no peito dele. Percebi o como é duro essa região, até me perdi uns segundos tocando ali várias e várias vezes. — Enfim, eu aceit...

Junmyeon, saiu me arrastando para longe, nem tive tempo de dizer que aceito o trabalho, ele me jogou para dentro da sala dele, e quando eu ia surta, me calei com as paredes que são todas de vidro.

Obtendo assim, toda a visão da cidade e do céu bem azul.  A sala dele fica no topo do prédio, com certeza esse é o lugar mais incrível que eu já estive.

— Era isso que eu queria lhe mostrar. — Parou ao meu lado, admirando tudo junto a mim. Dei passos mais a frente, tocando o vidro, olhando mais ainda tudo lá fora. — Daqui tudo eu vejo.












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⏰ Última atualização: Mar 16, 2021 ⏰

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